quarta-feira, novembro 30, 2016

Análise Política


Pessoal, quando der, assistam a este vídeo:


Muito interessante, a análise:

1. as manifestações são antigas no Brasil;

2. houve uma reconfiguração de 2013 a 2015, com atores 'menores' crescendo;

3. as pautas mudaram com o tempo (o impeachment que era 'acessório' cresceu, p.ex.);

O que se depreende disso tudo?

É um processo, longo e demorado, como são nas democracias mesmo.

O que estamos vendo é uma disputa para ver qual pauta predomina, entre esquerda e direita.

Quem é a 'esquerda' em questão? Setores ligados ao PT (nenhuma novidade);

quem é a 'direita'? Vejam quem ela cita: grupos como MBL, VPR, ROL etc.

Quando começaram estes movimentos? Como tudo o mais, nos EUA, recentemente, com os protestos em Seattle, contra a globalização, de esquerda. Ocorre que a linguagem universalizou e a direita aprendeu com eles.

Em suma: é uma evolução da democracia.

Ela diz mais... A esquerda tradicional vê a 'pauta horizontalista' (direitos para todos, ação direta, anarquismo) como uma grande quimera(sonho), ou seja, eles ainda pensam em moldes tradicionais (revolução, infiltração, tomada de poder, estado agigantado etc.); os jovens de esquerda, por sua vez, pensam em outras estratégias, são de uma índole de ação direta, de defesa (ou o que eles acham que é) de minorias, mas também querem sugar o estado e este tem que crescer para atendê-los, não percebendo a contradição com o anarquismo aí (_an_arquia é oposta ao estado).

Ela termina com uma indagação procedente "como é possível operar em grande escala numa sociedade complexa usando este tipo de procedimento?", sobre a ação direta e as manifestações. Por isso, não nos enganemos, precisamos nos conectar com os congressistas que não corroboraram com a deturpação das medidas propostas pelo MPF.
...

Aqui, a continuação:

E na continuação, ela vai mais longe, justamente por causa deste “caráter acéfalo” das manifestações, isto é, sem direção unívoca, os políticos mesmo não souberam como lidar. Mesmo um Temer, p.ex., inicialmente disse que foram manifestações pequenas, mas depois voltou atrás e disse, justamente, o contrário.

Não foi um crescimento exclusivo contra o PT, embora a primeira vista parecesse isto. O PT, claro, se tornou o alvo preferencial, mas é uma movimentação de rua que, por ser descentralizada, põe em cheque todo um sistema político tradicional. Apostar em _intervenção militar_ como panaceia é o contrário disso, não passa de apostar em uma ‘solução’ tradicional *que nunca deu certo em nenhum canto da América Latina*, não configura um crescimento de nossa sociedade civil, mas só uma terceirização da política. Nunca cresceremos como povo desse jeito. As grandes nações que nos servem como inspiração, quando apelaram para isto, sempre foi para alavancarem o ódio contra seus governantes e trazerem a derrota para si, cedo ou mais tarde. Não busquemos esse atalho, nunca.

Esse jornal americano que escreveu *imagine os EUA se transformar no Brasil, paraíso da corrupção* ... Pois bem, é isso mesmo, é assim que nos veem. E por que? O que nós fizemos enquanto sociedade? Deixamos na mão de quem? Ou vocês acham que todos os setores não tem sua cota de responsabilidade? Agora que é a hora de retomarmos as rédeas do processo histórico. Agora imaginem outra frase escrita no futuro pelo mesmo jornal americano *imagine os EUA se transformar no Brasil, uma ditadura militar*. É isso que vocês querem para o país?

Sou um homem livre. E quero defender uma sociedade em que nenhum de nós tenha que baixar a cabeça, para ninguém, use ele um uniforme ou não. Que todos nós, militares e civis tenhamos consciência de nossos deveres, mas sem usurpar o direito do outro. E quem o fizer, que seja punido, *mas dentro da Lei*. Se esta lei é insuficiente ou imoral, ela pode e deve ser mudada, *mas dentro da Lei*.

