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terça-feira, julho 17, 2018

Hernando de Soto e a Propriedade


5/6 da humanidade compreendidos pelos países ex-comunistas e países subdesenvolvidos não alcançaram o sucesso dos países capitalistas na geração de capital, mas:
“Por que no mundo em desenvolvimento as pessoas respeitam contratos e honram compromissos relacionados com a propriedade, acordados por elas e seus vizinhos, e ao mesmo tempo não respeitam aqueles que tentam lhes impor seus governos? Por que as pessoas aceitam assumir responsabilidades individuais dentro desses contratos sociais extralegais ao mesmo tempo em que se afastam – ou resistem a aceitar – as leis que seus governos desejam impor?” (p.13).
Hernando de Soto nos ajuda a compreender porque as leis que apoiam o capital não são tão diferentes da moeda. A chave do sucesso se estabelece, fundamentalmente, numa relação de confiança. Em suas palavras:
“Não é sua própria mente que lhe confere direitos exclusivos sobre um determinado ativo, mas outras mentes pensando em seus ativos no mesmo sentido em que você o faz. Por isso, a propriedade em qualquer de suas formas é um conceito construído a partir do consenso de muitas mentes pensando em seus ativos no mesmo sentido em que você o faz. Por isso, a propriedade em qualquer de suas formas é um conceito construído a partir do consenso de muitas mentes sobre como e por quem as coisas são possuídas; por isso a propriedade é uma trama de relações que propicia a criação de capital” (p. 14).

SOTO, Hernando de. O Mistério do Capital. Rio de Janeiro: Record, 2001.

quarta-feira, outubro 15, 2014

Onde o Brasil dá certo - 01



REVOLUÇÃO NO CAMPO
Por Ronaldo Ribeiro Fotos de Izan Petterle 

O piloto Índio do Brasil (sim, é esse seu nome de batismo) é um sobrevivente. Aviador tarimbado de garimpos e fazendas na inquieta fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, ele já saiu ileso de vários pousos forçados em pastos e estradas, mas um grave acidente de carro deixou-o manco, com uma defasagem de 7 centímetros na perna direita. Como eu nunca fui muito amigo de vôos em aviões pequenos, suspirei aliviado quando Índio aterrissou suavemente seu monomotor Regente L-42 numa pista de terra a 2 quilômetros do centro de Sapezal. Havia sido um passeio revelador. Em meia hora no ar, entendemos mais sobre a região do que em dois dias anteriores no chão - de onde confronta-se com uma monotonia cênica irritante, uma topografia tão plana que permite à vista perder-se no horizonte, quilômetros além, sem uma única referência que não seja o tapete baixo e uniforme das lavouras. Do alto, porém, Sapezal é simétrica, atraente: um tabuleiro de xadrez onde avizinham-se o ocre da soja madura, o verde-claro do milho novo e o tom escuro do algodão entrecortado por longas estradinhas rurais, as chamadas "linhas". Plantações e mais plantações, verde e mais verde, dinheiro e mais dinheiro. 

A cidadezinha, que completa meros dez anos, é um fenômeno: inteiramente planejada, tem educação e saúde pública de alta qualidade, saneamento básico e água tratada em todas as casas, rede de telefonia com cabos de fibra óptica e programas sociais como a distribuição de leite de soja para os moradores. Já está entre as dez maiores arrecadadoras de impostos do estado e atingiu a incrível renda per capita de 25 mil dólares - mais de oito vezes a média nacional -, fruto de negócios que movimentam centenas de milhões de reais por ano. O megaprodutor Fernando Maggi lembra-se bem do dia, anos atrás, em que enviou pela internet para a Bolsa de Produtos Agrícolas de Chicago uma foto aérea de 42 colheitadeiras novas em ação, alinhadas numa lavoura de soja, um verdadeiro exército de produtividade. A bolsa de Chicago é o termômetro do mercado mundial de grãos. Segundo ele, a imagem serviu para balançar as cotações. "Naquela tarde, eles souberam onde fica o Mato Grosso", diverte-se ele. 

