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terça-feira, abril 23, 2013

Danish amoral porque dane-se a moral

O que me impressiona no discurso socialista é que ele parte de um princípio moral, que clama pela igualdade substantiva (de renda) e não, meramente formal (jurídica), como se esta não fosse a mais importante... Mas, quanto às injustiças perpetradas pela desigualdade de trabalho, de quem trabalha mais para sustentar quem não o faz, não parece chamar tanto a atenção de seus apologistas. O caso abaixo, da Dinamarca e seu estado de bem-estar social poderia ser descrito como um verdadeiro "estado de mal-estar mental", uma vez que a moral pouco lhes importa. Dane-se a moral, que no caso deles poderia ser danish amoral.
Cf.: Com benefícios sociais generosos, Dinamarca sofre com "preguiçosos" - Economia - iG


NYT

NYT
Robert Nielsen vive de benefícios desde 2001: não quer "trabalhos degradantes" e comprou até apartamento

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

A abulia européia e o remédio inócuo

O especialista em estratégia diz, em ótima entrevista: “A Europa está abúlica, perdeu o ímpeto de empreender e de exercer o poder político” | Ricardo Setti - VEJA.com
Mas, eu discordo desta verve integradora do texto. Acho que uma associação como o NAFTA ou a APEC já seria de bom tamanho para a Europa, coisa que já tiveram aliás. Mais do que isto necessitaria de "ajustes históricos" que implicariam na supressão de nacionalidades. Não tem como equiparar com os EUA que são uma federação ou com uma Alemanha, que era foi um país dividido, mas um país. Imagine... Desde quando dinamarqueses irão tolerar as touradas espanholas? Agora mesmo os escoceses não estão querendo (novamente) se separar do Reino Unido? Então sigo o velho o ditado "o ótimo é inimigo do bom" ou como meu irmão, engenheiro, portanto mais preciso e prático diz "o ideal é inimigo do bom". Não dá para tentar levar ao pé da letra a palavra integração, que daí não rola nada mesmo. Quanto ao desequilíbrio etário e a vadiagem européia, eu estou de pleno acordo.
Enfim, não dá é para imaginar remédios irreais para uma situação que urge soluções práticas.

sexta-feira, setembro 23, 2011

É o inchaço da máquina pública mesmo


A esquerda dirá que a crise foi causada pela especulação financeira.  A direita, que o estado assumiu obrigações que não pode cumprir.
 Ambos têm metade da razão.

Acho que a razão não é de 50% para cada um:

Só direitos. Nenhum dever.
Entre as economias que ameaçam a zona do euro, a Espanha tem a maior taxa de desemprego - mas reluta em eliminar o excesso de benefícios sociais
O sol está a pino e as areias das praias de Cádiz, uma charmosa cidade do sul da Espanha, repletas de gente. Há férias na Europa e a costa da Andaluzia figura entre os destinos preferidos de ingleses e alemães. A maioria dos banhistas, porém, é de espanhóis, moradores da cidade. Até setembro, eles aproveitam ao máximo o horário de verão. Nada de adiantar ou atrasar o relógio. Horário de verão na Espanha significa trabalhar apenas seis horas por dia, em vez de oito. Na praia desde as 2 da tarde, os espanhóis podem curtir o clima até 10 da noite, quando o sol se põe. Cádiz é a terceira cidade com maior desemprego na Espanha: 32% da população economicamente ativa. Procurar trabalho está fora de cogitação por três motivos. O primeiro é o calor de 43 graus. O segundo é que não há ninguém nas empresas privadas ou nas repartições públicas para quem se possa entregar o currículo. Todos estão na praia. O terceiro é que mesmo os desempregados que recebiam um salário considerado baixo, de 1000 euros (os mileuristas, no jargão espanhol), conseguem viver bem recebendo um auxílio equivalente a 75% da antiga remuneração, pago pelo governo. É melhor ficar na praia.
(...)
Mais em Revista Veja: "Que crise é essa?" apud Relações do Trabalho.
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quarta-feira, agosto 17, 2011

Reação inglesa



Abaixo, eu concordo com praticamente tudo que Janer escreveu. Com o essencial, mas gostaria de ter certeza sobre a maioria ser descendente de imigrantes ou imigrante. Empiricamente, posso até achar isso, mas queria ter acesso a algo mais concreto, dados se é que divulgam isto no R.U. No entanto, sendo ou não sendo maioria, com certeza contingente significativo destes grupos integra sim as hostes do lumpen-punk que assola o R.U., particularmente, a Inglaterra desde o final dos anos 70. Aliás, rótulo apropriado mesmo: podre. 
Agora, este Estado de Bem Estar Social que não tem ligações com a produção, tem que acabar mesmo. Dar chance de educação a quem cospe neste prato não tem sentido, dar direito à expressão a quem visa por fim a própria liberdade de expressão é um paradoxo. Cameron tem em mãos a chance de ser lembrado como grande líder no futuro. Goro que tenha sucesso.

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quinta-feira, agosto 11, 2011

Quando a moral não importa



Ontem assisti a uma entrevista no programa “Entre Aspas” da GloboNews onde um dos entrevistados era o professor de História Contemporânea da USP, Osvaldo L. A. Coggiola insistir na tese de que a causa dos distúrbios no Reino Unido “são conseqüência do desemprego e do modelo neoliberal adotado nesses países”. Obviamente ele desconsiderou o modelo de welfare state que tem o país que socializou a perda moral. Obviamente que o fez muito bem, sem distinção religiosa, de raça ou sexo. Há meliantes para todos os gostos ali e que, diferentemente, da França com uma cisão mais clara entre migrantes árabes e seus descendentes com o resto do país, no Reino Unido, o sistema de bem estar social conseguiu abarcar diferentes grupos. E isso é o que estranha, que os causadores de tumultos estejam ligados a esse sistema... Ou seja, o que deveria amenizar ou até eliminar essa possibilidade é algo que está relacionado e, possivelmente, seja uma causa a mais.
Mulheres com mais de um filho que reproduziram com doadores de esperma só para receberem ajuda do seguro social, professores que devem temperar suas críticas sociais com ódio e revanchismo, membros de gangues e torcidas organizadas, imbecis sustentados pelo erário público, esta é uma amostra dos baderneiros encontrados pelas ruas britânicas. Parece simplista tributar as causas desses distúrbios urbanos a um elemento apenas, o estado de bem estar social, mas aí é que reside a questão, o estado não é um elemento a mais, ele é sim o resultado de interações que ao constituírem e se relacionarem novamente com o mesmo são retroalimentadas. Como isso se processa em detalhes é que é interessante de se averiguar. Em HACER Latin American News | World: The Sun Never Sets On The British Welfare System – by Ann Coulter, também atribui o pequeno uso de armas de fogo pela polícia como uma das causas. Pode ser, mas enfatizar isto em demasia não faz sentido (...)