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terça-feira, dezembro 24, 2013

Beach clubs for bitch clubbers


Imagem: facebook.com
Sobre: Americano cria lista de motivos pelos quais odiou ter morado no Brasil | Tudo Para Homens
Eu concordei totalmente com 39 dos itens. Exceto pelo que diz em relação à "cerveja aguada". Estas são as populares, de quem não sabe o que é cerveja. No Brasil atual há excelentes cervejas, maravilhosas, como a Coruja, Opa, Terezópolis, entre outras... O 1º motivo é o que atualmente mais me incomoda. Resido em Florianópolis e é incrível a quantidade de idiotas que acha que temos que gostar do lixo musical que ouvem. Como se não bastasse, a polícia é altamente leniente, geralmente não recolhendo o veículo com som automotivo ensurdecedor, enquanto que esta deveria ser sua primeira e imediata reação. E quando eu achei que já tinha visto de tudo, em Fortaleza fiquei de queixo caído ao ver que se compra um carro simples para economizar com o reboque(!) que carrega colunas de caixa de som para ouvir na praia!!!! Pior, impossível. É o cúmulo da breguice aliada à falta de consideração com o outro. Dizem que os americanos são competitivos e individualistas, pois são sim, mas dentro de regras e não pelo simples prazer de prejudicar o outro e viver sem qualquer espírito comunitário. Foi uma boa iniciativa terem divulgado esta lista... Temos que parar de criar subterfúgios e criar fantasmas para carregar tomar nossa responsabilidade ou culpa. Já passou da hora deste país adotar um mínimo de autocrítica.
A propósito:
O juiz federal Marcelo Krás Borges emitiu às 14h03 desta quinta-feira uma liminar que orderna a interdição no prazo de cinco dias dos beach clubs de Jurerê Internacional. Ele ainda requisitou o cancelamento de todas as licenças e alvarás emitidas aos estabelecimentos pela União e por órgãos da Prefeitura de Florianópolis.
[Juiz federal determina interdição dos beach clubs de Jurerê Internacional - Verão - Geral - Diário Catarinense http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/verao/noticia/2013/12/juiz-federal-determina-interdicao-dos-beach-clubs-de-jurere-internacional-4369319.html]

Mas, ainda era bom demais para ser verdade:
O desembargador federal Tadaaqui Hirose, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, suspendeu a liminar que determinava a interdição dos cinco beach clubs de Jurerê Internacional, em Florianópolis. A justificativa de Hirose foi de que a decisão de interditar os estabelecimentos contrariou o resultado da audiência conciliatória que definiu um prazo para a adequação dos espaços, que estariam ocupando área ambientalmente irregular. Na quinta-feira o juiz da 6ª Vara Federal (Ambiental), Marcelo Krás Borges, concedeu liminar determinando a suspensão imediata das licenças e alvarás emitidos pela prefeitura de Florianópolis e interditando os cinco estabelecimentos. A ação foi movida pela Ajin (associação de Proprietários e Moradores de Jurerê Internacional), que acusa os beach clubs de estarem instalados em APP (Área de Proteção Ambiental) e descumprirem normas de funcionamento (poluição sonora e estacionamento irregular, por exemplo). Ainda no final da tarde de quinta-feiras, entidades turísticas de Florianópolis divulgaram nota de repúdio à decisão do juiz Kras Borges: "Este tipo de atitude, às vésperas do recesso do Poder Judiciário, em uma decisão que vem sendo postergada há meses, prejudica o turismo da cidade, as receitas, os empregos e dificulta a possível convivência de realça o estado de insegurança jurídica". Florianópolis é uma cidade onde impera mais fortemente o conúbio entre o poder público e o dinheiro graúdo.
[Videversus: CAI LIMINAR QUE INTERDITAVA OS BEACH CLUBS DE JURE... http://poncheverde.blogspot.com/2013/12/cai-liminar-que-interditava-os-beach.html?spref=tw]
Além das razões alegadas pela Ajin, os beach clubs também ‘privatizam’, o que é um eufemismo para dizer que se apossam de trechos da praia, que é um espaço público. Para seus festejos colocam lixeiras, caixas de som, cadeiras, guarda-sóis, sofás, espreguiçadeiras, ombrelones, quiosques, banheiras, tendas, vasos, armários, colchões, etc. na faixa de areia e nas áreas de uso comum. Trata-se de um verdadeiro acinte a liberdade de ir e vir, só aceita em sociedades onde o desrespeito ao estado de direito se enraizou por completo no ethos político.
Bem... Talvez ainda haja reversão desta tendência abjeta de nossa sociedade. E a decisão original do juiz seja mantida. No Brasil, nos cursos de Direito se louvam a capacidade interpretativa do juiz e se vê como limitada a interpretação textual da lei, mas verdade seja dita, grassa por aqui uma flexibilidade tamanha que só pode ser movida por um misto de oportunismo, conveniência e covardia.

quinta-feira, abril 25, 2013

Sobre o PL que proíbe bailes funk em São Paulo

"É pesado, às vezes muito pesado. Mas, bem, primeiro que ninguém é obrigado a ouvir." Antes fosse assim tão simples. Com as tecnologias disponíveis e relativamente baratas somos sim obrigados a ouvir. Mas, claro que não endosso esta proibição, pois não é questão de estilo musical e sim de liberdade e suas extensões... A questão é a poluição sonora que somos atingidos por quem ouve, e considero aqui qualquer tipo de música. É consensual quando falamos em externalidades negativas de algum impacto ambiental, por que então não levar este tipo de poluição mais a sério enquadrando quem desobedeça os limites do Código de Posturas Municipal? Agora outra questão: é mais fácil angariar votos dos incautos por um novo Projeto de Lei do que impor os rigores da lei já existente e que dá trabalho e indisposição com os sindicatos de servidores municipais que exigirão condições para tornar tais leis e códigos exequíveis. 
Cf.: Querem proibir o burlesque em Paris - Diário do Centro do Mundo

segunda-feira, setembro 03, 2012

Rodovia para a cadeia / Highway to jail

F5 - Humanos - Mulher é presa quatro vezes em 26 horas por ouvir "Highway to Hell" muito alto - 03/09/2012
Joyce Coffey, 53, presa por perturbação
da ordem com volume excessivamente alto / 
Joyce Coffey, 53, arrested for
disturbing the peace with volume too high.
Mas, é óbvio! Eu também gosto de AC/DC, mas só idiotas acham que se pode impor seu gosto musical aos outros. Aliás, só no nosso país (e em outros culturalmente subdesenvolvidos) para achar que ouvir música alta em local público e não autorizado ou em sua residência, mas acima do limite estabelecido para segurança dos vizinhos está "tudo bem". Não é a toa que hoje se encontra maior civilidade entre pássaros e gatos do mato ou guarás do que em nossas cidades litorâneas coalhadas de funkeiros ou no interior dominado por bandos de agroboys com seus sertanojos onde capricham na breguice de enfeitar veículos com woofers coloridos. O volume abusivo é poluição, que quando intencional também é agressão deliberada. Trata-se de um desrespeito à propriedade primeira do indivíduo, seu corpo e sanidade mental. Tem que ser muito, mas muito otário para achar que a polícia e o judiciário britânico estão errados.