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sábado, fevereiro 07, 2015

Pseudoecologismo é derrotado no Projeto Ponta do Coral em Florianópolis


O absurdo deste tipo de manifestação é achar que sempre se pode prescindir de investimentos privados e incentivar apenas projetos administrados pelo poder público. De onde que estes militantes acham que irão vir os recursos que são repassados para a criação de seus parques públicos? E por que diabos antes ninguém promovia um ato desses e só agora que o setor privado demonstrou interesse nesta área praticamente abandonada é que se movimentaram contra?Imagem: amaufsc.wordpress.com
O projeto Ponta do Coral finalmente é liberado em Florianópolis. Trata-se de um grande empreendimento em área pública para o desenvolvimento de um hotel de alto padrão que irá alavancar a indústria do turismo na capital. 
Cf. Prefeitura de Florianópolis libera licença para hotel de 18 andares na Ponta do Coral http://floripamanha.org/2015/02/prefeitura-de-florianopolis-libera-licenca-para-hotel-de-18-andares-na-ponta-do-coral/#sthash.JDhoE1Ll.uxfs via @sharethis
Inicialmente o que me causa muita estranheza é como um projeto que foi "fortemente combatido" pelo prefeito, como diz na matéria, de repente é liberado? Tem linguiça debaixo deste angu... Agora, além desta minha desconfiança, quanto à lei em si é de uma imbecilidade atroz que o novo plano diretor em (eterna) gestação limite as obras em uma área central a apenas seis andares. Tanto não funciona que o projeto se valerá do plano diretor antigo que ainda vigora, se entendi bem. Este ecologismo estúpido, que nada tem a ver com ecologia de verdade, diga-se de passagem desconsidera que área urbana é diferente de área de preservação. Além disto, esta visão de que temos que residir em imóveis baixos é ultrapassada. Quem disse que uma cidade mais horizontalizada é, ambientalmente falando, melhor? O espraiamento urbano eleva custos e, dentre eles o do combustível. Logo, maior será a poluição. Além disto, áreas de preservação tendem a ser tocadas e alteradas com maior número de casas ao invés de edifícios. 
Resido em casa, eu prefiro este tipo de moradia, mas não o faço por demagogia pseudo-ambiental e sim por preferência mesmo. Agora estagnar o desenvolvimento urbano impondo um gosto e padrão estético a todos os demais e que, ainda por cima, eleva os custos de administração e implantação da infra-estrutura é um equívoco. Quanto à obra, ainda tem que se dizer que os empregos diretos e, sobretudo, os indiretos são muito bem vindos. Esta capital sulina, com sua posição privilegiada entre duas metrópoles vizinhas e duas grandes cidades continentais (S.Paulo e B.Aires) não pode mais depender tão somente dos humores sazonais de um turismo limitado. O próximo passo agora é encher as costas insulares com suas mais de 40 praias de marinas. Já passou da hora.
 

terça-feira, dezembro 24, 2013

Beach clubs for bitch clubbers


Imagem: facebook.com
Sobre: Americano cria lista de motivos pelos quais odiou ter morado no Brasil | Tudo Para Homens
Eu concordei totalmente com 39 dos itens. Exceto pelo que diz em relação à "cerveja aguada". Estas são as populares, de quem não sabe o que é cerveja. No Brasil atual há excelentes cervejas, maravilhosas, como a Coruja, Opa, Terezópolis, entre outras... O 1º motivo é o que atualmente mais me incomoda. Resido em Florianópolis e é incrível a quantidade de idiotas que acha que temos que gostar do lixo musical que ouvem. Como se não bastasse, a polícia é altamente leniente, geralmente não recolhendo o veículo com som automotivo ensurdecedor, enquanto que esta deveria ser sua primeira e imediata reação. E quando eu achei que já tinha visto de tudo, em Fortaleza fiquei de queixo caído ao ver que se compra um carro simples para economizar com o reboque(!) que carrega colunas de caixa de som para ouvir na praia!!!! Pior, impossível. É o cúmulo da breguice aliada à falta de consideração com o outro. Dizem que os americanos são competitivos e individualistas, pois são sim, mas dentro de regras e não pelo simples prazer de prejudicar o outro e viver sem qualquer espírito comunitário. Foi uma boa iniciativa terem divulgado esta lista... Temos que parar de criar subterfúgios e criar fantasmas para carregar tomar nossa responsabilidade ou culpa. Já passou da hora deste país adotar um mínimo de autocrítica.
A propósito:
O juiz federal Marcelo Krás Borges emitiu às 14h03 desta quinta-feira uma liminar que orderna a interdição no prazo de cinco dias dos beach clubs de Jurerê Internacional. Ele ainda requisitou o cancelamento de todas as licenças e alvarás emitidas aos estabelecimentos pela União e por órgãos da Prefeitura de Florianópolis.
[Juiz federal determina interdição dos beach clubs de Jurerê Internacional - Verão - Geral - Diário Catarinense http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/verao/noticia/2013/12/juiz-federal-determina-interdicao-dos-beach-clubs-de-jurere-internacional-4369319.html]