Os vastos planaltos que se abrem ao redor de municípios como Sapezal, Campo Novo do Parecis, Sorriso e Lucas do Rio Verde abrigam hoje as maiores áreas cultivadas contínuas de soja do planeta. Com tecnologia de ponta e sementes especiais, e aproveitando-se das terras planas e das chuvas regulares, imigrantes sulistas criaram um modelo de agricultura que, em 20 anos, garante ao Mato Grosso mais de 10 milhões de toneladas de soja por safra - apesar de uma quebra em 2004. No total, o país colhe mais de 50 milhões, menos apenas do que os Estados Unidos. Mas, enquanto as áreas agrícolas americanas estão todas ocupadas, no Brasil restam milhões de hectares com condições de cultivo, que poderão transformar o cerrado numa vasta lavoura, e até irromper na floresta, numa tendência que vem deixando os ambientalistas de cabelos brancos - ao expandir fronteiras no campo, o Mato Grosso liderou o ranking do desmatamento da Amazônia Legal em 2003. 

Sapezal é o exemplo mais cintilante dessa revolução: uma cidade que brotou do nada, longe de tudo, fruto da obstinação de um punhado de pioneiros que desbravaram a chapada dos Parecis no fim dos anos 1970. Naquela época, a região ficava a uma distância imensa de qualquer indício de civilização - o banco ou o supermercado mais próximo estavam em Tangará da Serra, a 300 quilômetros ou um dia de viagem dali. O destino só começou a mudar em 1984, com a chegada do gaúcho André Maggi, um imigrante com determinação e recursos suficientes para idealizar uma cidade que pudesse favorecer a presença de novos empreendedores. Toda a área urbana foi traçada sobre parte do que antes era uma fazenda de André. Por volta de 1987, ele loteou terras, abriu ruas, plantou árvores e construiu a escola, a usina hidrelétrica, a delegacia, o hospital, a praça central. 

Custou caro, quase 10 milhões de dólares, mas foi um bom negócio. A usina até hoje vende energia para o município e os Maggi consolidaram-se como a potência do agrobusiness local - o valor investido na época equivale a um quadragésimo do faturamento do grupo em 2003. Mais: ainda hoje, entrar e sair de Sapezal tem sido um drama, com o caminho mais curto para os portos de Santos e de Paranaguá, a MT-235, que corta ao meio a terra dos índios parecis, ora sendo assolado por atoleiros dignos da Transamazônica, ora sendo bloqueado por nuvens sufocantes de poeira. A única via de asfalto segue em outra direção, para Rondônia e o rio Madeira, em Porto Velho, onde os Maggi projetaram uma hidrovia que culmina em Belém e no Atlântico. A criação desse atalho exclusivo para os mercados do Pacífico foi a grande cartada de Blairo Maggi, o maior plantador individual de soja do mundo - só em Sapezal, tem 40 mil hectares - e governador, pelo PPS, de um estado que administra com pulso firme de empresário. Uma cidade tão nova tem lá suas curiosidades, como o fato de os únicos autênticos cidadãos sapezalenses serem as crianças nascidas após 19 de setembro de 1994, a data oficial da emancipação. Os infortúnios vividos por seus pais nos primeiros tempos ficaram apenas no papel, literalmente, como assunto das aulas na exemplar escola municipal de primeiro grau. Os 2,4 mil estudantes contam com cartão magnético para controle de freqüência, revezam-se em salas temáticas para cada disciplina e lidam com questões sociais e ambientais (como tratamento de lixo e agricultura orgânica) em seus trabalhos. Em outro turno, dispõem de atividades como dança, artes marciais e informática. "Há um mundo de oportunidades aqui, mas precisamos de mão-de-obra qualificada, formar uma nova geração", diz a secretária de Educação, Ilma Grisoste Barbosa. 

Os bons ventos da fortuna fácil, entretanto, começam a atrair à cidade sonhadores sem nenhuma especialização, uma gente capaz de fantasiar riqueza tanto num garimpo de ouro quanto na construção civil das metrópoles. Como resultado, pequenos guetos de pobreza já pipocam aqui e ali, e na ensolarada manhã de março em que visitei essas áreas o Diário de Sapezal publicava uma página inteira com as ocorrências policiais do último fim de semana, entre elas duas brigas de faca e um bar destruído por um bêbado, inconformado com a derrota numa partida de bilhar. "A cidade rapidamente vai deixando de ser uma bolha privada de prosperidade e paz. A cada ano integra-se mais ao estado, e isso tem seus aspectos bons e ruins", analisa o administrador Gustavo Petterle, ex-secretário de Saúde. 

