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quarta-feira, julho 05, 2017

Para onde vão os Refugiados? [*]


EM NOTA DIVULGADA em março de 2014, a Agência para Refugiados da ONU (ACNUR) informou que os conflitos armados, notadamente na Síria e no Iraque, bem como outras violações de Direitos Humanos elevaram o número de pedidos de asilo para seu maior número em 22 anos.
O número de pedidos de asilos aumentou 45% de 2013 para 2014 (866.000) não superando (ainda) a marca de 1992, por conta da Guerra da Bósnia. Os primeiros colocados em números de pedidos foram os sírios seguidos pelos iraquianos e, em terceiro, os afegãos seguidos por sérvios, kosovares e eritreus. São dezenas de milhares de pedidos.
O aumento do número de pedidos de asilo não se distribui uniformemente entre os países com políticas favoráveis ao acolhimento, a maioria dos refugiados, 60% escolhe cinco países: Alemanha, EUA, Turquia, Suécia e Itália.
Se fizermos uma avaliação proporcional, alguns países recebem muito mais do que os outros. Por exemplo, entre 2010 e 2014, a Suécia recebeu quase 25 pedidos de asilo por 1.000 habitantes, seguida por Malta, Luxemburgo, Suíça e Montenegro. Com exceção do primeiro, os outros são pequenos e microestados.
Entre os países desenvolvidos, a Austrália, país que não sabe o que é uma recessão há mais de 25 anos teve uma queda de 24% no número de requerentes de asilo de 2013 para 2014.
Há mais de dezenas de milhões de pessoas que por violência de estado ou grupos civis é obrigada a se deslocar. Enquanto que falamos de pedidos de asilo a um seleto grupo de países, não estamos comentando aqueles que se deslocam internamente nos próprios territórios nacionais, mais de 33 milhões neste grupo contra cerca de 16 milhões do primeiro, segundo números de 2013.
Consideremos os seguintes pontos:
•              A maioria desses refugiados não vai em busca de melhores oportunidades de trabalho em um primeiro momento, mas foge de guerras;
•              Com exceção dos próprios países e governos de origem, os maiores fomentadores desses conflitos em escala global são países do Oriente Médio, Estados Unidos da América e Federação Russa;
•              EUA e Rússia estão entre os destinos dos requerentes a asilo político. Mas, eles não recebem a maioria dos envolvidos nas guerras do Oriente Médio ou África e sim, mexicanos e centro-americanos para os EUA e ucranianos para a Rússia.
Agora preste atenção: se houvesse algum critério de justiça nesta história toda, os principais destinos de asilados, refugiados, imigrantes tinham que estar relacionados a quem fomenta os conflitos que deslocam estas pessoas, independentemente de quem quer que tenha razão, sejam eles americanos, russos ou outros.
Portanto, se outros países que não se incluem neste rol de relações, como a Suécia, p.ex., participa disto só pode ser por uma das três alternativas abaixo:
(a)           Tem uma enorme sensibilidade com o sofrimento alheio e espírito de solidariedade para com o próximo;
(b)          Precisa urgentemente de mão de obra barata sem grandes requisitos de qualificação;
(c)           Alguém dentro daquele país está ganhando muito dinheiro com o repasse de recursos aos refugiados, pois atividades desta espécie apresentam muitos intermediários.
Se for a ‘A’, sinto muito, caro sueco, não dá para ajudar o mundo sem forçar quem também deve fazê-lo.
No caso de ‘B’, isto é a receita certa para se criar uma sociedade pautada na desigualdade e presença de “oligarquias”, como temos no Brasil;
Se for ‘C’, vocês estão fazendo o papel de perfeitos... Bem, vocês sabem o que quero dizer e isto não é tão improvável quanto se pensa.
***
Uma pequena nota... Querer ajudar o próximo é uma atitude correta, mas ela tem, necessariamente, de vir acompanhada de algumas condições: ajude o próximo a trabalhar e não conceda ajuda de custo por tempo indeterminado (assim você estará estragando o próximo); qualquer mistura cultural é como genética, bem vinda, desde que uma cultura estranha não tenha as características de uma célula cancerígena colocando todo o sistema em risco; mesmo quando uma mudança de rumos ocorre, seja no nosso cotidiano ou em grandes processos políticos, ele tem que ser gradual e adotado em doses homeopáticas, para que o organismo não sofra com a mudança e os novos elementos possam se adaptar ao padrão cultural da maioria, não pondo em risco a sociedade que lhes acolheu. É impossível amar alguém de modo eficaz sem ter amor próprio. Pense... Como vai se ajudar quem desmaiou no caso de despressurização em um voo se você não colocar a máscara de ar primeiro? Quer desmaiar junto e morrer “igualitariamente”?
O contrário disto não é amor e sim estupidez.

