quarta-feira, junho 29, 2011

Simpatizantes e falsários da causa gay


Se critica muito as religiões por aí, mas o que há de mais religioso, no sentido dogmático, do que acreditar piamente no que vêm emoldurado pelo rótulo de "ciência"?

Vejamos aqui um exemplo:

Homofóbicos têm desejo sexual pelo mesmo sexo? Cientistas dizem que sim – Ciência Maluca

Piada. A discussão aí não inicia, mas se encerra ao dizer que "cientistas dizem que sim". Ora, provavelmente, há casos de homofobia que não passa de uma negação da própria condição, mas querer circunscrever tudo a isto é tolice. Tolice de militância gay que quer agora instaurar uma nova natureza, homoafetiva e heterofóbica. Só pode.

Sou favorável a que cada um decida o que é melhor para si e seu corpo, mas inventar uma nova cosmovisão a partir de uma ditadura de afetos é o primeiro passo para transformar o objeto de repressão em justificativa para a mais estúpida opressão de uma etiqueta homossexual. Se os gays queriam a liberdade, não podem agora querer o lugar de seus antigos algozes homofóbicos, isto é insano.

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segunda-feira, junho 27, 2011

Sociedade Anônima e Ignóbil




Pequeno grupo de pessoas no poder...

Esse tipo de conversa sempre tenta diminuir o número de responsáveis pelos erros que se produzem, cotidianamente. Se há um “pequeno grupo de pessoas no poder” que decide o que nossa sociedade deveria decidir, então é essa mesma sociedade que se torna a responsável por tais desmandos. Em última instância, ela é a culpada pelo atual estado de coisas.

Um governo sem transparência e um povo sem informação...

Não é o ‘governo’ que peca pela falta de transparência. É o próprio estado, a estrutura maior, perene, que não muda a cada eleição e, por isso mesmo, não é cobrada a se modificar. Não tenho dúvidas que deveríamos mudar este estado de coisas. A começar pela própria maneira de nos dirigirmos a tal Leviatã, com a maiúscula inicial como se faz cotidiana e acriticamente, Estado. Sempre que tento mudar isto, acabo por encontrar um revisor que pede para manter a inicial maiúscula. Ora, se partirmos do princípio que o estado não é maior, nem anterior à sociedade e que é (ou deveria) ser um produto desta, então por que a grafia com inicial maiúscula ao passo que o mesmo não vale para a sociedade?

Fala em acesso a informação, mas aos 4’55’’ destrói uma TV?

Isto é infantilidade. Não gostas da Rede Globo? Eu também não. E daí, vão querer suprimir toda fonte de informação da qual não compartilhamos a visão? Por aí já se vê quão autoritário e hipócrita é a mentalidade de tal Anonymous.
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sábado, junho 25, 2011

GRYPHON Gryphon 01 Kemp's Jig


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Thatcher tinha absoluta razão



   Sabe quantos países com governo socialista restam agora 
em toda a União Européia?
Apenas 3: Grécia, Portugal e Espanha. Os 3 estão endividados até o pescoço.
Porquê será, hein? A esquerda não diz que o socialismo é a solução para o mundo?
Como bem disse Margaret Thatcher, quando 1ª. Ministra:
"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros."
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sexta-feira, junho 24, 2011

Duas coisas que combinam


Acho que o uso da droga tem outros efeitos importantes, como o de favorecer o entendimento e aceitação das teorias marxistas e pós-modernas. Imagine como seria difícil aceitá-las sem estar mentalmente intoxicado?

Cf.: 
Janer Cristaldo
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sexta-feira, junho 17, 2011

A diferença entre o acaso e o propósito





Não é que este projeto de lei talvez alimente a corrupção, ele foi criado justamente com este propósito: o de servir à corrupção.

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Sugestão de alvos para protesto

Querem protestar contra o autoritarismo, se manifestar a favor da liberdade? Então se posicionem em frente às embaixadas desses países com palavras de ordem contra seus governos.


... Agora, se posicionar contrário a uma loja do McDonald's com o mesmo intuito é coisa de idiota, de perfeito idiota. Se não for um, então é um hipócrita ao confundir a competitividade global e eficiência desta empresa com algum sentido de luta pelo livre-arbítrio.

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quinta-feira, junho 16, 2011

Teta pelo social


A investigação iniciada há dez meses foi desenvolvida com acompanhamento do Ministério Público Federal. Em nota, a PF afirmou que o grupo acusado usava associações civis, cooperativas e institutos para se apropriar de recursos públicos destinados à manutenção de assentados em áreas desapropriadas para reforma agrária.
Cf.: Polícia Federal prende José Rainha por desvio de verba « Radar político
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Companheiros! Esta perseguição tem fundo político óbvio! Querem calar a voz da democracia e retroceder avanços sociais como a marcha pela reforma agrária!

