Ontem assisti a uma entrevista no programa
“Entre Aspas” da
GloboNews onde um dos entrevistados era o professor de História Contemporânea da USP,
Osvaldo L. A. Coggiola insistir na tese de que a causa dos distúrbios no Reino Unido “são conseqüência do desemprego e do modelo neoliberal adotado nesses países”. Obviamente ele desconsiderou o modelo de
welfare state que tem o país que socializou a
perda moral. Obviamente que o fez muito bem, sem distinção religiosa, de raça ou sexo. Há meliantes para todos os gostos ali e que, diferentemente, da França com uma cisão mais clara entre migrantes árabes e seus descendentes com o resto do país, no Reino Unido, o sistema de bem estar social conseguiu abarcar diferentes grupos. E isso é o que estranha, que os causadores de tumultos estejam ligados a esse sistema... Ou seja, o que deveria amenizar ou até eliminar essa possibilidade é algo que está relacionado e, possivelmente, seja uma causa a mais.
Mulheres com mais de um filho que reproduziram com doadores de esperma só para receberem ajuda do seguro social, professores que devem temperar suas críticas sociais com ódio e revanchismo, membros de gangues e torcidas organizadas, imbecis sustentados pelo erário público, esta é uma amostra dos baderneiros encontrados pelas ruas britânicas. Parece simplista tributar as causas desses distúrbios urbanos a um elemento apenas, o estado de bem estar social, mas aí é que reside a questão, o estado não é um elemento a mais, ele é sim o resultado de interações que ao constituírem e se relacionarem novamente com o mesmo são retroalimentadas. Como isso se processa em detalhes é que é interessante de se averiguar.
Em HACER Latin American News | World: The Sun Never Sets On The British Welfare System – by Ann Coulter, também atribui o pequeno uso de armas de fogo pela polícia como uma das causas. Pode ser, mas enfatizar isto em demasia não faz sentido (...)