Mostrando postagens com marcador liberdade de expressão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador liberdade de expressão. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, julho 30, 2018

Esquerdas + Direita Vs. Convivência


Imagem: thespruce.com
A Esquerda que eu conheci era revolucionária, acreditava que todo e qualquer rico enriquecera expropriando os demais, que a “culpa” pela pobreza existir era por um esquema, sistema de soma zero, se alguém ganha é porque alguém perdeu, mas a Esquerda contemporânea é pior, ela parte do princípio de que mesmo não tendo uma relação de exploração instaurada, a desigualdade é imoral e para restabelecer esta moral, a expropriação dos ricos tem que se dar. A antiga Esquerda condenava a exploração, a atual endossa a exploração em sentido contrário. No que uma certa Direita coaduna com ambas as Esquerdas? Quando alguns direitistas acham que uma elite global, que alguns ricos mantém outros povos, com seus ricos, pobres e remediados em situação de pobreza relativa. A solução para estes vira então, um belo e pomposo discurso com polpa nacionalista, mas cuja semente não passa de protecionismo, isolamento e medo. Esta é a raiz do sentimento anti-imigratório em países que se formaram e desenvolveram com a imigração. Esta é a raiz do pré-julgamento contrário e negativo sobre uma empresa global, cujo criador e principal detentor expressou opinião simpática a uma Esquerda (ainda que moderada). O que os une não é senão um sentimento de fraqueza que não trata todos por igual, sobretudo se o que “o outro” crê é algo distinto de mim. Para estes pseudo-liberais que falam em “censura” não existe o questionamento de quando se pode censurar alguém, pois nós o fazemos todos os dias em nosso ambiente privado. Ambiente PRIVADO, difícil entender? Sim, para muitos, as regras valem só para os outros. Para quem realmente defende a Liberdade, ela vale inclusive para quem quer se manter um idiota, desde que seja com sua própria vida, em seu próprio espaço e em sua própria EMPRESA.
Agora lembre-se, o raciocínio que guia a Esquerda contemporânea, dita Pós-Moderna de que devem existir cotas para “minorias” — mesmo que pardos sejam maioria em nosso país e haja mais mulheres que homens, estes são exemplos de “minorias” na novilíngua — é o raciocínio de quem acha que deve regular um espaço público. O que você espera que irá acontecer quando a regulação de um espaço privado pelos seus descontentes for sacramentada? Todos os espaços de convivência terão interferência alheia por força de Lei. Vai vendo, mas se depois vier chorar aqui, eu devo dizer “eu não te avisei” ou “VTNC”?
Anselmo Heidrich
30–07–2018