Este seria um perfeito argumento para idiotas, mas a verdade é não há limite claro e definido sobre o que venha a ser Direita ou Esquerda, especialmente quando o modus operandi de ambos reside na ausência do princípio republicano. Estado Corrupto de Direito é o que movimentos sociais encabeçados por gente como José Rainha criam em nosso país.

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Wiki Mapa da Corrupção do Brasil - Google Maps



Excelente dica, o Mapa da Corrupção do Brasil:
Wiki Mapa da Corrupção do Brasil - Google Maps

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quarta-feira, junho 15, 2011

Anarquia em marcha



Para os idiotas que ainda crêem que os problemas do mundo ultra-subdesenvolvido têm gênese essencialmente externa:

The cities of West Africa at night are some of the unsafest places in the world. Streets are unlit; the police often lack gasoline for their vehicles; armed burglars, carjackers, and muggers proliferate. "The government in Sierra Leone has no writ after dark," says a foreign resident, shrugging. When I was in the capital, Freetown, last September, eight men armed with AK-47s broke into the house of an American man. They tied him up and stole everything of value. Forget Miami: direct flights between the United States and the Murtala Muhammed Airport, in neighboring Nigeria's largest city, Lagos, have been suspended by order of the U.S. Secretary of Transportation because of ineffective security at the terminal and its environs. A State Department report cited the airport for "extortion by law-enforcement and immigration officials." This is one of the few times that the U.S. government has embargoed a foreign airport for reasons that are linked purely to crime. In Abidjan, effectively the capital of the Cote d'Ivoire, or Ivory Coast, restaurants have stick- and gun-wielding guards who walk you the fifteen feet or so between your car and the entrance, giving you an eerie taste of what American cities might be like in the future. An Italian ambassador was killed by gunfire when robbers invaded an Abidjan restaurant. The family of the Nigerian ambassador was tied up and robbed at gunpoint in the ambassador's residence. After university students in the Ivory Coast caught bandits who had been plaguing their dorms, they executed them by hanging tires around their necks and setting the tires on fire. In one instance Ivorian policemen stood by and watched the "necklacings," afraid to intervene. Each time I went to the Abidjan bus terminal, groups of young men with restless, scanning eyes surrounded my taxi, putting their hands all over the windows, demanding "tips" for carrying my luggage even though I had only a rucksack. In cities in six West African countries I saw similar young men everywhere--hordes of them. They were like loose molecules in a very unstable social fluid, a fluid that was clearly on the verge of igniting.



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terça-feira, junho 14, 2011

O bêbado e a dama de preto


Começou a música e um bêbado levantou-se cambaleando e dirigiu-se a uma senhora de preto e pediu: 
- Hic... Madame, me dá o prazer dessa dança? 
E ouviu a seguinte resposta: 
- Não, por quatro motivos: 
Primeiro, o senhor está bêbado! 
Segundo, isto é um velório! 
Terceiro, não se dança a Marcha Fúnebre! 
E quarto porque 'Madame' é a senhora sua mãe. Eu sou o padre!      

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segunda-feira, junho 13, 2011

Armadilha do crédito fácil


O crédito fácil com interesses políticos que alavancou a economia sob governos petistas agora cobra a fatura, inflação. Quero ver os petistas no futuro, se terão a mesma coragem de criticar a economia dos governos Lula/Dilma como fizeram com a Âncora Cambial do Plano Real. Duvido.



online.wsj.com
Critics of the Brazilian National Development Bank say its extensive lending in an already fast-growing economy fans inflation and forces the central bank to push up interest rates

WSJ.com - The Easy Credit That Fueled Brazil's Boom Now Imperils It http://t.co/ploEtSh

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domingo, junho 12, 2011

Outlaws- Diablo Canyon


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Sudeste Asiático: rivalidade produtiva



            No Sudeste Asiático não é só a China quem pretende dar as cartas. O Vietnã, antigo rival disputa a hegemonia regional e, antigos desafetos, como o Camboja aproveita a situação se beneficiando da disputa entre ambos.
Para um pequeno país sem grande significado econômico, poder contar com a expansão de vizinhos enquanto se planeja o desenvolvimento de relações mais próximas com o Ocidente é algo inteligente, sobretudo nestes tempos de ressurgimento do isolacionismo por razões ideológicas.