A odisséia das cidades sojicultoras parece renovar a vocação do Mato Grosso como um território de destemidos, onde a conquista do sucesso sempre esteve acompanhada de desafios. Relatos de árduas jornadas pela região destacam o então coronel Cândido Mariano Rondon, que pisou em território pareci em 1907, fincando postes para uma linha de telégrafos que ligaria Cuiabá ao Amazonas. O sertanista escapou por pouco de morrer por uma flecha envenenada dos nambiquaras, então selvagens, mas não desistiu. Na margem esquerda do rio Papagaio, a 100 quilômetros do ponto onde hoje está Sapezal, Rondon inaugurou, um ano depois, uma subestação telegráfica na aldeia de Utiariti, que já era referência entre os raros exploradores por causa de uma espetacular cachoeira nos arredores, com 92 metros de queda. 

Eu ouço essas histórias sentado sob uma das duas centenárias mangueiras plantadas pelo próprio Rondon, que garantem sombra para as poucas famílias que vivem agora na aldeia. A calmaria contrasta com tempos de outrora, nos anos 1940, quando seringais geraram prosperidade e outros grupos indígenas, como os manokis, aglutinaram-se na área, ao redor de uma missão jesuítica que persistiu até 1985. "Foi um período de amparo e organização para a agricultura. Com a chegada dos sulistas, muitas tribos, receosas, passaram a viver ali", diz Nivaldo Bertotto, historiador autodidata de Sapezal. "A missão acabou para que todos voltassem para suas terras." 

Resguardados em suas reservas, parecis e nambiquaras mantêm roças esparsas de subsistência, caçam e pescam ocasionalmente e contam com uma bolsa em dinheiro, paga pela prefeitura. Essa rotina de parcos recursos e longas horas de ócio alimenta um dilema antropológico. Os índios espiam além de seu quintal e se assombram com a bonança dos vizinhos agricultores, donos de colheitadeiras de última geração (com CD player, sistema GPS, ar-condicionado e água gelada), camionetes importadas, internet via satélite e invejáveis moradias (a nova sede da fazenda de um deles, com projeto arquitetônico assinado pelo próprio, é uma mansão em estilo rústico com 11 suítes e uma cachoeira artificial). E, é óbvio, querem o mesmo para si - principalmente porque, no papel, são os maiores donos de terra do município. "Os parecis têm 300 anos de contato, estão totalmente aculturados. E são nativos desse território de tantas riquezas. Então, é natural que queiram ter o melhor dos dois mundos", diz Margarete Valentin, coordenadora de um programa de educação indígena. Alguns índios, com equipamentos emprestados, deram o primeiro passo: na aldeia Três Jacu, consta que 112 hectares já estão abertos com soja. 

Em tese, a perspectiva é preocupante. A soja tem-se revelado viável economicamente enquanto monocultura extensiva, com cultivo mecanizado e largo uso de defensivos agrícolas - proibidos em terras indígenas. O uso das reservas para lavouras comerciais poria em risco o que restou da vegetação original, um cerrado com matas altas na transição com a floresta Amazônica, e ameaçaria de vez grandes rios como o Arinos e o Juruena, formadores da bacia Amazônica. "Uma vez, ouvi um índio dizer que eles não podem pagar sozinhos o preço pela preservação da natureza. E que não é nosso direito obrigá-los a viver a sociedade que nós idealizamos, em termos ambientais e sociais, mas que nunca conseguimos realizar", retrata a educadora Helen Cristina de Souza, da Universidade do Mato Grosso. "Me assusta a terra indígena cheia de soja ou algodão, mas também me assusta a deslealdade do atual modelo." 

É uma questão emblemática, que Sapezal vai ter de resolver com a mesma agilidade que tem sido o motor da sua história. Enquanto esteve lá, André Maggi tratou tudo e todos com indistinto paternalismo, mas, depois da sua morte, em 2001, o município percebeu que teria de seguir adiante com as próprias pernas. Se deseja fazer jus a seu potencial, vai ter de conciliar desenvolvimento com equilíbrio social (evitando a demasiada concentração de renda) e ambiental (às vezes fica difícil respirar ali, por causa do fedor dos agrotóxicos lançados por aviões agrícolas nos arredores). "A cidade cresceu em dez anos o que outras no Mato Grosso não conseguiram em 100, 200 anos. Mas quem pode garantir se a agricultura é mesmo o futuro?", admite o prefeito, Aldir Schneider, também plantador de soja. 

