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terça-feira, outubro 27, 2020

Opinião no Ar (27/10/20) | Completo

A jornalista Amanda trouxe questões pertinentes. Mas aquela do ovo... É pacabá! Então, "a construção do conhecimento na medicina é progressiva"? E qual ciência não é? Ou seja, já que questionaram a validade da pergunta da jornalista e ainda vieram com papo de "obrigar". Há outras vacinas que são obrigatórias e nem por isso vem um policial na tua porta te fincar onde o senador depositou 30.000. Mas já que o assunto virou política, saca essa: o mesmo estado que não pode te obrigar à vacinação, é o estado que pode impor sanções a quem não se vacinou, como não emitir passaportes, não autorizar matrículas em escolas públicas, não permitir alistamento militar etc.


E mais um monte de desinformação, como a citação sobre a Suécia, cujo gerenciador da saúde reconheceu seu erro, inclusive, sabendo que morreram mais pessoas desnecessariamente. 

E a principal questão olvidada: não se trata da letalidade do vírus, mas da sobrecarga do sistema de saúde. Todos epidemiologistas sabem disso. 

quinta-feira, maio 08, 2014

A opção antivacinação e o dano social


Imagem: conservativepapers.com

Uma das questões de mais difícil resolução é o conflito que surge quando se opta por algo que traz consequências para além de nós mesmos. Não se trata de qualquer consequência, mas daquelas que podem levar até a morte de outras pessoas. Um exemplo claro está aqui, o que muitos consideram um "excesso de vacinas" e seus possíveis efeitos colaterais originou um movimento contra elas. Algumas razões são legítimas e, realmente, merecem pesquisas, como se a frequência e quantidade das aplicações não estariam criando vírus mais resistentes que levem a necessidade de antídotos mais poderosos. Mas, outras razões alegadas não passam de desconfianças meramente ideológicas, como que a razão de tantas vacinas corresponder, tão somente, às necessidades da indústria farmacêutica. 
Como vivemos em uma época de informação abundante, muitos se sentem confortáveis para discutir o tema após a leitura sumária de algum artigo. Muitas vezes um artigo de opinião meramente difamatório escrito por algum ambientalista apocalíptico... Basta também que um indivíduo se declare "terapeuta" para assumir ares de autoridade sobre o assunto e ser aclamado por outros do rebanho que joguem décadas de pesquisas sérias no lixo. O problema é que se o dano se limitasse a eles, dos males o menor, mas não, o movimento anti-vacina deixa sequelas graves, sobretudo em crianças mais fracas ou subalimentadas e põe em risco a saúde pública, com o retorno de doenças que se acreditava praticamente extintas.

Cf.: Brasil também tem adeptos do movimento antivacina http://bbc.in/1go38ff

Aqui, um artigo que dá acesso a um guia contra as besteiras disseminadas pelos paranoides antivacinação:

Obrigado, grupos antivacinação! A poliomielite está de volta http://hypescience.com/obrigado-grupos-antivacinacao-a-poliomielite-esta-de-volta/ via HypeScience

O mais incrível nisto tudo é que, justamente, o desejo de preservar a humanidade contra os malefícios da indústria farmacêutica por estes ativistas românticos põe em risco as crianças de países pobres, particularmente africanos e asiáticos, com menores condições de resistir ao retorno de doenças com alto índice de mortalidade. Mas acho que a consciência não trará dor para quem acredita em qualquer coisa para fugir da realidade...

quarta-feira, outubro 09, 2013

Verdades aos pedaços com calda de mentira grossa: a saúde em Cuba

Qual o valor de uma informação proveniente de quem sempre se manteve apoiado em mentiras? 
Arguably, the United States has the highest share of world-class hospitals. Ask health care professionals about the best hospitals in the world and you will hear names such as John Hopkins, MD Anderson Cancer Center, Harvard Medical School and the Cleveland Clinic.With $800 billion spent annually on U.S. hospitals, the United States has the best-funded hospital infrastructure in the world.Why, then, does the United States only manage to have the same life expectancy as Cuba, an economically underdeveloped nation? Is the U.S. health care system doing its job right? To put the question more broadly, how can we judge the performance of a health care system? (...) [Health Care and Productivity - The Globalist http://bit.ly/GNBrkN via @theglobalist]
Em primeiro lugar, os dados utilizados para comparações entre países, fornecidos pela ONU, têm como fonte primária, os serviços de pesquisa dos países que, no caso de Cuba, não são avaliados criticamente por uma mídia independente, pois se trata de uma ditadura. Você confia em dados fornecidos por ditadores?
Em segundo, os EUA são o país que mais recebe imigrantes no mundo e, dentre os quais, pessoas que vêm de sociedades miseráveis, sujeitas a enfermidades que não têm condições para planos de saúde privados e que, muitas vezes já estão com sua saúde comprometida, tendendo a uma pequena expectativa de vida. Por outro lado, como em Cuba há uma significativa taxa de emigração e redução da natalidade, o número de idosos tende a aumentar em termos proporcionais, isto é, a expectativa de vida aumenta não porque novas gerações tenham acesso à melhores serviços de saúde, mas porque uma significativa parcela de indivíduos foge daquele país, outra não nasce mais como no passado e os mais velhos vão se tornando um grupo percentualmente maior. 
Há muitas maneiras de contar uma mentira, uma delas é destacando pequenas parcelas de verdade do contexto geral.