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sábado, maio 14, 2016

Que golpe?




Nós vamos pagar durante décadas as consequências da prática fiscal irregular (criminosa) pelo (ex-)Governo Dilma Rousseff. Moral e legalmente falando havia formas explícitas para fraudar a contabilidade governamental, inclusive para angariar fundos para a reeleição de Rousseff. Não se trata apenas de um crime de responsabilidade financeira, mas muito mais do que isto... Nós temos uma situação de fraude intencional, onde inclusive se utilizou recursos de um banco público para pagar gastos indevidos do governo de Dilma Rousseff. E eu nem cheguei a comentar os aspectos da corrupção envolvendo o pagamento de propinas a grandes empresários (via acordos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros problemas, menores do ponto de vista legal, mas acintosos do ponto de vista ideológico-moral, como o pagamento constante de mídia e organizações (sindicais, estudantis, intelectuais da academia ou não) para defesa do governo, inclusive... Atentem para isto! Com ameaças de confronto físico por ocasião das manifestações pró-impeachment feitas pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e membros do alto escalão de organizações sindicais como a CUT - Central Única dos Trabalhadores -, e do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Este último inclusive procurando apoio internacional do atual governo venezuelano contra o nosso país (está tudo documentado em vídeos plenamente acessíveis no youtube). Veja... Isto vai muito além de uma simples cisão entre Direita e Esquerda: se trata de uma reação efusiva arduamente constituída contra uma organização criminosa que articulou a corrupção como moeda de troca para garantia de sua permanência no poder. Mas, graças à nova comunicação da internet foi possível juntar descontentes no país e partir contra eles, o PT de modo como nunca antes ocorreu neste país. Observem que o Brasil sempre foi um país com baixíssima participação popular na vida política e, muto importante, com quase zero de efetividade dessa pequena influência. O que nós temos agora? Um ponto de inflexão histórico nesta tendência. Mais do que extirpar este câncer do poder - o PT -, nós estamos reiniciando a história do Brasil, graças à junção de esforços do Poder Judiciário e da Sociedade Civil onde um e outro se retroalimentou positivamente.

Eu faço parte do Movimento Brasil Livre (MBL), uma das principais organizações que surgiram autonomamente contra os desmandos políticos e econômicos deste governo. Mas observem que em 2013 houve manisfestações insufladas por um movimento de esquerda no país contra o aumento da passagem de ônibus. Ironicamente, se juntaram a elas uma grande quantidade de manifestantes com diversas demandas, inclusive que destoavam das características ideológicas de seus organizadores originais. O que isto significa? Que havia um grande potencial, inerte que foi despertado. Este poder de organização (nós levamos milhões às ruas), sem praticamente atos de violência significativos é um fato totalmente novo. Ao contrário basta vocês observarem qualquer manifestação feita pelas centrais sindicais ou grupos de esquerda: há sempre violência e quebra-quebra atacando o patrimônio e sendo, claramente subsidiados pelo governo, na conta de bilhões de reais. Não estou brincando, estou falando de bilhões de reais (nossa moeda). Agora, o governo mente efusivamente: diz que as falcatruas e desvios foram para sustentar programas sociais (como o maior, o Bolsa-Família) que é uma grande e grotesca mentira, uma vez que este programa toma uma fatia muito pequena do total do orçamento do governo. Nosso problema, que fez com que criássemos uma dívida pública absurda de centenas de bilhões a juros de 14% ao ano(!) está no custo de nossa previdência social (que nenhum governo tem coragem de reformar, o que também é culpa de nosso legislativo) e do financiamento totalmente equivocado de grandes grupos empresariais através do BNDES. Vejam que isto ocorre, a formação de uma economia totalmente oligopólica porque, justamente, o estado brasileiro, paquidérmico, coloca um sem número de dificuldades para abrir uma empresa (mais de 100 dias), uma regulação burocrática que inviabiliza pequenas empresas e uma das maiores taxas de juros e carga tributária do mundo. Sem falar na pior restituição em serviços sociais que existe a partir desses impostos. Já fosmos apelidadados no passado de BELÍNIDIA, uma mistura de Bélgica, pelos seus tributos, com Índia, pelos seus serviços sociais. Agora pioramos, somos o INGANA, uma mistura de Inglaterra, pelos seus tributos, com Gana, pelos seus serviços sociais. Este nome é bem apropriado, pois "Ingana" lembra o verbo "engana", de enganar. E é isto que tradicionalmente nosso inchado sempre fez, ENGANAR o contribuinte e cidadão brasileiro. Isto vai mudar, não para mim, mas para meus filhos.