O pior governo de leis é, ainda assim, melhor que o melhor governo de homens.



domingo, novembro 27, 2016

A desigualdade nunca foi o grande problema


Imagine que tivéssemos uma máquina do tempo e viajássemos para qualquer lugar do Brasil no início do século XX. E chegando nesta época conhecêssemos um cidadão de classe média, que vivesse em uma cidadezinha afastada sem acesso a um serviço médico permanente, sem água tratada e tivesse que içar um balde de um poço para encher sua tina d’água diariamente, sem sistema de coleta de dejetos, que com muito custo e dificuldade conseguisse poupar um dos filhos da lida rural e o pusesse na escola para garantir uma vida melhor (enquanto que todos os outros, normalmente mais de seis) o financiassem com seu trabalho bruto. Este cidadão, no entanto, contava com uma casa humilde, porém sua, mas tivesse que fazer uso de tração animal para se deslocar ao trabalho e levar sua produção ao mercado local, pois não havia ainda veículos motorizados que reduzissem o tempo e, portanto, o custo da produção e distribuição. Veja... Este indivíduo, em relação à imensa maioria da população pobre era considerado “classe média” e, nos comovendo com sua situação penosa de vida lhe propuséssemos o seguinte “o Sr. gostaria de viajar conosco uns 80 anos para a frente e desfrutar de uma vida muito, mas muuuiiitooo mais cômoda, com água quente e frequente, luz ao simples toque, carroças que andam tão veloz quanto um pássaro, todas as crianças com direito aos estudos, grandes armazéns com tantos produtos que perderíamos dias contando seus itens e a mágica da cura e do tratamento na maioria disponíveis em ‘balinhas’ etc.?” O cidadão, caso acreditasse em nós e não tentasse nos internar, muito provavelmente aceitaria a oferta de pronto. Daí, sabendo da posição que iria deter na escala social achamos por bem lhe dar o aviso “mesmo estando em uma posição bem melhor que a atual neste bravo novo mundo que irá se descortinar perante o Sr., devemos lhe informar que vossa família estará situada em um dos níveis mais baixos de nossa sociedade. Mesmo tendo todos estes itens de conforto disponíveis e de fácil acesso, alguém em situação média deterá um nível socioeconômico muito superior ao Sr. e seus dependentes”. Surpreso com esta informação, o cidadão pensa um pouco e diz “preciso refletir melhor e consultar minha esposa...”

Caso tenha entendido o que se passou aqui, o grande problema não é a desigualdade socioeconômica e sim a pobreza absoluta, mas não é isso que, infelizmente, é percebido com clareza. Para a maioria da sociedade, uma situação melhor para cada unidade familiar não é percebida como tal se não deixamos nosso vizinho “comendo poeira”, isto é, se não nos destacamos na escala social porque, simplesmente, nossa percepção é relativista, toma parâmetros em comparação. A desigualdade significa, em termos simples, em diversidade e o problema real é a igualdade que nivela todos por baixo. O mau uso das palavras, seja na mídia, seja na academia, no dia a dia enfim é que impede que tenhamos o foco nos reais problemas dificultando o entendimento desta sociológica porque, na verdade, somos reféns de uma psicológica, que tem a inveja como ponto nevrálgico: eu me comparo ao vizinho e não comigo mesmo, eu quero demonstrar aos outros que estou melhor e não provar para mim mesmo que lutei, cresci e venci.




sexta-feira, novembro 25, 2016

Africanização, Corrupção e Estagnação: nosso Brasil distópico


Hoje nossa maior chaga é a corrupção, mas se você não fizer nada, amanhã poderá ter que protestar vestido assim, pois teus representantes políticos se sentirão tentados a não fazer nada por ti, absolutamente nada (imagem: http://istoe.com.br).