Cf.: Cambodia: Courting the Khmer | The Economist – http://t.co/565mml1

sábado, junho 11, 2011

China: amá-la ou odiá-la?

Agora, quanto a China, vejam que interessante:

Myanmar: Chinese takeaway kitchen | The Economist http://t.co/PT8eXwh

Os chineses estão correndo pelas beiradas, aproveitando as sanções americanas e européias contra países como Myanmar para reforçar seus contatos. E isto, conforme lerão no link acima, os birmaneses não morrem de amores pelos chineses, muito pelo contrário, mas os han estão fazendo um verdadeiro imperialismo econômico nas suas áreas de influência próximas. Hidroelétricas, mineração etc. E, realmente, eles são os responsáveis diretos por levar algum desenvolvimento àqueles miseráveis locais. 

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A Geografia do MEC

  
Após recomendar um livro desprezando a norma culta da língua portuguesa, distribuído outros tantos com erros matemáticos agora nosso Ministério da Educação e Cultura bateu o recorde:


Geodireito - MEC recomenda livro de Geografia com rio no lugar errado: http://t.co/T 

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sexta-feira, junho 10, 2011

A perda dos bobos



Pedabobo: do latim paedabobus: pessoa que se dedica a dizer aos demais como devem pensar, centrando seus esforços nos menores de idade, por serem os que menos defesa possuem frente à estupidez que podem soltar.
(...)
Bobalizacion-global.com




É isso mesmo, agora vejam isto aqui:

Pesquisa reabilita memorização no ensino http://t.co/SR3GloE

Não é o óbvio retornando? Que é importante entendermos o conceito de um fenômeno e como se chegou a ele, não tenho dúvida. Mas, não dá para esperar que seja sempre assim. Há categorias de análise, fenômenos, processos que requerem muito tempo de estudo para serem apreendidos e, antes disso, noções básicas ou partes do "edifício teórico" têm que ser absorvidas para entendimento futuro de um conhecimento mais abrangente. 

Não dá para esperar que um estudante pule as aulas de anatomia e um dia, numa cirurgia tente estancar uma hemorragia deduzindo qual artéria é com "conhecimento crítico". Menos dramático foi quando me deparei com uma aluna de um cursinho, no qual eu trabalhava que me perguntou como eu sabia que no mapa o norte ficava em cima e o sul embaixo? Situações como esta, hilárias e ao mesmo trágicas porque reais estão se tornando cada vez mais corriqueiras, graças a leva de incultura decorrente do pouco caso que se faz do conhecimento clássico. O ensino, cada vez mais assolado por bobagens ideológicas, tem grande parte de sua decadência explicada pelo que dizem, fazem e influenciam na criação de projetos de lei os ditos pedagogos, sim Senhor. E, de outra parte, pela omissão irresponsável de quem deveria se opor a eles, os professores.

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quinta-feira, junho 09, 2011

China: temê-la ou não temê-la?



Texto curto que aponta para diversos lados, mas que tem uma conclusão interessante que escapa aos que vêem na China um grande rival, a razão para temê-la está no seu esgotamento econômico e não em seu crescimento estável e política externa delicada tal como se mostram. 

Cf.: Don't Panic About China - Magazine - The Atlantic

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sábado, junho 04, 2011

Tigre de papel... Picado


Inner Mongolia had long been regarded as among the tamest of China’s ethnic-minority regions. Even after the eruption of widespread protests and riots on the Tibetan plateau in 2008, and bloody inter-ethnic clashes in Urumqi, the capital of Xinjiang province, the following year, Inner Mongolia remained calm. More ethnic Mongols live in the Chinese province than over the border in independent Mongolia. Even so they form less than a fifth of Inner Mongolia’s 24m people, outnumbered by Han Chinese. Unlike Tibetans or Uighurs in Xinjiang, many Mongols have little if any mastery of their ancestral language.