sexta-feira, julho 27, 2018

Weber, Mussolini e o Falso Liberalismo do MBL

Lembro-me como se fosse hoje, quando jovens de periferia marcavam encontros em massa nos shoppings paulistanos em 2014. E em liminar polêmica, juiz determina que os jovens de periferia seriam multados em R$ 10.000,00 pela prática de “rolezinho”, independente de danificar qualquer objeto nas dependências do estabelecimento privado. Na verdade, o que se viu, foi que havia “direitos distintos em choque”, o dos lojistas do referido espaço e o dos usuários que não estavam ali para gastar ou consumir qualquer produto que não fosse seu espaço gratuito.
O povo que sempre procura na legislação, brechas para seu ativismo considerou a decisão um “direito a segregação”, mas o que está em jogo aí não é só o direito de ir e vir, mas como ir e vir. É um caso análogo ao dos ambulantes, que querem trabalhar e procurar meios de sobreviver, mas não raro o fazem se apropriando de um espaço público, passeio, calçada que permite às pessoas garantir o seu direito de ir e vir e acesso aos lojistas e comerciantes que pagam suas taxas e tributos para estarem ali.
Max Weber considerava, como é bem sabido, a dominação como tipificada em três tipos-ideais (modelos), a carismática, tradicional e a racional-legal. Para sermos didáticos, a primeira poderia ser de um líder religioso, uma aiatolá, p.ex.; a segunda, da monarquia; a terceira, comum nas modernas sociedades burocratizadas e dependentes de um corpo jurídico bem extenso. Análogo a isso, seu estudo sobre a cidade enfatizava formas de domínio não clarificados por nenhum dos modelos dessa tipologia. Na sua obra Economia e Sociedade, ele considera a tipologia das cidades através do conceito de “dominação não legítima”, isto é, não especificada por nenhuma norma legal explícita. Assim como isto ocorre no meio urbano, formas de domínio através da estruturação da cidade, outros se formam no atual ambiente virtual e não são devidamente contemplados pela legislação. Aí se insere a confusão em relação à postura do Facebook (FB) e a acusação de que esteja “influenciando as eleições”, enquanto que foi justamente o contrário.
Em primeiro lugar, o FB é uma empresa pública? Foi tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade? Assim como comemoramos que a LATAM puniu um funcionário que assediou turistas russas porque ela tem esta autonomia, por que discordamos do mesmo princípio ao FB de deletar contas de quem entenda como discordando de seus princípios de convivência? Veja… Muitos liberais brasileiros que atualmente se enquadram como “de direita” no Brasil se posicionaram à época dos “rolezinhos” contrários a tais manifestações porque, afinal de contas, o espaço dos shoppings era privado. Então, por que diabos agora deveria ser diferente? Por quê? Só por que os envolvidos são de grupos e páginas das quais eu concordo? Além do mais, grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL) sempre tão zelosos de erguer o estandarte do liberalismo parecem ter esquecido (ou nunca leram e se leram não entenderam) o que disse Milton Friedman em seu Capitalismo e Liberdade, no qual defendia que qualquer forma de contratação deveria ser válida em nossa sociedade fosse ela baseada em premissas positivas ou negativas de quem fosse o contratado, seja por critérios racistas, anti-racistas, homofóbicos, transgêneros, feministas, machistas, nacionalistas, multiculturalistas etc., o que fosse! Os governos simplesmente não deveriam se intrometer na livre contratação e atuação das empresas, então por que cargas d’água deveria o FB agir segundo uma norma estipulada por algum estado? E o MBL não está dando azo ao controle estatal? Ao contestar a liberdade empresarial do FB está sim. Está se comportando de modo anti-liberal e profundamente intervencionista, para regozijo de Mussolini.
Anselmo Heidrich
(Continua…)

segunda-feira, outubro 02, 2017

Sobre o queermuseu, MAM e outras mostras que virão

Pessoal, o negócio é simples e leiam com atenção para não deturpar o que eu digo: quanto mais vocês berrarem, quanto maior for a histeria, MAIS OS CURADORES E ARTISTAS (chame-os do que quiser) VÃO GANHAR COM ISTO, pois seu ofício se baseia no choque, no escândalo e no ti-ti-ti para os círculos de intelectuais militantes. Quanto mais vocês clamarem por censura ou sugerirem algo assim, mais eles terão justificativa para continuarem o que estão fazendo e mais apoio internacional, inclusive, terão. 

O negócio é por fim ao negócio deles, secar a fonte, acabar com o financiamento, por isso BOICOTAR é anos-luz melhor que qualquer tipo de censura. O que se fez ao Santander, fechando contas no banco e que SE DEVE fazer igualmente ao Itaú é o caminho certo. Agir assim traz mais resultados e ainda parte de nosso livre-arbítrio, sem burocracias e lerdeza judiciária.

*Já quanto à manipulação e uso de menores em exposições do tipo que se acione a lei, mas se adultos quiserem assistir o que pode ser mau gosto para nós, qual o problema? Não tem um monte de gente que ouve Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil também?

Anselmo Heidrich

quinta-feira, novembro 12, 2015

Deixa eu dar um toque...



Esta página[1] é extensão do meu lar, é como uma sala de estar. Quem solicita minha "amizade" ou algo similar tem que estar de acordo com minhas regras. E muitas delas simplesmente surgirão no calor e decorrer dos acontecimentos, quando eu tiver uma ideia, quando eu arrotar ou quando eu olhar pro lado. Como disse Luís XIV, "o estado sou eu", aqui "a página sou eu", então se forem discordar, o façam civilizadamente, sem nervosismo, com palavras gentis e doces, pois do contrário, tudo que irão enxergar será um par de ferraduras polidas em movimento. Então, esquerda em geral, feministas mal comidas, olavetes (esses eu desprezo), religiosos tentando me converter etc. Toda essa raça/ralá não é bem vinda, fui claro? Se querem "altos debates" há um sem número de comunidades e duas delas eu administro, outra ainda em parceria. Lá vocês podem se estender até perder de vista, aqui não.