Serra Leoa pode ser um microcosmo do que teremos em um Brasil para breve, se VOCÊ continuar sentado, acomodado e não fizer valer sua LIBERDADE DE EXPRESSÃO contra o amordaçamento da LAVA-JATO neste dia 04/12. Não deixe de se manifestar. Do contrário, um dia ao protestar contra o governo por não saber o que fazer contra o Vírus Zika pode acontecer o que está em pleno curso no país africano, que já teve dura repressão governamental por algo similar, quando os civis reclamaram da inação governamental contra o Vírus Ebola. Quando se fala do risco de "africanização" no Brasil, o que é pior é manutenção do nosso status. Como sapos amortecidos em uma panela fervente ficamos em nosso berço explêndido. Ou não... Isto, meu caro, só vai DEPENDER DE TI.
 Cf. “Since the height of the Ebola outbreak, opposition members, protesters, activists and journalists have been jaile…” https://gu.com/p/5cgbd/stw


"Não há anistia para um crime que não existe", disse o Dep. Rodrigo Maia (DEM) sobre o "Caixa 2". Lembrei-me de quando discutia com um defensor do Islã, que me relatou que a violência contra a mulher naquela cultura era bem menor do que no Ocidente porque (ora!), tal crime NÃO ERA TIPIFICADO. Ou seja, se não está na letra da lei é porque não existe. Claro que o sujeito era advogado...

Cf. Que consequências uma anistia ao caixa 2 poderia trazer para a Lava Jato?https://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lava-jato/que-consequencias-uma-anistia-ao-caixa-2-poderia-trazer-para-a-lava-jato,9ef5a39d1307852456023fc0bfcc6aeamxcdd8gk.html





quinta-feira, novembro 24, 2016

Duas Conversas Inteiras na UFRGS



O cara, o educado colocou algo interessante,
"o crescimento da desigualdade nos EUA" E EU pergunto por que isso é
um problema? O REAL problema deveria ser a pobreza em si e não se os ricos ou
estratos da classe média estão se distanciando de sua base. O problema da
esquerda em geral nem são suas propostas de solução aos problemas, mas algo
anterior a tudo isto, sua visão de mundo e conceitos específicos sobre os
problemas. Quando o sujeito fala em "crescimento da desigualdade", eu
POSSO APOSTAR que ele acha que toda desigualdade socioeconômica leva a maior
pobreza e, neste ponto, ele está sumamente errado.


Nossa Legislação Tributária



O livro abaixo tem 7,5 toneladas, 41 mil páginas e 2,1 metros de altura, mas nem ele deu conta de compilar toda a legislação tributária do Brasil. Isso porque a cada dia, nossos legisladores (federais, estaduais e municipais) inventam uma média de 46 novas leis (ou 35, a depender da base de cálculo), o que significa que desde 2008, quando o livro foi para a gráfica, já foram editadas mais de 80 mil novas normas tributárias em todo o Brasil.
 Somos o país com a legislação tributária mais complicada do mundo, fazendo com que, anualmente, as empresas gastem 2,6 mil horas para cumprir apenas essa parte da burocracia. É o pior resultado entre 189 países, atrás até da Venezuela (792 horas), Nigéria (956 horas) e Vietnã (872 horas). Mesmo o penúltimo colocado, a Bolívia, desperdiça menos da metade do nosso tempo calculando impostos: 1.025 horas/ano. E quais são as empresas que podem se dar ao luxo de perder tanto tempo e ter funcionários especializados no assunto? As grandes ou as pequenas?
 Diante dessa imensidão oceânica da burocracia tributária nacional, uma gotinha de simplificação está para ser votada no Senado. Está prevista para hoje a votação do PLS 406/2016, projeto de lei que promete desburocratizar a Legislação Tributária Nacional, mas ainda vai ficar bem longe disso. Se aprovado, teremos apenas um pequenino avanço, visto que ele facilita a certidão de débitos tributários, simplifica os procedimentos para inscrição e cancelamento no CNPJ, e cria uma isonomia no tratamento de débitos e créditos do contribuinte. Isso significa que, caso o governo precise te devolver algum dinheiro (em caso de pagamento em excesso ou devolução por imposição legal, por exemplo), os valores serão corrigidos de acordo com os mesmos índices aplicados nos casos em que é você quem deve dinheiro ao governo.
 O Brasil precisa de uma reforma tributária de verdade, substituindo a sopa de letrinhas (IPI, ISS, ICMS, IR, IPTU...) por um imposto único e reduzindo esse livrão que você vê na foto a poucas e eficientes leis, de fácil execução e fiscalização. Isso facilitaria a vida do cidadão comum, derrubaria uma barreira de entrada a pequenas empresas no mercado, e fecharia muitas portas para a corrupção. Além disso, é preciso inverter a lógica de distribuição dos impostos entre União, estados e municípios. Hoje, os estados e municípios ficam com apenas 30% do que é arrecadado, apesar de terem as demandas mais urgentes para suprir.
 Fontes: G1, Exame e Spotniks apud PSL.
....