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http://inter-ceptor.blogspot.com/
Fas est et ab hoste doceri – Ovídio

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quarta-feira, setembro 02, 2015

O milagre grego é existir uma sociedade assim


Meio esquecida de nossa imprensa devido aos subsequentes escândalos de nosso governo, a Grécia é uma daquelas sociedades que aponta o que temos de pior em termos de organização. Irônico... Realmente, a história tem suas ironias, especialmente quando pensamos que lá se deu o início de nossa civilização ocidental...

quinta-feira, outubro 31, 2013

Grito de revolta com qual razão?


O número de manifestações contra as instituições que compõem a troika cresce cada dia mais, ganhando força com seus movimentos – nem sempre pacíficos – nas principais capitais europeias afetadas pela crise, principalmente em países como Espanha, Portugal e Grécia, consequentemente os que mais sofreram com adoção das medidas de austeridade. Um dos mais afetados na questão do desemprego foi à Espanha, onde a taxa de desemprego alcançou o nível recorde de 27,2% da população, sendo que aproximadamente cerca de 40% é maioria jovem.
O que resta saber é se essas medidas estão verdadeiramente obtendo bons frutos nas economias afetadas pela crise, ao que tudo indica o desemprego cresce cada dia mais, e o desenvolvimento dos países está em ritmo de desaceleração. O atual presidente da França, François Hollande, indica que as medidas de austeridade trazem um caráter de autodestruição para os países que as adotam, pois as mesmas causam uma grande redução da demanda interna por produtos e serviços, devido à preocupação do consumidor com a restrita oferta de empregos e redução dos salários.


Qual seria a alternativa para reestruturar estados quebrados sem cortar gastos? Cobrar mais impostos de uma população já exaurida? Agora, o que cortar é que deveria ser o foco... Evidentemente que cortar gastos em saúde e educação não é nada prudente, mas e quanto às aposentadorias especiais, plano de previdência obrigatório do setor público, planos de carreiras, cargos de confiança, manutenção de exércitos e soldos dos oficiais e soldados em tempos de paz e dentro de uma comunidade econômica? Eu, sinceramente, gostaria de saber quais são as alternativas?

terça-feira, março 05, 2013

Crise européia

Fonte: Stratfor
Europe is the focal point of this crisis. Last week Italy held elections, and the party that won the most votes -- with about a quarter of the total -- was a brand-new group called the Five Star Movement that is led by a professional comedian. Two things are of interest about this movement. First, one of its central pillars is the call for defaulting on a part of Italy's debt as the lesser of evils. The second is that Italy, with 11.2 percent unemployment, is far from the worst case of unemployment in the European Union. Nevertheless, Italy is breeding radical parties deeply opposed to the austerity policies currently in place.
O engraçado não é que um comediante italiano lidere este movimento contrário à austeridade fiscal, mas que mais de 20% do eleitorado italiano tenha sido seduzido por uma panacéia que proponha a retomada da estabilidade e crescimento econômicos sem a austeridade fiscal. Como diz Friedman, editor da Stratfor não é um debate acadêmico, mas um debate sobre quem controla e como controla o Banco Central Europeu. A Alemanha tem reestruturado sua economia há anos, mas grande parte da Europa, sobretudo a periferia mediterrânea não. Por sua vez, a Alemanha pode manter baixas taxas de desemprego graças às suas exportações, bastante agressivas (só ficando atrás de China e EUA no panorama mundial), mas o que sustentará a transição e cortes de gastos de países desequilibrados no cenário europeu? O alerta de Friedman, a partir do mapa de desemprego acima é claro: há um núcleo de baixo desemprego formado por Alemanha, Áustria, Holanda e Bélgica que são, aliás, territorialmente contíguos, enquanto que a medida que nos deslocamos para sua periferia, especialmente o sul piora e muito. O autor não acredita na repetição exata de padrões históricos, como o fascismo, mas chama atenção para o que pode significar a exploração de taxas elevadas de desemprego para o conflito entre países no cenário do continente, cuja união econômica pode se desfazer. E o desemprego de longo prazo já superou a camada habituada a ele e incorporada a economia informal, ele bate na porta da classe média. 

