Mostrando postagens com marcador Friedrich A. Hayek. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Friedrich A. Hayek. Mostrar todas as postagens

domingo, abril 03, 2016

Conservadorismo, Socialismo e Liberalismo, na opinião de Hayek


"Interrogo-me ainda, perplexo, sobre a razão pela qual os que de fato creem em liberdade neste país não só permitiram que a esquerda se apropriasse desse termo quase insubstituível, mas chegaram a colaborar nessa manobra, passando a usá-lo em sentido pejorativo. Isso é lamentável sobretudo porque daí resultou a tendência de muitos verdadeiros liberais a se autodenominarem conservadores. É sem dúvida verdade que, na luta contra os adeptos do estado todo-poderoso, o verdadeiro liberal deve às vezes fazer causa comum com os conservadores. Em certas circunstâncias, como na Inglaterra de hoje, ser-lhe-ia difícil encontrar outro meio de trabalhar efetivamente pelos seus ideais. Mas o verdadeiro liberalismo distingue-se do conservantismo e é perigoso confundi-los. Embora elemento necessário em toda sociedade estável, o conservantismo não constitui, contudo, um programa social; em suas tendências paternalistas,nacionalistas, de adoração ao poder, ele com frequência se revela mais próximo do socialismo que do verdadeiro liberalismo; e, com suas propensões tradicionalistas, anti-intelectuais e frequentemente místicas, ele nunca, a não ser em curtos períodos de desilusão, desperta simpatia nos jovens e em todos os demais que julgam desejáveis algumas mudanças para que este mundo se torne melhor. Por sua própria natureza, um movimento conservador tende a defender os privilégios já instituídos e a apoiar-se no poder governamental para protegê-los. A essência da posição liberal, pelo contrário, está na negação de todo privilégio, se este é entendido em seu sentido próprio e original, de direitos que o estado concede e garante a alguns, e que não são acessíveis em iguais condições a outros."

O Caminho da Servidão, F.A. Hayek

terça-feira, agosto 23, 2011

Além do simplismo de mercado


Dica para aqueles que estão cansados de simplificações a partir da lógica de mercado para entender toda sociedade:
(...)
A segunda razão é que a atenção à diferença pode fazer com que os liberais parem de tentar invocar o autointeresse tanto como “eficiente” quanto “moral” em todas as situações. O liberalismo não requer ação por puro autointeresse em uma família ou em uma empresa, e não há nada iliberal em se comportar altruisticamente e em se preocupar com o todo de uma organização. O comportamento autointeressado em ordens íntimas é rude e frequentemente imaturo, e tentar racionalizá-lo através de uma filosofia política faz com que o indivíduo pareça narcisista e bitolado. A compreensão da distinção hayekiana entre ordens e organizações pode ajudar os liberais a evitarem tanto as más teorias sociais quanto o mau comportamento social.
Nem tudo é um mercado | OrdemLivre.org
...