E ainda tem quem acuse e creia piamente na "ameaça do capital estrangeiro" como fonte de todo nosso subdesenvolvimento. Além de ilógico, pois se é uma 'ameaça' é porque, de fato, ainda não ocorreu, este tipo de preconceito oculta o verdadeiro mal e causa de nossa pobreza e subdesenvolvimento: o excesso e desarranjo de nossa legislação, da qual, a tributária é uma das principais.


Anselmo Heidrich

quarta-feira, novembro 23, 2016

Trump Acerta na Educação


Justiça seja feita, nesta ele acerto em cheio! Se a Secretária de Educação é apoiadora das Escolas Charter (prática incentivada e iniciada no Gov. Obama), que incentivou a meritocracia para alunos de baixa renda, Donald Trump marcou um belo ponto. Outro dado é que ele desaprova a política de manter currículo comum para o país (exatamente o oposto que o PT tentou fazer no país). É isso gurizada, torço por ele NESTE quesito. Quiçá venham outros bons sinais por aí. Aguardemos...

Donald Trump Announces Pro-Common Core Betsy DeVos as Education Secretary - Breitbart http://bit.ly/2ghSLn6  via @BreitbartNews 




Ideologia de Gênero VS. Ciência

Ideologia de Gênero V. Ciência


Que tal começar o dia lendo o ensino de orientação sexual e gênero na escola são pautadas cientificamente? Ignorar a biologia também é ciência, então?



Fonte: http://www.spm.gov.br/assuntos/conselho/nota-tecnica-no-24-conceito-genero-no-pne-mec.pdf

segunda-feira, novembro 21, 2016

A Ilusão do Homeschooling


Sou amplamente favorável ao homeschooling como alternativa complementar, mas achar que esta prática é uma alternativa completa é de uma ingenuidade atroz. Sua prática limita-se, normalmente, aos anos iniciais, quando não meramente ao ensino infantil, pois quando se ingressa nas séries (anos, como se oficializou chamar) finais, a maioria (imensa) dos pais e responsáveis não tem mais conhecimento específico para ensinar as diversas disciplinas que o aluno deveria estudar. Sabe a quem mais agrada isto? Aos gestores que anseiam por uma fonte ideológica que lhes exima da responsabilidade de disponibilizar e gerenciar recursos para educação pública. Como eu disse, acho plenamente válido o direito à existência do homeschooling, mas muito cuidado com as panaceias: elas não passam de imaginação utópica.

Cf. Oque ganhamos com o homeschooling http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/oque-ganhamos-com-o-homeschooling-269koxypu2rfal1at5jpvi386


domingo, novembro 13, 2016

A política do medo


O medo é mais que algo ancestral, ele é permanente. Faz parte integrante de nossas vidas ao ponto de que quando dizemos “não ter medo” só estamos demonstrando que temos consciência de que ele existe, de que ele faz parte de nós ao ponto de que não seríamos quem somos sem ele. As tentativas de avanço como indivíduo, desde que damos os primeiros passos ainda bebês, quando caímos e depois choramos incluem esta sensação. Sua superação, temporária nos dá dimensão exata de que devemos respeitar, isto é, tomar cautela. E o que é isto senão saber lidar com o medo?