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

A abulia européia e o remédio inócuo

O especialista em estratégia diz, em ótima entrevista: “A Europa está abúlica, perdeu o ímpeto de empreender e de exercer o poder político” | Ricardo Setti - VEJA.com
Mas, eu discordo desta verve integradora do texto. Acho que uma associação como o NAFTA ou a APEC já seria de bom tamanho para a Europa, coisa que já tiveram aliás. Mais do que isto necessitaria de "ajustes históricos" que implicariam na supressão de nacionalidades. Não tem como equiparar com os EUA que são uma federação ou com uma Alemanha, que era foi um país dividido, mas um país. Imagine... Desde quando dinamarqueses irão tolerar as touradas espanholas? Agora mesmo os escoceses não estão querendo (novamente) se separar do Reino Unido? Então sigo o velho o ditado "o ótimo é inimigo do bom" ou como meu irmão, engenheiro, portanto mais preciso e prático diz "o ideal é inimigo do bom". Não dá para tentar levar ao pé da letra a palavra integração, que daí não rola nada mesmo. Quanto ao desequilíbrio etário e a vadiagem européia, eu estou de pleno acordo.
Enfim, não dá é para imaginar remédios irreais para uma situação que urge soluções práticas.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Letárgicos vagões europeus

http://mikes.railhistory.railfan.net/imfile/15790.jpg
Por diferentes razões, a leitura deste artigo:

How Germany Gamed the Euro and Worsened the Crisis - James Angelos - International - The Atlantic, agradará tanto liberais quanto socialistas. A crise do Euro é explicada a partir da situação hegemônica alemã, como agravada justamente por ela, na medida em que ocorre um descompasso entre as economias. Os liberais enxergarão uma Alemanha arranjada, ao passo que tem que levar quase todo continente nas suas costas, os socialistas verão as economias mais atrasadas como objeto de sacrifícios permanentes que traz mais e mais desigualdade. Mas, para mim, o que impressiona é como a economia alemã, para não dizer a própria sociedade... Funciona como um motor. Tecnologia, câmbio, salário, consumo, tudo corrobora para uma alta produtividade deste ¼ de PIB da zona do euro. Então resta a dúvida, procedente, aliás, o que têm os outros europeus para vender para a Alemanha? O que uma Grécia, Portugal, Espanha, França, países com elevados custos de produção podem fazer para competir em um restrito mercado interno? Restrito justamente porque nem os próprios produtores alemães conseguem espichar a demanda de seus conterrâneos. Entre outras razões, os salários alemães não crescem na média dos outros salários da zona do euro. Mas, observando bem, o articulista foi esperto, demais até para livrar a cara de nações com orçamentos comprometidos, com suas contas atrasadas e governos cronicamente perdulários ao inverter o ônus das responsabilidades. De repente, lá pelo meio do artigo se percebe que de salvadores da União Européia, os alemães se tornaram seus algozes devido a sua elevada produtividade!? “Culpados pelo próprio sucesso!” Exceção feita ao baixo consumo alemão, que é um problema de fato há algo muito errado no raciocínio do artigo quando os méritos da economia se tornam um problema. A desaceleração da locomotiva pode iludir os vagões que querem velocidade, mas que nem sequer seguem bem atrelados.

domingo, janeiro 08, 2012

A ladainha da pobreza americana


Excelente artigo que desmistifca a ladainha do jogo de soma zero sobre a pobreza Americana:
If we really want to know what happened to the poor of 1979, we need to be able to track specific households through time. Fortunately, we can. According to researchers at the University of Michigan, households in the bottom fifth in 1975 earned an average of almost $28,000 more per year by 1991, adjusted for inflation. According to U.S. Treasury data, a whopping 86 percent of households in the bottom fifth in 1979 had climbed out of poverty by 1988.

terça-feira, dezembro 27, 2011

Culpando o mito


(...) Os liberais não desejam intervenção estatal na atividade econômica, exceto para “salvar” a economia em momentos de crise, de modo a “socializar as perdas” causadas pela permissividade do sistema. Esse modelo proporciona, antes da crise, imensos ganhos especulativos para alguns, e, com a crise, prejuízos para o sistema econômico, para os mais pobres e para toda a sociedade, quando o Estado é obrigado a injetar dinheiro dos contribuintes para “salvar” a economia da crise.
De nada adianta culpar este ou aquele indivíduo: enquanto o sistema for permissivo, haverá pessoas dispostas a correr riscos para obter lucro fácil, especialmente se quem arcar com as perdas for o Estado. Porém, os liberais não irão reconhecer que o sistema capitalista desregulado é frágil e incapaz de evitar crises, optando por afirmar que as crises são inerentes ao sistema e apontando os erros cometidos por governantes e por agentes econômicos para justificar a existência da crise.
A CRISE GLOBAL E O FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO - SUBPRIME MORTGAGE 
Os emergentes têm crescido como era de se esperar, os empregos nos EUA têm sido retomados. Não vai ser agora que o capitalismo precisará de um controle global ou nacional voltando a um estágio econômico anterior. O que se precisa observar é o comportamento individual, ainda sujeito a políticas de recuperação que estimulam ao erro. O desenvolvimento em regiões, como a África corresponde a uma "fronteira horizontal", depois vem a "vertical" onde, nos mesmos locais, se intensificará a produção. Agora, olha que interessante... Os anti-liberais chamam o liberalismo econômico de mito, acusam os que acreditam e o defendem de ingênuos, não raro de hipócritas, mas.... Quando se trata de criticar uma crise, qualquer que seja, não levam em consideração os governos, os estados. É como se estes simplesmente deixassem de existir. Ué?! Ou o capitalismo liberal é uma fábula e os governos são agentes de peso, os estados são de pesos-pesados ou -- quando eis que surge uma crise... -- eles, misteriosamente, deixam de existir e passa a ser uma crise do “capitalismo liberal”. Ah, vá...