Acho simplesmente incrível a necessidade de conversão que as pessoas têm em relação aos outros. Escutem, melhor, leiam, o mundo é um amontoado de tribos que se fagocita constantemente. Há uma certa ordem imposta pela economia e pelo estado, agora não esperem que um espaço que serve como diário seja seu campo de exercício democrático. Para tanto criem suas páginas e não se comportem como parasitas no espaço alheio.


Concordando comigo, sejam bem vindos. Do contrário, a porta de saída é a mesma de entrada e ela não reduziu de tamanho.


Anselmo Heidrich






[1] Comentário postado na minha página no facebook. 

segunda-feira, junho 22, 2015

Livre-arbítriofobia, na realidade


Excelente vídeo do Pirula comparando a HOMOFOBIA contra a CRISTOFOBIA, mas discordo em detalhes. O 'clima' antes da invasão do Iraque ou ISIS etc. não era pacífico, ou sequer menos tenso. Apenas não tínhamos ou não havia maior atenção midiática sobre a região como um todo (exceção feita aos países com conflitos internos graves ou protagonistas de crises internacionais, como Israel e Irã, respectivamente). 



sexta-feira, maio 29, 2015

Vitimologia do semanário Carta Capital


Sobre:
Leitor de CartaCapital é hostilizado por defensores do impeachment http://www.cartacapital.com.br/politica/leitor-de-cartacapital-e-hostilizado-por-defensores-do-impeachment-8794.html via @cartacapital

Caro Redator, a Carta Capital faz jornalismo, é o que se supõe. Mas, mesmo tendo sua opinião definida, ela não pode fugir aos FATOS. E o fato é que o cidadão supostamente assediado se incomodou com o teor da letra das marchas e não com o som em si. Se fosse pela segunda hipótese, ele teria sua razão. Analogamente, eu posso me irritar se meu vizinho está ouvindo funk nas alturas, mas não tenho nenhuma razão em demandar que pare de ouvir seu funk em volume permitido ou com o tipo de poesia que acompanha aquela cacofonia (com perdões à memória de James Brown, mas chamam isto de 'funk'...). Vocês da redação desta revista estão, cronicamente, posando de vítimas. O referido querelante se levantou e criticou os passageiros anti-petistas porque estavam entoando seus hinos. Que se criticasse o volume ou impropriedade, inadequação, importuno que fosse da algazarra, mas não pelo conteúdo da mensagem expressa. A partir daí não existe um direito, não há direito em censurar a liberdade de expressão alheia. Agora, se em algum momento alguém, individualmente, criticou a leitura da Carta Capital, este alguém é que tem que ser criticado e, não a turba, mesmo porque não se ouve tal manifestação em uníssono (ao contrários das músicas). Até aqui temos dois erros praticados por vocês:
1. Ignoraram a sequência de eventos, a cronologia, quem fez o que antes;2. Deturparam o fator causal, que não foi a leitura da revista.
  
Vocês dão a entender a opinião do grupo teria levado à esta discussão. Isto é um sofisma análogo ao eu ter sérias críticas ao fundamentalista religioso X e endossar o extermínio de todos que se devotam a tal religião. Eu posso discordar do conteúdo da sua revista, e com isto me integrar ao referido grupo da aeronave, mas nem por isto demando que se queimem todas as edições ou se chacine seus redatores da Carta Capital... Aliás! Quem costuma endossar este tipo de procedimento em outras paragens são grupos que muitos de vocês já dedicaram textos bastante condescendentes ou até mesmo de apoio. Conferir a este respeito: http://www.cartacapital.com.br/internacional/por-que-as-pessoas-escolhem-o-terrorismo-2653.html.

Vocês acusam o grupo de censurar e é exatamente o contrário que se passou, o passageiro incomodado com a festa bradou contra a mensagem adversa a suas crenças políticas e ideológicas. Quanto a ele, não o conheço, não posso criticá-lo enquanto pessoa, apenas sugerir que no Pyongyang Aeroporto Internacional de Sunan não sofreria nenhuma crítica pelo apreço demonstrado a tal "ilibada" revista.