Pois bem, qual foi a grande sacada da humanidade? Trazer o medo para a política. Se um candidato diz que seu rival é incapaz, ou incompetente, que com ele terão mais chances de se desenvolver, o enfoque está menos em suas capacidades como gestor e representante do povo do que na incapacidade alheia. Sem prová-la, no entanto, a mera ameaça de um fracasso se baseia no medo. De modo bem menos sutil, uma turba que intimida seus rivais ideológicos, religiosos ou políticos com berros e palavras de ordem não está sendo diferente daqueles aldeões da idade média carregando suas tochas contra uma mulher indefesa, conhecida como ‘bruxa’. Também não diferem muito de símios e aparentados que se juntavam em torno de um predador para escorraçá-lo da carniça que lhes serviria como manjar.

Agora deixemos os séculos e milênios para trás e migremos em nossa máquina do tempo para o presente. Estamos em uma cidade, na maior parte sitiada em uma ilha, com uma estrutura moderna, porém com sérias lacunas em seus serviços públicos e setor privado. Só para lembrar, uma delas é o transporte público... Jovens estudantes, com a vida toda pela frente, como se diz, acordam às 6 da manhã (quando não, antes mesmo) para iniciar sua labuta diária perante aulas ministradas por uma equipe de excelência em seus mais variados cursos técnicos. Com enormes custos para as famílias que abriram mão de certo conforto para bancar os estudos dos filhos, além do deslocamento, o aluguel em cidades-dormitório, para quem está no interior, a 100, 200 ou 300km da capital parece perto. Tudo é relativo nesta vida, até mesmo o esforço que parece pouco para aqueles com garra e determinação. Mas, para outros, que não quiseram evoluir, preferem a companhia de seus amigos de questionável capacidade cognitiva, uma turba ignara que lhes parece mais promissora, confiável e segura. Em linguagem menos ofensiva, eu os chamaria de um agregado destituído do elemento coragem. E são exatamente estes que na manhã de sexta-feira, dia 11 de novembro de 2016 trancaram os portões do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) impedindo os jovens (na idade e no espírito) de entrar e continuar sua longa saga em busca do conhecimento. Prejudicaram pessoas que pagam caro por este esforço, seja nos aluguéis, seja no transporte por demais moroso, seja em tempo, fundamentalmente, que dispensam para isto tudo. Se eu perguntasse se o prejuízo causado a terceiros lhes causa algum remorso, eu sei que provavelmente me diriam que não, pois tudo foi “em nome de uma causa maior”. De ‘causa’ em “causa maior”, os indivíduos e seus direitos são tratados como ‘menores’, como algo em que a “justiça social” passa por cima como um rolo compressor, triturador da divergência e liberdade alheia.

O dia já amanhece quente e promete ser difícil para aqueles que veem seu direito e liberdade bloqueados por um cadeado, tão trancado quanto o cérebro daqueles que fecharam os portões. Nestas horas, a indignação toma conta de nós e a vontade é de se revoltar. Mesmo em bem menor número, aqueles que tiveram seu espírito e, senso de justiça ultrajados, rumam para frente do centro de ensino. Lá, no front armados com a ignorância e o obscurantismo, uma horda que só faltava carregar tochas para queimar alguém, uma vez que sua inteligência já haviam torrado completamente se arvora e, deliberadamente, procura o confronto. Porque não toleram o livre-arbítrio agem como uma manada de gnus fugindo de algo que ignoram, destroçando com seus cascos tudo que é vivo em sua frente. Ou como bem disse uma de suas ativistas, mais uma das que se deslocou da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exclusivamente, para o ato insano “democracia, eu queimo”.