sexta-feira, setembro 23, 2011

É o inchaço da máquina pública mesmo


A esquerda dirá que a crise foi causada pela especulação financeira.  A direita, que o estado assumiu obrigações que não pode cumprir.
 Ambos têm metade da razão.

Acho que a razão não é de 50% para cada um:

Só direitos. Nenhum dever.
Entre as economias que ameaçam a zona do euro, a Espanha tem a maior taxa de desemprego - mas reluta em eliminar o excesso de benefícios sociais
O sol está a pino e as areias das praias de Cádiz, uma charmosa cidade do sul da Espanha, repletas de gente. Há férias na Europa e a costa da Andaluzia figura entre os destinos preferidos de ingleses e alemães. A maioria dos banhistas, porém, é de espanhóis, moradores da cidade. Até setembro, eles aproveitam ao máximo o horário de verão. Nada de adiantar ou atrasar o relógio. Horário de verão na Espanha significa trabalhar apenas seis horas por dia, em vez de oito. Na praia desde as 2 da tarde, os espanhóis podem curtir o clima até 10 da noite, quando o sol se põe. Cádiz é a terceira cidade com maior desemprego na Espanha: 32% da população economicamente ativa. Procurar trabalho está fora de cogitação por três motivos. O primeiro é o calor de 43 graus. O segundo é que não há ninguém nas empresas privadas ou nas repartições públicas para quem se possa entregar o currículo. Todos estão na praia. O terceiro é que mesmo os desempregados que recebiam um salário considerado baixo, de 1000 euros (os mileuristas, no jargão espanhol), conseguem viver bem recebendo um auxílio equivalente a 75% da antiga remuneração, pago pelo governo. É melhor ficar na praia.
(...)
Mais em Revista Veja: "Que crise é essa?" apud Relações do Trabalho.
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sexta-feira, agosto 19, 2011

O papa e o economista: mais estado, estado e estado



‎"A economia não pode ser lucro, mas solidariedade." 
Joseph Ratzinger

Acho que o Papa perto de certos economistas não diz tanta besteira... 

É preciso fazer uma forte regulação nos mercados financeiros: não permitir que os bancos façam o jogo de apostas de cassino, forçar os bancos a fazerem investimentos reais. Precisamos de um sistema monetário global totalmente diferente, no qual as moedas não sejam determinadas pelo mercado. Precisamos de uma nova regulamentação global para as commodities, na qual os seus preços não sejam mais determinados pelo mercado financeiro.
Os bancos manipulam preços de commodities e de moedas, como o real, nos mercados financeiros para ganhar dinheiro nos próximos dois, três anos. Não estão interessados em crescimento de longo prazo. Isso precisa ser mudado.  
Folha.com - Mundo - Crise é do mercado financeiro, não de governos, diz economista - 11/08/2011

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sexta-feira, julho 29, 2011

Crise da dívida dos EUA ameaça reservas da América Latina


A Cepal ressalta que os EUA são o principal sócio econômico da região e sua importância é ainda maior para o México e países da América Central e Caribe. "Uma porcentagem muito significativa dos fluxos financeiros e de investimento vem dos EUA. A maior parte das remessas que aliviam a situação de muitos lares pobres de nossa região é resultado do trabalho de latino-americanos e caribenhos na economia norte-americana", detalhou.


Para nós, talvez menos, mas mesmo assim sofreremos e, na melhor das hipóteses, passaremos por algum pequeno ciclo de "substituição de importações" que não será completo, evidentemente, pela falta de tecnologia autóctone. Tomara que alguma lucidez aqui possa induzir a entrada de mais empresas estrangeiras com benefícios fiscais para aliviar nossa defasagem em alguns setores. 

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