Atenciosamente,
Anselmo Heidrich


quinta-feira, janeiro 23, 2014

A 1ª tese sobre o ‘rolezinho’


Uma das teses sobre a falta de perspectiva dos jovens como condicionante do "rolezinho" está aqui bem retratada: O “rolezinho” e os jovens sem futuro | Luiz Flávio Gomes http://atualidadesdodireito.com.br/lfg/2014/01/22/o-rolezinho-e-os-jovens-sem-futuro/ via @atualdodireito
Vejamos este trecho:
Vendo diariamente os desmandos concentradores praticados pelo capitalismo atrasado vigente no Brasil assim como o descalabro do Estado estacionário brasileiro, com suas instituições políticas, econômicas, jurídicas e sociais degeneradas, as classes dominadas (C e D) estão cada vez mais conscientes das suas condições precárias no mercado de trabalho, nos estudos e nos relacionamentos sociais, o que compromete o seu presente consumista assim como o seu futuro.
Embora o texto não se limite a esta visão meramente reativa na economia, neste trecho se estabelece uma teoria na qual a população de classes menos abastadas (o que está bem claro) toma consciência de suas carências sociais e econômicas que a levaria a reagir, como se vê neste outro parágrafo:
Tudo isso seria compensado com serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e transportes. Mas esse definitivamente não é o caso do Brasil injusto e estacionário. Resultado: frustração, desesperança, ódio, sensação de impotência e indignação, que são os ingredientes necessários para desmoronar qualquer país decadente e socialmente retrocessivo, sobretudo depois da democratização do acesso às redes sociais.
Se procurarmos por esta equação nas ciências sociais encontraremos teorias que endossam esta visão, dentre as quais, a da passagem de uma classe em si para classe para si (marxismo). Um contrato intergeracional presumido estaria sendo violado e, portanto, uma reação ao longo do tempo seria, inevitavelmente, gestada. Esta visão, referida segundo o autor em Edmund Burke e, mais recentemente, em John Rawls, clássicos liberais-conservadores de ontem e hoje mostra que têm em comum com a visão marxista: sua teleologia objetiva da história, um funcionalismo que pressupõe um rumo ou seqüencia de acontecimentos dotados de certa lógica e nexo entre si. É temerário procurar previsões na história que não atentem para as possibilidades de mudança e alterações de rumo, quanto mais no estabelecimento de lógica causal que utilizada em algum evento passado ainda sirva para prever o que venha a acontecer.
(...)

domingo, janeiro 19, 2014

As três teses básicas sobre o ‘rolezinho’


Consegui identificar três teses básicas sobre o fenômeno: 

- a chamada "exclusão social" que estimularia, como reação, a invasão de jovens de periferia aos centros de consumo de classes mais abastadas;
- a absorção do movimento ou, como querem alguns, manipulação do mesmo por intelectuais engajados de esquerda, o que descaracterizaria o mesmo como totalmente autônomo, independente;
- a mera "curtição" ou busca por alternativa de lazer, uma vez que o estado brasileiro em suas diferentes esferas falharia com relação ao tratamento dispensado ao jovem brasileiro, seja na área da educação, esportes ou cultura, daí resultando sua revolta ou mera reação irrefletida. Como dito por algum de seus membros "só quero beijar umas mina..."

Já adianto que discordo de todas.


(...)

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Rolê VS. Rolex, uma falsa oposição