Uma coisa temos que reconhecer, ao dizer isto, ela deixou o medo de ser identificada como o pior tipo de gente para admitir o que pensa da pluralidade política e diversidade de opiniões: todas deveriam estar em imensa fogueira. Agora deem uma pausa no que estiverem fazendo e procurem em qualquer buscador na internet quem queimava livros como ameaça política, como política do medo porque tinha medo do que livros e opiniões fizessem com sua política e verão o mais acabado exemplo do que essa gente que toma atitudes a revelia do que os estudantes, professores e servidores decidem, irão se transformar um dia. Não se enganem, apesar do visual descolado e ar de quem não valoriza as aparências, o seu interior se aparenta muito àqueles que usavam bigodinhos abaixo dos narizes e suásticas nos braços.

Medo do que eles podem fazer, todos nós devemos ter, mas nosso medo sempre será menor do que o medo que eles tem de nossa vontade, que é a semente de nossa liberdade.

Anselmo Heidrich
Florianópolis, 13 nov. 16


*Na foto abaixo, um cadeado usado em Sobibor, Polônia em um dos inúmeros campos de concentração nazistas que foram construídos no país durante a II Guerra Mundial. Este foi aberto, mas e os que são fechados diariamente, em escolas ocupadas do Brasil?

Imagem: scientificamerican.com



Trump quer imigrantes (legais)





Óbvio que Trump aprova imigrantes legais, mas até aí não tem
diferença nenhuma em relação a nenhum outro presidente de ontem e hoje. O vídeo
é um factoide de campanha. E se, o presidente que mais teria deportado
imigrantes ilegais, foi Barack Obama, então pelos próprios critérios de Trump,
Obama teria sido um bom presidente. Use a lógica...


O que está em jogo é outra coisa. Vocês já ouviram falar da
estratégia das tesouras, certo? Normalmente, ela é utilizada como explicação,
no Brasil, para definir um espectro de partidos limitados à esquerda ou
centro-esquerda, o PSDB é definido como "direita". Ora! Da mesma
forma, por que esta estratégia não estaria sendo utilizada nos Estados Unidos?!
O que mais se aproximou do liberalismo como entendemos, já era, não existe
mais. Claro que há exceções, pontos aqui e ali de um ou outro candidato, mas
(notem...) em matéria de política econômica, não vejo diferença substancial
entre o socialista Bernie Sanders que perdeu as primárias para Hillary Clinton
e o próprio Donald Trump, com seu protecionismo a la Getúlio Vargas. A
estratégia de tesouras na América limita abordagens mais ou menos
protecionistas, mas todas elas dependentes desta matriz político-econômica. É
muita pobreza intelectual.

A esquerda ganhou com esse cara, quem comemora são
direitistas que foram utilizados pelo mainstream em um tipo de estratégia
reversa. Talvez os próprios jornalistas críticos de Trump não o percebam, mas
colaboraram para sua vitória ao limitar o debate político pré-eleitoral a temas
mundanos. Uma pena, porque daí sim veríamos a diferença (se é que havia alguma)
entre Hillary e Trump.



Anselmo Heidrich

Obama & Trump: mais próximos do que você imagina



 Obama deportou mais imigrantes ilegais no 1º mandato que Bush em oito anos http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/2013-03-23/obama-deportou-mais-imigrantes-ilegais-no-1-mandato-que-bush-em-oito-anos.html

Pelo mesmo critério advogado pelos trumpetes (de deportar imigrantes ilegais) por que OBAMA não seria um BOM presidente? Não dá para entender estes direitistas (análogos aos esquerdistas) que seguem cegamente qualquer um. Não são ideólogos, são cheerleaders ensandecidas.
Anselmo Heidrich

sexta-feira, novembro 11, 2016

O Doce Amanhecer do Réptil Incorruptível


(Imagem: ca.news.yahoo.com).

