Grosso modo, se pode dizer que há três métodos para se entender o mundo:
1. causalidade, muito usada nas ciências físicas: b por causa de a;
2. funcionalismo, muito usado nas ciências biológicas: b acontece para um bem maior do 'sistema';
3. estratégia, que deveria ser usada nas ciências sociais: b quer x, mas faz y por que a pode usar x.
Acontece que quem diz que em um ecossistema também não há estratégia e que esta só valeria para um sociossistema?
As chamadas ciências humanas procuram caminhos fáceis – herdados ciências biológicas do séc. XIX – onde os acontecimentos fazem parte de um processo que caminha para um determinado fim. É o caso da história para Marx, p.ex., onde o objetivo aponta um bem maior, o comunismo.
Para não sermos reféns de nenhum pensamento sistemático desses se faz necessário indagar qual dessas metodologias são utilizadas em uma análise. Por mais fraca ou imaginativa que sejam, muitas teses se baseiam em pressupostos fáceis de desconstruir.
Como fazemos para descobrir os pressupostos de certas análises, então? Testando sua extensão, i.e., trazendo mais fatos à tona para ver se são sustentados pelas explicações.
Agora tentem encaixar o excerto abaixo em uma dessas metodologias:
(...)