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segunda-feira, julho 07, 2014

Paraíso e livre mercado existem?

Paraíso existe? Não, mas isto não nos impede de buscar maiores graus de bem estar. Analogamente, se não existe o estado de total livre mercado, isto não nos impede de buscar um maior grau de livre mercado e menor intervencionismo estatal. Existem monopólios naturais, como aqueles derivados de uma localização geográfica (se você está perto de um poço de petróleo tem chance de se tornar o principal fornecedor), mas a atuação do estado neste e em outros setores como 'empresário' também cria monopólios, nos quais ele é o agente. A diferença neste caso em relação aos outros é que nós somos seus financiadores via impostos. E aí, por que "não existe o livre mercado" este tipo de monopólio estatal deve ser admitido? Então, o fato de não termos um "verdadeiro livre mercado", p.ex., no setor automobilístico significa que tenhamos que aceitar a Lada como paradigma de produção do setor? Acho que não... 
Por que os EUA foram protecionistas? Porque tinham que fazer frente à produção britânica que não era livre, mas tinha o apoio de seu estado. Nestas condições se depende de intervenção estatal para compensar as desigualdades, mas o que o sul coreano (que deveria passear na Coreia do Norte para ver o que é bom para tosse) não comenta é que o padrão de vida americano é atingido graças ao liberalismo interno, no qual os estados competem entre si. Agora se eles não têm "o melhor padrão de vida do mundo" imagine o que seria dos excelentes padrões de vida suíço, sueco, norueguês, canadense ou australiano com a mesma taxa percentual de imigração que possuem os EUA. Claro que alguém que guia e serve de locomotiva mundial têm mais encargos derivados do montante de habitantes que incorpora anualmente e de modo legal, para nem comentarmos a massa de ilegais que para lá aflui. O que o coreano está omitindo (porque sabe disto) é que os EUA são o país do mundo onde há maiores chances de afluência econômica para uma maior gama populacional. Experimente conseguir emprego em sociedades hiper desenvolvidas, mas estáveis... E, além de tudo, os EUA também já foram classificados (recentemente) como os melhores em termos de custo/benefício da relação de seus impostos com o retorno social, i.e., trata-se de onde menos se paga proporcionalmente para o benefício e direitos que seus estados garantem. Talvez uma Finlândia ou Bélgica traga mais benefícios advindos do montante de impostos que se destina aos seus estados, mas se paga muito mais. Logo sobra menos para a atividade empreendedora e, proporcionalmente, menos empregos irão ser gerados. Se a comparação dos EUA com realidades de países nos quais o peso e participação do estado é maior não serve para provar que existem maiores graus de livre mercado e, portanto, liberdade econômica, não sei o que serviria.

a.h

Sobre:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,livro-derruba-23-mitos-do-capitalismo,39571e



segunda-feira, julho 30, 2012

Irônico / Ironic

"Estamos num mundo esquisito, onde 8,2% de desemprego nos EUA representam uma grave crise do capitalismo, mas onde 12% de desemprego na Venezuela não significam uma crise do socialismo ou do estatismo" - Igor Matheus.

domingo, julho 01, 2012

Elegia ao espaço público / Elegy to the public space


Este é o tipo de assunto que passa desapercebido da maioria de nossas considerações e, sinceramente, a falta de espaço público é um fator que amplifica nossa falta de sociabilidade. Estranhamente, nossos estatistas de plantão não atentam para isto como um grave problema. Para dizer a verdade, nunca os vi considerando isto como um problema. Já, os liberais fundamentalistas, leia-se “libertários” em seu mito do “Homem Econômico Racional”, como se tudo fosse orientado pelo objetivo do lucro, não percebem que um motor capitalista competitivo depende de uma sociedade minimamente estável e esta estabilidade não se dá apenas por uma maior renda média.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Falsa dicotomia - 1

Eu acredito que a estatização/liberalização da economia não são necessariamente cíclicos, pois para isto eu teria que acreditar em ciclos, mas acho sim que são momentos neste percurso em que o apoio estatal, feliz ou infelizmente, é adotado em detrimento da geração espontânea. A propósito, há momentos em que uma economia competitiva, como foi o caso de nosso agribusiness não pode prescindir de um fomento estatal. Acho também que esta dicotomia teórica (estatal vs. privado) é muito mal colocada, pois por "estatização" podemos tanto entender o aumento de tarifas alfandegárias pura e simplesmente, o que considero maléfico no longo prazo, quanto o apoio a pesquisa e desenvolvimento científico como feitos no ITA ou na EMBRAPA dos quais sou um entusiasta. Aliás, muito a propósito, conferir: 

http://www.economist.com/printedition/2012-01-21