O mundo é cruel, o mundo é violento. Quando acesso o noticiário vejo quanta barbaridade ainda existe no mundo e, com as mãos indecisas e o coração trêmulo (ou seria o contrário...) decido mudar de canal. Talvez um Baby TV, ou não... Algo mais 'realista': Transformers para preparar bem meus filhos para a difícil evolução que terão neste mundo cheio de armadilhas e maldades. Mas, por outro lado, é justamente isto que nos mantém ativos e na defensiva, a capacidade de, em meio a tantas agruras nos voltarmos para o que temos de mais primevo, a capacidade de brincar e criar em meio aos bombardeios. Li, por ocasião da Guerra da Bósnia que os habitantes da capital, Sarajevo ainda realizavam concursos de beleza. "Não podemos parar a vida" diziam. É por aí, não podemos parar de viver, em meio à violência, apesar da violência até que a morte acometa um de nós ou alguém que amamos e digamos depois do rosto umedecido, "a vida continua..."

Bem, foi neste espírito angelical que pensei, não seria mais fácil se tentássemos resolver problemas e dilemas com soluções infantis. E como se o destino fosse traçado por um deus brincalhão, me deparo com a seguinte notícia:

Indonesia Is Planning To Use CROCODILES As Prison Guards For Death Row Inmates https://ca.news.yahoo.com/indonesia-planning-crocodiles-prison-guards-125210363.html?soc_src=social-sh&soc_trk=tw

Realmente, você não consegue subornar crocodilos.

Eh eh eh...
Anselmo Heidrich 

quinta-feira, novembro 10, 2016

Ajudem Donald Trump a Combater o Terrorismo: divulguem o link abaixo

Donald Trump: o verdadeiro problema


Já ouviu ‘O Verdadeiro Problema com Donald Trump’ de Anselmo Heidrich na #SoundCloud? #np https://soundcloud.com/anselmo-heidrich/o-verdadeiro-problema-com-donald-trump?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=twitter

Enquanto que o mainstream midiático se preocupa quantas mulheres Donald Trump assediou e inventa outros casos, o Partido Republicano elegeu um candidato mais parecido com o socialista Bernie Sanders, representante derrotado por Hillary Clinton pelo Partido Democrata. A História tem um senso de humor terrível...

quarta-feira, novembro 09, 2016

Donald Trump: o que esperar


Veremos se os EUA estarão preparados para as turbulências que se avizinham... (imagem: outsidethebeltway.com).

Recebi duas perguntas de um amigo e respondi aqui...



O que eu espero do novo presidente americano?


O mesmo que eu esperaria de qualquer populista, promessas e embromação. O ponto básico dele é fazer exatamente o oposto do que se beneficiou a vida inteira, a abertura de mercados. A curto prazo poderá gerar mais empregos, mas no médio prazo (10 anos talvez) levará a uma perda de empregos e pior, queda no padrão de vida devido a elevação de custos de produção. Isso, claro, se ele realmente levar a cabo suas bravatas como p.ex. produzir i-Phones no território americano. Duvido que deixar de importar e produzir a baixo custo na China para afagar a perda relativa que eleitores brancos de baixa escolarização tiveram por não saberem controlar suas dívidas e mimá-los com aumentos nominais de salário valha a pena perante uma instabilização econômica na maior população do globo. Duvido que valha a pena prejudicar os crescentes lucros e produção nas corporações mundiais que atuam na China colocando este gigante em rota de declínio a dar razão a um louco de Pyongyang com um corte de cabelo de penico. Mas o México pode sair prejudicado sim, com produtos que podem ser feitos em solo americano.


Na política externa é que eu quero rir, pois quem manda não é um Democrata ou um Republicano. Claro que toda essa puxação de saco para Vladimir Putin pode trazer uma melhor conversação entre os dois impérios, mas achar que as forças americanas arredarão o pé do Oriente Médio por causa de uma retórica isolacionista de um outsider é como acreditar naquele papo de "só vou colocar a c****". Duvido. Duvido que os EUA deixem aliados fornecedores de sua principal matéria prima, o petróleo, como Arábia Saudita e Kuwait à mercê de rivais regionais como Irã ou Síria assediados por seu concorrente geopolítico que é a Federação Russa, cujo interesse em monopolizar a distribuição de hidrocarbonetos para a União Europeia é crucial.


Assédio sexual etc., que ele seja julgado, mas alegar que seja um mau presidente por isso é tão relevante quanto dizer que Hillary não puniu o marido Bill por seus casos extra-conjugais. Isso importa?