Ação e reação... Ainda teremos civis se preparando para conter a desordem: Riot training experience may be ‘serious threat’ (From Worcester News): worcesternews.co.uk
O que eles querem dizer, já que precisam "ser ouvidos"? Que nossa sociedade tem desigualdade? Que precisam de mais programas de transferência de renda? Que são "segregados" por que não têm acesso à produtos caros em lojas especializadas? Isto é uma enorme palhaçada, sofisma mesmo. Eu não tenho acesso a muitos produtos disponíveis em certas lojas e nem por isto tenho o direito a protestar em um espaço privado, que é um shopping center, como se fosse em um centro cívico. Quanto à "dar um rolê" nestes locais, nunca foi proibido, mas também é - e deve mesmo ser - vigiado, monitorado de perto, pois os consumidores - consumidor também é cidadão, também tem direitos - paga por isto, a segurança, que no caso é privada, mas que também existe enquanto direito coletivo. Um grupo não pode ameaçar ou atormentar com o claro intuito de prejudicar o comerciante deste tipo de estabelecimento que depende da clientela para poder manter sua atividade, pagar seus impostos (cuja parcela vai para programas de transferência de renda) e gerar empregos. O artigo abaixo serve como exemplo de quão patético se pode ser quando tais considerações não são levadas em conta.
Opinião: Liminar que proíbe 'rolezinho' assegura 'direito à segregação' - 14/01/2014 - Cotidiano - Folha de S.Paulo http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1397333-opiniao-liminar-que-proibe-rolezinho-assegura-direito-a-segregacao.shtml via @Folha.com
"Espaços públicos de qualidade..." Para tanto, tem que ter segurança pública de qualidade, pois os poucos parques e praças viram cracódromos ou cheiródromos onde quem não é da 'tribo' não pode circular. Na verdade, estes hipócritas costumam se apropriar - privadamente - de espaços públicos sem o dizerem. Isto pode? Só pra galera do rolê? E a galera do rolex também pode se apropriar assim e expulsar transeuntes desavisados de "sua área"?
Eu entendo que o direito de ir e vir é fundamental, ASSIM COMO o direito à liberdade de expressão. Pensando neste último é lícito que eu, em nome de minha liberdade de expressão e livre arbítrio queira exercê-los gritando durante uma sessão de cinema lotado "FOGO! FOGO! FOGO!"??? Acho que não... E acredito que todos vocês concordariam comigo. Pois bem, analogamente, a liberdade de ir e vir dos "roletristas" pode ser exercida de QUALQUER FORMA? A resposta é simples, nenhum direito fundamental pode ser exercido de QUALQUER FORMA, quando este atenta contra outros direitos. Esta análise, concisa, me pareceu correta:
Opinião: Tal como são, os 'rolezinhos' atentam contra direitos coletivos http://t.co/Bczrg3FrpU via @Folha.com
Chamo atenção que nem sempre medidas socioeducativas (educação, escola) são o bastante. A prática da repressão, corretamente dirigida, não deve ser abandonada. Em casos assim, sobretudo de massa, difíceis de controlar devido ao fato social que ensejam e nossa "despersonalização", tal como ocorre nos estádios, p.ex., deve ser contida ou adequadamente acomodada. Uma coisa é berrar e atuar figuradamente como gladiados em um estádio, sem que haja agressão física (uma vez que a moral é tolerada...), mas não em espaços impróprios para tanto. Em casos que se pode perder o controle, o uso da força é legítimo. Mas, como contenção e não, tortura. Há demagogos falando em "guerra racial" o "luta de classes" sim, mas muitos deles estão no lado dos "roletristas". 
Embora vejamos aqui e ali declarações politicamente corretas como "desejo de consumo", "movimento pró-capitalismo de massas" etc. esta é uma questão totalmente falsa, uma vez que não se trata de "mais estado VS. mais mercado" e sim CIVILIDADE, conduta adequada, direito ao sossego etc. A questão é outra e deveria ser definida municipalmente, com base no Código de Posturas que cada um porta.
Mesmo sendo privado ele deve obedecer certos enregramentos. Como se trata de um espaço comercial NÃO pode barrar a entrada de quem quer que seja, exceto em condições particulares, como, p.ex., a saúde pública e olhe lá. O vendedor ambulante pode ir e vir dentro do shopping, mas como transeunte ou consumidor, já para vender seu produto tem que ter um estabelecimento lá dentro. O mesmo raciocínio não se refere ao jovem de periferia: ele pode passear sim. Agora, isto não subentende a prática de perturbação do sossego, cujo direito é também coletivo. Não se pode incomodar ou ameaçar, mesmo que de modo difuso quem está em determinado espaço, mesmo que haja conotação "filosófica" implícita em seu ato e linguagem simbólica em sua ameaça. Em suma, podem andar dentro desses espaços, mas como tudo na vida, sob determinadas condições.


sexta-feira, setembro 14, 2012

Liberdade de Expressão VS. Fanatismo Religioso / Freedom of Speech VS. Religious Fanaticism

Esta fúria é caricatural, como se fosse algo necessário para uma postura e ovação religiosas. Se eu fosse religioso diria que é totalmente fake. Não importa que seja uma foto de 2007 ou de 2012, o teatro é o mesmo. This fury is a caricature, as something necessary for a religious stance and ovation. If I were religious I would say that is totally fake. No matter it is a picture of 2007 or 2012, the theater is the same. (Foto/Photo: http://mikesamerica.blogspot.com.br/2007/06/news-teasers.html.)