Sapezal é uma cidade em formação, com a poeira vermelha do cerrado ainda se assentando sobre suas 40 ruas - quase todas batizadas com nomes de peixe, curiosamente. O milagre das súbitas conquistas está nas lavouras sem-fim, sobretudo nas que prosperam as vagens viçosas de soja. Fenômeno moderno, dinâmico, Sapezal paira à mercê de mercados internacionais, negócios globalizantes e demandas alimentares - expressões que soam exóticas em meio à lonjura e ao isolamento da chapada dos Parecis. Se o grãozinho permanecer em alta conta, a cidade talvez se projete como uma sucursal da Suíça, uma bolha de Primeiro Mundo no coração da América do Sul. Mas, se em 20 ou 30 anos novos ciclos de riqueza apontarem em direção contrária, há o risco de se tornar uma Serra Pelada, um Eldorado esquecido no meio do nada, como tantas vezes se viu no Brasil.

[http://nationalgeographic.abril.com.br/edicoes/0405/cep/index.html (link quebrado).]


quinta-feira, outubro 31, 2013

Grito de revolta com qual razão?


O número de manifestações contra as instituições que compõem a troika cresce cada dia mais, ganhando força com seus movimentos – nem sempre pacíficos – nas principais capitais europeias afetadas pela crise, principalmente em países como Espanha, Portugal e Grécia, consequentemente os que mais sofreram com adoção das medidas de austeridade. Um dos mais afetados na questão do desemprego foi à Espanha, onde a taxa de desemprego alcançou o nível recorde de 27,2% da população, sendo que aproximadamente cerca de 40% é maioria jovem.
O que resta saber é se essas medidas estão verdadeiramente obtendo bons frutos nas economias afetadas pela crise, ao que tudo indica o desemprego cresce cada dia mais, e o desenvolvimento dos países está em ritmo de desaceleração. O atual presidente da França, François Hollande, indica que as medidas de austeridade trazem um caráter de autodestruição para os países que as adotam, pois as mesmas causam uma grande redução da demanda interna por produtos e serviços, devido à preocupação do consumidor com a restrita oferta de empregos e redução dos salários.


Qual seria a alternativa para reestruturar estados quebrados sem cortar gastos? Cobrar mais impostos de uma população já exaurida? Agora, o que cortar é que deveria ser o foco... Evidentemente que cortar gastos em saúde e educação não é nada prudente, mas e quanto às aposentadorias especiais, plano de previdência obrigatório do setor público, planos de carreiras, cargos de confiança, manutenção de exércitos e soldos dos oficiais e soldados em tempos de paz e dentro de uma comunidade econômica? Eu, sinceramente, gostaria de saber quais são as alternativas?

terça-feira, junho 18, 2013

Chile vs. Bolívia

E não por acaso a Bolívia é mais desenvolvida que o Chile... Dãããããã, claro que não, eh eh eh...

quarta-feira, maio 01, 2013

Climate Change-Driven Prostitution Claim In House Resolution Makes For Misleading Headlines


"Vulnerable communities in developing countries are already beginning to confront water scarcity, severe weather events and reduced agricultural productivity due to climate change, and women with limited access to basic needs are in an especially vulnerable position."

The text ignores the fact that in these countries there is a shortage of the poorest of the population. The document content is alarmist and not properly relate cause and effect preferring weak hypotheses. If poverty increase because of climate change, the supposed global warming, we are led to conclude that poverty and wealth depend on global climate cycles of the planet, which is clearly a fallacy.


terça-feira, abril 30, 2013

Affirmative action in Brazil: Slavery's legacy | The Economist - II


TJJackson in reply to Anselmo Heidrich Apr 29th, 21:56
So growing up poor or at a social disadvantage automatically makes you less intelligent and capable? Brazil's efforts are about giving the MAJORITY of Brazilians access to opportunities they've been denied just because of the color of their skin.
[http://www.economist.com/comment/1993252#comment-1993252]