A região chinesa da Mongólia Interior apresenta uma pequena minoria mongol (menos de 1/5 de 24 milhões) que para a realidade demográfica chinesa é insignificante. O fato é que o atropelamento de um trabalhador local por um caminhão dirigido por um chinês han (etnia majoritária no país) expôs um mal estar com o poder central e acusações de maus tratos quando da construção de obras federais que levou a protestos nas univesidades locais. Como consequência, o governo de Pequim tratou a questão com mais sensibilidade do que demonstrara em 1989 contra os estudantes na Praça da Paz Celestial, os tibetanos em Lhasa e os uigures (turcos) em Urumqi, talvez até por respeito a um possível reflexo de manifestações massivas que se viram no mundo árabe.
Parece que tudo está sendo bem encaminhado, mas uma coisa me chama atenção no caso, como sabemos pouco sobre a realidade chinesa. E claro, o mesmo para outros países distantes de nossa cultura. Um recado também deve ser dado aos arautos do catastrofismo que muitas vezes simplesmente expressam um desejo pelo pior ao mundo ocidental: este é o país que dizem que irá suplantar os EUA? Até pode ser, em termos meramente numéricos totais, seu PIB e ponto. Mas, a realidade interna revela problemas e um delicado equilíbrio que dada nossa ignorância sobre o mesmo aparenta uma estabilidade de bloco monolítico. Meramente falsa, como se vê através desses respingos que nos são noticiados. Ainda há muito por conhecer, evidentemente, mas sem dúvida que isto mostra uma China mais cautelosa e pouco afeita a aventuras irresponsáveis como aliar-se a países instáveis (Paquistão, p.ex.) para confrontar parceiros econômicos de peso do outro lado do Oceano Pacífico.
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sexta-feira, junho 03, 2011

Um guru de morte


Interessante, eu não imaginava que iogues defendessem a pena de morte...

Matando a sociologia


Sociólogo e mestre em ciência política assina a pérola abaixo:


Existe, sim, um nexo efetivo entre a votação do Código Florestal e os novos assassinatos de trabalhadores rurais. Não adianta negar. Por mais que cause irritação em setores do governo, nos donos do agronegócio e nos políticos que lhes prestam serviço no parlamento brasileiro, tal vínculo existe. É ele, aliás, que explica também o surto atual de crescimento das áreas desmatadas.
Quem aperta o gatilho, claro, é um pistoleiro de aluguel. Mata, arranca a orelha para provar a execução do serviço, recebe o pago do mandante e fica acoitado na espera de novas encomendas. Pistolagem, grileiros, contrabando de madeira de lei, desmatamento ilegal, entre outras, são violências antigas no campo brasileiro. Mas flutuam de intensidade a depender das relações de forças na política. Os que assassinam opositores e destroem florestas estão, na quadra atual, certos da impunidade, e se imaginam respaldados de cima.
(...)
Os marcados para morrer que se cuidem, pois a alma do governo está empenhada ao agronegócio.
(...)

O que me impressiona é que hoje neste país fazer "ciência social" não exige análise empírica, apenas uma imaginação pra lá de fértil. O autor das linhas acima desconsidera, por exemplo, que boa parte da pressão pela revisão do Código Florestal parte, justamente, de pequenos e médios agricultores que têm áreas proporcionalmente maiores para preservar. 30m de cada lado de cursos fluviais pode ser insignificante para latifundiários, mas não para minifundiários, óbvio. Esta análise proporcional porém não traz a mesma ênfase mistificadora que dicotomiza a sociedade em classes antagônicas, das quais os mais bem sucedidos devem ser demonizados. Como sociólogo, o estudo da cultura e sua base em estruturas sociais deveria ser levado em conta. Este seria o caso em que regiões mais isoladas dos centros econômicos onde o estado de direito se faz menos presente são mais violentas. A falta de legalidade abre um vácuo de poder que é preenchido pela violência, óbvio também. Mas, não, tudo pelo qual opta o autor é uma ultrapassada teoria entre explorados e exploradores na qual tudo deve se encaixar.

Desmate subsidiado e ausência de alternativas


Muito tem se falado sobre desmatamento e reforma do Código Florestal atualmente em vigor, mas o que não se comenta é o sistema de financiamento que leva a tais atividades tidas ilegais. Na verdade, o estado brasileiro paga um preço por sua falta de sinergia na qual suas próprias agências de fomento têm incentivado a ilegalidade por falta de clareza do modelo produtivo que pretendem desenvolver.
Nesta matéria abaixo fica claro como o próprio estado, para além do governo que é transitório, falta visão gerencial sobre o que muitos arrotam com o nome de "sustentabilidade socioambiental", expressão tão respeitável quanto vaga.