Um caminho mais fácil é, realmente, censurar o vídeo. No entanto, se quisermos evitar choques e mortes absolutamente desnecessárias porque fanáticos religiosos não toleram a liberdade de expressão podem se preparar, pois isto é só o começo.
"But Google is trying to do something much harder, and much more thoughtful, than that. As it said in its statement outlining its approach to freedom of expression, "We recognize that there are limits. In some areas it's obvious where to draw the line. For example, we have an all-product ban on child pornography. But in other areas, like extremism, it gets complicated because our products are available in numerous countries with widely varying laws and cultures."
E o conflito entre tais culturas é algo tão antigo que atribuir tal intolerância a uma "provocação" atual é fruto de uma ignorância produzida pelo relativismo cultural como norte ético.

quarta-feira, maio 23, 2012

Estereótipo e racismo / Stereotyping and racism


A Comissão Europeia retirou do ar um vídeo de sua mais recente campanha para promover o crescimento da União Europeia (UE) após acusações de racismo na internet.
 O vídeo mostra três lutadores de artes marciais se preparando para enfrentar uma mulher branca com um visual parecido com o da atriz Uma Thurman nos filmes "Kill Bill".
Primeiro, um especialista em Kung Fu do leste asiático pula em frente à lutadora. Em seguida, o mestre da arte indiana Kalaripayattu aponta uma espada contra a mulher. Por último, um capoeirista negro derruba uma porta e invade o galpão. Quando ela se multiplica para formar um círculo ao redor dos rivais, estes imediatamente largam suas armas e as 12 projeções da mulher formam as estrelas da bandeira da União Europeia.
(...) UE retira comercial contra Brasil, Índia e China - TV iG
Palhaçada. Agora tudo vira sinônimo de ‘racismo’. O comercial é excelente e mostra, exatamente, o que os nacionalistas mais extremados do Brasil, China e Índia pensam sobre os europeus: alvos a serem abatidos.

domingo, outubro 23, 2011

Assédio moral e liberdade de expressão – 1


Proibir a liberdade de expressão, mesmo que de um programa estúpido como o citado pela vítima do assédio não é um bom prelúdio do que poderia vir. A questão é cultural, se nosso povo se contenta com este tipo de coisa mostra quão "solidário" é, na realidade, o povo brasileiro, um mega-aglomerado de indivíduos que sempre ignorou o termo civil porque sequer tem noção do que a civilidade venha a ser. A saída em minha opinião, só pode ser a condenação moral e, no caso do programa, mudar de canal.

... 

quarta-feira, julho 20, 2011

E todo comediante sem graça deveria tomar onde?


"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra c. (... ) Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade."




Ok, então tu merece um processo pelo péssimo repertório piadista. Talvez o processo do qual é acusado seja descabido, não sei... Mas, se tivéssemos público com um mínimo de bom senso, a audiência de onde ele se apresente devesse cair. Mesmo que isto signifique sacrificar o conjunto do programa e canal de veiculação que participa. Sabe... Não é preciso ter mãe, irmã, mulher ou filha para saber que o 'comediante' superou a falta de equilíbrio sacramentando a canalhice total.

Acho que não deveria ser proibido de dizer as sandices que disse, apesar de completamente estúpido, porque esse tipo de cultura tem é que ser combatido em seu próprio âmbito, o da moral e da cultura. Este é o caso de um dos melhores filmes que vi a respeito, um verdadeiro thriller de ação e suspense em que saímos de alma lavada: I spit on your grave ("Doce Vingança") de 2010, sob direção de Steven R. Monroe é o caso. Sarah Butler interpreta uma jovem escritora que vai buscar inspiração em uma cabana retirada na área de rednecks, "lixo branco" como também são conhecidos nos EUA. Pelas figuras abaixo dá pra imaginar como ela se vinga daqueles que passam de 'piadas' a la Rafinha para algo mais...






...

sexta-feira, junho 17, 2011

Sugestão de alvos para protesto

Querem protestar contra o autoritarismo, se manifestar a favor da liberdade? Então se posicionem em frente às embaixadas desses países com palavras de ordem contra seus governos.


... Agora, se posicionar contrário a uma loja do McDonald's com o mesmo intuito é coisa de idiota, de perfeito idiota. Se não for um, então é um hipócrita ao confundir a competitividade global e eficiência desta empresa com algum sentido de luta pelo livre-arbítrio.

...