Of course it does not make you less able, who said this? What I said, clearly, is the poorest who, incidentally, is not only black but also white in Brazil and especially mixed desperately needs a quality basic education. Contrary to what has been done, cover the Sun with a sieve ... Give admissions to students, regardless of their color or race, who come from education systems without good educational background will not make them better, but elude them. Do you want to help them? Then propose a better education, with better facilities, salaries for teachers and safety (against drug dealers) on socially vulnerable areas. What makes our hypocritical government? I tell you this is difficult, you have to spend a lot and change our Paleolithic Criminal Code. But we have no other way to do better. The problem in Brazil, and if you are Brazilian like me will understand ... In this country, the impunity that benefits criminals or "white collar" is absurd. Now tell me, if you have to do heart surgery, you would opt for a white doctor, who was poor and had low grades in elementary and high school or by another physician, casually black, who studied without benefit quotas, with excellent graduation? You'd be racist if you opted for black doctor? Of course not! So why choose a doctor with better curriculum which, incidentally, is white would be racism?

segunda-feira, abril 29, 2013

Affirmative action in Brazil: Slavery's legacy | The Economist

Fonte: alemdovinho.wordpress.com
Let me ask you something ... Once in Brazil, in 20 years, the editors of The Economist, needing a cardiovascular surgery emergency will prefer a doctor trained in traditional teaching or other, with the support of the quota system? Remember ... Politically correct leftist policies are trendy, but are actually very convenient for governments to ignore their basic task, to invest in a quality basic education. It is much cheaper to distribute crumbs to build a solid building. Welcome to Brazil, the country of the future, in which their governors, legislators, lawyers, prosecutors, law enforcement officers and teachers are committed to providing more fun than bread ...
Cf.: Affirmative action in Brazil: Slavery's legacy | The Economist

segunda-feira, abril 15, 2013

O modelo esquecido de Santa Catarina

Cf.: Hupomnemata: Retratos econômicos interessantes: O modelo de comércio internacional de Santa Catarina
Estas medidas feitas pelo estado são, historicamente, recentes porque a infraestrutura desenvolvida no território foi, em grande medida, de iniciativa privada. O engraçado é que mesmo com a descentralização portuária e de clusters, isto não impediu a concentração urbana que se forma atualmente em torno da capital. Capital esta, aliás, que também pouco fez pelo seu interior no passado, o que chegou a provocar um movimento pela sua transferência, especificamente para Lages, bem como um movimento separatista do município de Porto União querendo sua anexação ao estado do Paraná!

domingo, abril 14, 2013

Corroborando a visão geográfica com Democracia e Liberdade

Sobre:

Fernando, a propósito disto que relatou:


"O critério de desenvolvimento adotado, por exemplo, é simplesmente a repetição das falácias repetidas há muitos anos. Não ocorre uma busca de uma classificação que considere algum indicador de referência como por exemplo o Índice de Desenvolvimento Humano, que colocaria no rol de países desenvolvidos os sul-americanos Chile e Argentina, porção sul e sudeste do Brasil além de vários países da América Central, como Costa Rica, Porto Rico e outros menores."
Cf.: AS MENTIRAS QUE OS GÉGRAFOS CONTAM PARA AS CRIANÇAS

Veja isto aqui:


Costa Rica lidera en la región el nuevo Índice de Progreso Social | AméricaEconomía http://www.americaeconomia.com/politica-sociedad/sociedad/costa-rica-lidera-en-la-region-el-nuevo-indice-de-progreso-social … via @americaeconomia


sábado, março 17, 2012

O açaí ganhou o mundo, mas é pouco

‎"O açaí é de importância incalculável para a região amazônica em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, tornando-se impossível, nas condições atuais de produção e mercado, a obtenção de dados exatos sobre sua comercialização. A falta de controle nas vendas, bem como a inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida apoia-se pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta, também impedem a constituição de números exatos." 
E devido a esta desorganização se sentem no direito de proibir a comercialização do nome por estrangeiros. Patético. 
A fruta ganhou o mundo? E os sucos, extratos, doces e marcas que poderiam ser comercializados, caso a propriedade fosse respeitada? Podemos mais, muito mais que a mera exportação da commodity, se tivéssemos segurança institucional. 