Mas, ainda era bom demais para ser verdade:
O desembargador federal Tadaaqui Hirose, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, suspendeu a liminar que determinava a interdição dos cinco beach clubs de Jurerê Internacional, em Florianópolis. A justificativa de Hirose foi de que a decisão de interditar os estabelecimentos contrariou o resultado da audiência conciliatória que definiu um prazo para a adequação dos espaços, que estariam ocupando área ambientalmente irregular. Na quinta-feira o juiz da 6ª Vara Federal (Ambiental), Marcelo Krás Borges, concedeu liminar determinando a suspensão imediata das licenças e alvarás emitidos pela prefeitura de Florianópolis e interditando os cinco estabelecimentos. A ação foi movida pela Ajin (associação de Proprietários e Moradores de Jurerê Internacional), que acusa os beach clubs de estarem instalados em APP (Área de Proteção Ambiental) e descumprirem normas de funcionamento (poluição sonora e estacionamento irregular, por exemplo). Ainda no final da tarde de quinta-feiras, entidades turísticas de Florianópolis divulgaram nota de repúdio à decisão do juiz Kras Borges: "Este tipo de atitude, às vésperas do recesso do Poder Judiciário, em uma decisão que vem sendo postergada há meses, prejudica o turismo da cidade, as receitas, os empregos e dificulta a possível convivência de realça o estado de insegurança jurídica". Florianópolis é uma cidade onde impera mais fortemente o conúbio entre o poder público e o dinheiro graúdo.
[Videversus: CAI LIMINAR QUE INTERDITAVA OS BEACH CLUBS DE JURE... http://poncheverde.blogspot.com/2013/12/cai-liminar-que-interditava-os-beach.html?spref=tw]
Além das razões alegadas pela Ajin, os beach clubs também ‘privatizam’, o que é um eufemismo para dizer que se apossam de trechos da praia, que é um espaço público. Para seus festejos colocam lixeiras, caixas de som, cadeiras, guarda-sóis, sofás, espreguiçadeiras, ombrelones, quiosques, banheiras, tendas, vasos, armários, colchões, etc. na faixa de areia e nas áreas de uso comum. Trata-se de um verdadeiro acinte a liberdade de ir e vir, só aceita em sociedades onde o desrespeito ao estado de direito se enraizou por completo no ethos político.
Bem... Talvez ainda haja reversão desta tendência abjeta de nossa sociedade. E a decisão original do juiz seja mantida. No Brasil, nos cursos de Direito se louvam a capacidade interpretativa do juiz e se vê como limitada a interpretação textual da lei, mas verdade seja dita, grassa por aqui uma flexibilidade tamanha que só pode ser movida por um misto de oportunismo, conveniência e covardia.

terça-feira, janeiro 31, 2012

Intelectuais totalitários definem o que é o "bom gosto"

80% de brasileiro q vai aos EUA fica na Flórida pra visitar Disney e comprar barato em Mall "deslumbrante". Desses, 1/3 dá esticada até NY e desses 1/10 vai ao Metropolitan ou ao Guggenheim. Resumo da ópera: 97% da brasileirada atual q vai aos EUA não sabe q negócio é esse. Duvido q visitante culto passe o dia todo na Chicago Art Gallery e encontre por lá um só turista brasileiro. No máximo estarão em Las Vegas!
Visita a Disney é um passatempo sem igual. Eles são os melhores neste tipo de diversão e reclamação de intelectual neste campo chega a ser patética. Por acaso o que é pagar caríssimo para ficar sentado ou em pé fingindo que sabe sambar vendo os grupos desfilarem no Carnaval? Há algo mais kitsch do que isto? E dizer que 1/3 vai em outro endereço mais sofisticado é chover no molhado. Obviamente que uma minoria daqueles gringos que vem para o Rio é que busca algo mais diferenciado dentro de sua própria turba. Não dá é para sentar numa torre de marfim e dizer que a massa deveria se comportar como uma trupe formada por críticos de arte, assim como fazem em relação a cinema e tudo o mais. E o que dizer daqueles que vão para o Beto Carrero? Quer dizer então que não se pode fazer turismo com crianças por que é “coisa de alienado”? O que me envergonha são outras coisas: 




É isto que é “ser feliz”? Reafirmar nossa latinidade é fazer papel de palhaço?