Agora, se eu desse bola para o que diz a grande mídia, americana e brasileira iria torcer para Trump mesmo, pois é nojento como distorcem e superestimam o que é bobeira pura, como ele ter dito "b****" e coisas assim. Que é um escrotão, isso ninguém nega, mas a atuação da Sra. Clinton como Secretária de Estado me parece muito mais relevante.


O problema com ela é que dizer que seria uma mulher na presidência é tão relevante quanto um negro, um marciano ou torneiro mecânico, isto nada importa. E o ponto certo de Trump é dizer que atuará firme contra a imigração ilegal, o que em uma sociedade com medo e um mundo com medo tem de se levar em conta, em que pese qualquer dilema moral. Certo ou errado, isto irá pesar e quem não tiver resposta deverá ficar de escanteio no jogo da história. Ruim? Resolva de outra forma. O problema é que isto não precisa vir acompanhado de uma visão comercial tacanha de fechar fronteiras ou dificultar a abertura comercial que trará, imediatamente, pobreza aos seus parceiros e ex-parceiros. E como a pobreza, o tráfico e o crime. Batata.


Mas, a principal cabo eleitoral de Donald Trump foi Hillary Clinton que dizia ser favorável ao um bloco livre no hemisfério, se referindo a uma zona comercial livre nas Américas, a antiga Alca (Área de Livre Comércio das Américas), já dificultada por FHC (e com Lula e Dilma nem pensar) para depois, pressionada pelo socialista concorrente dos Democratas, Bernie Sanders, se desdizer e defender o protecionismo novamente. Ou seja, entre o roto e o rasgado fique com o que fede menos.


Para nós aqui, ela era ruim, e o Donald, um populista nojento que ainda é uma incógnita. Em quem eu votaria? Nulo. Quem ganhou? Além de Trump, o terrorismo internacional que conseguiu acuar um império.


O que eu desejo? Que ele fale mais, é divertido ouvi-lo.


a.h


Em 9 de novembro de 2016 19:48, C B escreveu:
E aí, Anselmo, o que você espera e deseja do novo presidente dos EUA?

...


quinta-feira, novembro 03, 2016

Como encher a linguiça do currículo com mais doutrinação marxista

  
Quando se alerta para a visão ideologizada dos professores e nos respondem que todos nós temos ideologia, mesmo que inconfessa e de que a neutralidade é simplesmente impossível não se entende a crítica contundente deste artigo, os professores de filosofia e sociologia não são incompetentes, o problema real é que eles são competentes de acordo com a educação superior que tiveram que, esta sim, é deficiente. A maioria desses cursos no país tem currículos e pior, interpretações desatualizadas, como o caso da vulgarização marxista. Consequentemente, os professores aí formados não se põem a criticar os seus fundamentos. O tal "pensamento crítico" como exposto nos comentários não passa de uma crítica ao capitalismo, de modo simplista e sem autocrítica, é uma crítica totalmente unidirecional. Sinceramente, faz mais de meia década que este artigo foi escrito e o resultado da introdução destas disciplinas no currículo escolar só fez piorar o que já tínhamos com geografia e história: a formação de uma massa de manobra estudantil a serviço de partidos e organizações com interesses escusos como ora se vê com as nefandas, autoritárias e verdadeiramente fascistas ocupações de escolas no país afora.


Cf. Ideologia na Escola - Educar para Crescer http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/ideologia-cartilha-547333.shtml



Uma de nossas chagas sociais, infelizmente, ainda muito pouco levada a sério.

Anselmo Heidrich

quarta-feira, novembro 02, 2016

Saúde e Honestidade



Amigão meu com quem já trovei muito saboreando uma deliciosa cerveja anda muito preocupado com a saúde e me enviou isto. Sabe... Pode ser verdade, claro, mas notei a ausência de nossa querida cerveja. Como se diz nos clichés de filmes policiais investigativos, "você notou a presença do cavalo branco na cena do crime?"