O Ministério Público Federal no Pará ajuizou nesta quinta-feira, 31, ações civis públicas contra o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia por terem concedido financiamentos com dinheiro público a fazendas com irregularidades ambientais e trabalhistas no Estado do Pará. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também é réu nos dois processos pela total ineficiência em fazer o controle e o cadastramento dos imóveis rurais na região.
Os empréstimos detectados pelo MPF descumpriram a Constituição, leis ambientais e regulamentos do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, além de acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. O MPF demonstra nos processos que o dinheiro público - de vários Fundos Constitucionais - vem financiando diretamente o desmatamento na região amazônica por causa do descontrole do Incra e das instituições financeiras.
"Desvendou-se, de forma factual, que as propagandas de serviços e linhas de crédito que abusam dos termos responsabilidade socioambiental e sustentabilidade não retratam essa realidade nas operações de concessão desses financiamentos a diversos empreendimentos situados na Amazônia, que em sua maioria são subsidiados com recursos dos Fundos Constitucionais de desenvolvimento e de outras fontes da União", diz o MPF nas ações.
(...)
Mais em : Eco Amazônia :

Já passou do tempo desta cantilena ambiental que visa apenas acusar e punir com multas ter algum crédito. A repressão sem alternativa só pode levar a mais ilegalidades que, em última instância, nem são compreendidas pelos próprios órgãos estatais que deveriam apoiar atividades sustentáveis. Se tais alternativas produtivas não forem realmente criadas e incentivadas, o pior dos mundos continuará existindo, a ignorância pelos agentes públicos do que venha a ser equilíbrio entre meio ambiente e desenvolvimento.
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Bolha nada, crescimento de fato




Nessa rota do desenvolvimento, o receio de Altamira e dos dez municípios da região do Xingu é sofrer a realidade já comum a outras cidades pequenas que foram cenário de grandes obras do país, mas ficaram à margem do desenvolvimento. O governo federal promete uma ação coordenada para garantir o crescimento sustentável do complexo do Xingu e hoje se reúne com empresários, prefeitos e organizações, em Altamira, para reafirmar esse compromisso. A cidade não vai esperar muito. A cinco quilômetros da aldeia Juruna, próximo ao local onde será instalado um canteiro de obras, um comerciante já anunciou a abertura de seu "centro noturno de lazer". A inauguração ocorre em dez dias.

FORT Xingu - Construindo um futuro sustentável: Belo Monte, bolha imobiliária e desenvolvimento ur...: "O jornal Valor Econômico publicou na quinta-feira, 2, extensa reportagem sobre a valorização imobiliária na região de Altamira, por causa da..."

Este tipo de preocupação tem passado ao largo dos ambientalistas, o Desenvolvimento Urbano. Não falo do alarmismo em relação ao crescimento populacional e suas manchas urbanas, mas sim quanto aos espaços intra-urbanos. O fato do m2 em Altamira ter se valorizado revela apenas que o espaço urbano, como qualquer mercadoria, sofreu uma demanda maior que sua oferta. Até aí nenhuma novidade, só que isto é que visto como o problema, enquanto que na realidade o que falta é capacidade de previsão e, sobretudo, orientação do crescimento através de planos diretores articulados a planos regionais de desenvolvimento. Do contrário, a esta altura do campeonato ficar chorando as pitangas não propõe nada, absolutamente nada de construtivo. Na verdade, tudo parece uma peça de teatro repetitiva onde se lamenta o crescimento urbano e desenvolvimento econômico para ao final, assim parece... Tascar-lhe um bruta dum imposto que afasta a atividade produtiva para outras plagas.

Portanto, chamar de "bolha" um processo como este implica em ignorar o que realmente acontece, o desenvolvimento regional que, normalmente, por onde passa tem se mostrado irreversível.
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quinta-feira, junho 02, 2011

O muro e a parede



Uma jornalista da CNN ouviu falar de um judeu muito velhinho que ia todo dia
ao Muro das Lamentações para rezar, duas vezes por dia, e lá
ficava por muito tempo. Decidiu verificar. Foi para o Muro e lá estava ele,
andando trôpego, em direção ao local sagrado. Observou-o rezando
por uns 45 minutos, quando ele resolveu sair, vagarosamente, apoiado em sua
bengala. Aproximou-se para a entrevista.
- Desculpe-me, senhor, sou Rebecca Smith, do CNN. Qual o seu nome?
- Morris Feldman - respondeu ele.
- Senhor, há quanto tempo o senhor vem ao Muro orar?
- Bem, há uns 60 anos.
- 60 anos! Isso é incrível! O que o senhor pede?
- Peço que os cristãos, os judeus e os mulçumanos vivam em paz. Peço
que todas as guerras e todo o ódio terminem. Peço que as crianças
cresçam em segurança e se tornem adultos responsáveis. Peço por amor
entre os homens.
- E como o senhor se sente, pedindo isso por 60 anos?
- Me sinto como se estivesse falando com uma parede...