Anselmo Heidrich



[*] Texto adaptado de Asylum applications in industrialized world soar to almost 900,000 in 2014. http://www.unhcr.org/5512c51e9.html, em 05 julho de 17. E aqui anexos do relatório: Report e Annexes [Excel tables -zip file].

sexta-feira, novembro 20, 2015

A aula do extremista islâmico



Quem diz que educação não tem mais influência ainda não viu isto nem sabe do poder que ela tem em certas regiões do mundo, malgrado as lições ensinadas estão no sentido diametralmente oposto do que gostaríamos...


Neste vídeo, http://www.youtube.com/watch?v=U2tT_3dsgKA vemos a ação de um professor do ISIS, o chamado "estado islâmico" em um vilarejo afegão. Sim, o ISIS chegou no Afeganistão, território disputado entre o Taleban e o governo nacional.


Alguns trechos da aula:


"Que palavra é esta?" ele diz, e responde sua própria pergunta: ". Jihad"

"Jihad", as crianças repetem.

"Deus diz para fazer a jihad até que intriga, idolatria e infidelidade são idos do mundo."

Ele diz a um menino para se levantar. "O que é isto?" ele diz, indicando o seu rifle.

"Kalashnikov".

"Por que nós usamos isso?"

"Para defender a fé."

"E cujas cabeças vamos acertar com isso?"

"Kafir [infiéis]", diz a criança.



Mais tarde os alunos assistem a um vídeo de tortura e decapitação (as meninas sentam ao fundo da sala).


Quem achou exagerado pode ler a matéria na íntegra aqui: Via @NPR: An ISIS School Teaches Jihad To Children At Age 3 http://n.pr/1SEhzz1


No Afeganistão, o ISIS vai entrar em choque certeiro com o Taleban, mais do que o governo de Kabul. "Estamos fartos de todos eles", diz um velho ancião, pois o cidadão comum irá sofrer com o embate.


O que tem que ficar claro é que seja ou não simpático ao islã (eu mesmo sou antipático a ele e a qualquer religião), o fato é que as primeiras vítimas serão os muçulmanos que não se dispõem a pegar em armas para fazer uma guerra santa. Estes que desejam levar suas vidas em paz é que deveriam ser apoiados contra o inimigo comum. Sei que esta é uma longa discussão, mesmo porque tentativas como esta que sugiro já aconteceram e, no mais das vezes, acabaram fortalecendo regimes também despóticos. Bem... Uma coisa é fato, sem o apoio a quem pode se opor aos extremistas, justamente estes é que tomarão o espaço vago deixado por um poder enfraquecido.


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quarta-feira, janeiro 04, 2012

Ron Paul - (What If?) E se? - Remasterizado (Legenda em Português)


É uma ingenuidade achar que o terrorismo calcado no fundamentalismo religioso acabaria devido a menor intervenção externa. Este é exatamente o trunfo que esperam conseguir. É ingênuo crer que todas guerras foram "preventivas" e que não houve as defesas necessárias e respostas de retaliação. É ingênuo achar que pressões e ataques deixarão de ocorrer aos interesses e aliados estrangeiros porque ferem a ação de grupos que visam instituir governos totalitários. É ingênuo demais resumir tudo em uma questão da "indústria da guerra", embora eu concorde com o fato de que o orçamento da guerra tenha que ser revisto e modificado e muitas bases tenham que ser realmente retiradas. Quanto ao vídeo está desatualizado, pois Obama já saiu do Iraque...