domingo, fevereiro 12, 2012

Dependências


Perfeitamente... A cantora faleceu devido à dependência química dos barbitúricos, assim como a sociedade grega se destrói devido à dependência na alquimia do estado gerador de renda. O ponto em comum é que ambos apostaram na felicidade através de uma lenda.

terça-feira, janeiro 31, 2012

A vida, realmente, nunca foi tão boa

Sobre:

A vida nunca foi tão boa
Àqueles que replicam dizendo que o artigo "não trata a felicidade", que "é anacrônico porque fala em renda para tribos indígenas ou nossos ancestrais", que "só leva o dinheiro em consideração" etc. etc., eu pergunto: Ora, como se mede a felicidade? A questão não é essa, subjetiva, mas objetivamente estamos melhores a partir de dados concretos. Agora, se alguém acordou com o pé esquerdo ou brigou com a namorada, ou seu time perdeu a Copa BNH, ou escorregou numa casca de banana, nem todo dinheiro do mundo vai resolver.

Estamos "condenados a enriquecer", mas isto não acontece simultaneamente ao esclarecimento intelectual: em futuro não muito distante sempre haverá aqueles que dirão que estamos pior porque não conheceram o passado, apenas idealizaram ele.

domingo, janeiro 08, 2012

Índia e Brasil: interesses econômicos vs. interesses socioambientais


Se há algo de comum no desenvolvimento indiano e brasileiro em detrimento às questões socioambientais e consequências nefastas se repetem em realidades tão distintas (histórica, cultural e geograficamente) me pergunto se o fator causador não seja outro que não o empreendimento em si... A UHE Belo Monte, p.ex., levou em consideração a prevenção de maiores impactos ambientais, bem como o ciclo de cheias e vazantes hídrico (por isso a crítica ingênua dos 'globais' ao seu curto período de geração de energia). Na Índia, a 2ª maior população do mundo, com uma elevada densidade demográfica deve ser dificílimo não afetar comunidades locais em grandes projetos de engenharia, mas no Brasil, no vazio demográfico da Amazônia Legal? Não será este o motivo de formação militante de grupos como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento por Redução de Impactos (MIR)? O que falta a seu desenvolvimento são indenizações ou incorporações produtivas? Se merecem indenizações, me pergunto se são todos ou há "caronas" nesta história que aparecem da noite para o dia para "engrossar o movimento"?

Emerging signs of structural transformation in Tanzania | End Poverty


"How was school today and please don’t forget to bring milk on your way back home". This simple conversation between Halima, a 36–year-old woman from Dodoma and her young daughter on their mobile phones was almost impossible 15 years ago: only 2 percent of Tanzanians had a phone and only one of two children attended a primary school (Figures). Today those figures reach 50 and almost 100 percent respectively. Daily life has evolved in Tanzania with technology and education as the main drivers.
Mais em Emerging signs of structural transformation in Tanzania | End Poverty
Uma simples conversa em seus telefones celulares... Alguém ainda acha que a globalização não seja pré-condição ao desenvolvimento?

segunda-feira, novembro 14, 2011

Auto-ilusão africana

O texto que se segue é mais um daqueles libelos terceiro-mundistas que inundam a mente de nossos cidadãos latino-americanos, só que no caso, proveniente da África. É sintomático como, em pleno século XXI ainda se teime em culpar os estrangeiros, a colonização, embora haja um parágrafo que critique este argumento como algo ultrapassado, há a "nova colonização" entendida como a atuação de multinacionais e a globalização. Isto é simplesmente patético e não vai ao ponto que deveria ser o diagnóstico de porque a própria estrutura produtiva da maioria dos africanos é tão ineficiente. Se a questão exemplificada está no preço dos minérios, então o que faz com que seus preços no mercado internacional sejam constantemente baixos? E é ingênuo demais achar que basta uma troca de lideranças para reverter isso, como se a democracia e o populismo explicassem porque há baixo valor agregado em suas exportações e corrupção nas entranhas de seus próprios estados.
Querem aproveitar as lições da "primavera árabe"? Até agora elas se resumiram em execuções sumárias. Vamos ver se daqui para frente haverá planos de qualificação profissional para a população ou retornos aos fundamentalismos religiosos como esteio político de suas nações.
Confira o exercício de auto-ilusão abaixo: