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sábado, setembro 08, 2018

Atentado e Histeria Coletiva

Tente adivinhar o que une políticos e sindicalistas do PT, CUT, PCB e PSL.
Em primeiro lugar, o óbvio, os criminosos envolvidos no atentado à Bolsonaro têm que apodrecer na cadeia. A Esquerda Brasileira é pródiga em adular criminosos e promover o chamado discurso de ódio, como o fez Gleisi Hoffmann ao dizer que “para prender Lula, vai ter que matar gente” ou o presidente da CUT, Vagner Freitas ameaçando manifestantes pró-impeachment ao convocar seus correligionários “ir para as ruas entrincheirados com arma na mão se tentarem derrubar a presidenta Dilma Rousseff”, ou o professor de sociologia na UFRJ, Mauro Iasi citando Bertold Brecht ao dizer que os conservadores merecem um “bom paredão, uma boa espingarda, uma boa bala, uma boa pá e uma boa cova” ao invés de um bom diálogo, ou o próprio Lula ameaçando manifestantes pró-impeachment com o “exército do Stédile” em ato “em defesa da Petrobras” e por aí vai. Ou seja, não é de hoje que há promoção da violência pelas hostes de esquerda. E claro que quando se promove algo assim, ainda que caoticamente, sem um plano preestabelecido se incentiva o pior, a violência e o assassinato. Mas não fica só nisso…
O recente comício de Bolsonaro dizendo que “temos que fuzilar os petralhas aqui no Acre” é o quê? Já li, inclusive, que não caracteriza discurso de ódio porque o “verdadeiro discurso de ódio” é o que foi feito por lideranças fascistas e comunistas. Quem diz isto nunca ouviu falar em gradação, certo? É verdade que discurso de ódio também se enquadra em liberdade de expressão, mas não é porque se é livre que não se deve ser responsável, não é porque tu podes falar o que quer que não deve responder por suas consequências e quando digo isto penso em efeitos danosos ou trágicos sobre outras pessoas. O que aconteceu é que a bala ricocheteou ou nem isso, pois uma figura pública dessas tem que se proteger. Analogamente, claro que uma mulher sedutora não deve ser estuprada ou indevidamente assediada, assim como quem falar besteira a torto e direito não deve levar uma facada, mas tu sabe que nessa estrada não basta dirigir corretamente, também tem que cuidar dos motoristas bêbados ou de direção perigosa que podem te atingir. Uma coisa é discutir a moralidade do fato, Bolsonaro foi vítima, todos sabemos disto, outra bem diferente é o senso pragmático da coisa, ele se expôs e sendo quem é, deveria saber dos riscos que corria. E só um sujeito com Q.I. de ungulado para entender isto como relativização da culpa, trata-se simplesmente de análise de causas e efeitos, além da probabilidade de se encontrar psicopatas no caminho. Ou você entende isto ou você pode espalhar vídeos do Olavo de Carvalho dizendo que o comunismo matou mais gente que todos os flagelos mundiais, o que não é mentira, mas que desloca o fato ocorrido, a incitação da violência para outro lugar, que não o da racionalidade e objetividade ao dizer que por serem de criminosos de esquerda, toda a esquerda é intrinsecamente genocida. Vai sofismar assim na Astrologia, Olavo… Ele também lançou a pérola de que Bolsonaro apenas incentiva a violência na forma de justiça para defender o povo, outra balela! Quando se propõe isso a um criminoso que atenta contra a vida de alguém se chama defesa, mas quando se atenta contra quem pensa diferente, como os “petralhas”, não é justiça, não é ação correta de polícia contra o crime, mas sim ato de polícia política. Olavo de Carvalho mesmo, de sua longínqua distância onde espalha insensatez em segurança e se esconde covardemente dos eventos em que opina insanidades clama para que “essa gente” que critica os discursos de Bolsonaro sejam “banidos da vida pública”. O que significa, exatamente, ser banido da vida pública, alguém pode me dizer? Banido, no caso, se aproxima muito de ser excluído, eliminado etc.
Não, não se trata de dizer que, no fundo, “é tudo culpa da Direita”. Não, não é, o discurso recorrente e frequente vem das hostes esquerdistas sim e de tanto falar, um louco ouve e age, incentivado pelos colegas e por quem ele vê como um inimigo declarado, propondo algo similar. O clichê de que violência gera violência não é algo irrelevante, mesmo que às vezes, raras vezes, a violência seja o último recurso de defesa. O problema é que quando se banaliza o recurso, ainda que como pregação eleitoreira, não vai ser difícil alguém entender o limite estendendo-o e divergindo de nós sobre quando se deve utilizá-lo. E é quando se flexibiliza este limite de aceitação da violência que o caldo transborda.
Desde 2014, que atuei nas manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff em Florianópolis, na organização e como orador nos carros de som. Levamos, em diferentes ocasiões, 500, 30, 30.000, 60.000, 100.000 pessoas ou mais às ruas da cidade. Para uma cidade que não chega a 500 mil hab foi um sucesso incomparável. Em vários episódios, quando sabíamos que havia poucas dezenas de petistas buscando o confronto, em percurso contrário ou nos esperando no local de destino fomos unânimes em dizer não continuamos e paramos por aqui. Embora estivéssemos com inquestionável vantagem numérica e ao lado da polícia, pois havíamos feito requerimento para o ato previamente, sempre evitamos o confronto direto. Apesar de já termos ganho moralmente e eles perdido, eu tive que aturar sim, babacas com o cérebro encharcado de ira juvenil dizendo que refugamos e deveríamos “lutar até o fim”, como se lutar aqui significasse esmurrar quem discorda de ti. Passado mais de um ano, quando os sanguessugas do dinheiro público em Florianópolis quiseram homenagear o condenado Lula com o título de “Cidadão Catarinense” estivemos lá protestando, mas desta vez a massa de sindicalistas comprados também veio. Outros tempos, alguns colegas quiseram o confronto e mais de uma vez, tentei dissuadir o povo, só que dessa vez sem o mesmo sucesso. Quando desci do caminhão uma senhora com muito sobrepeso veio me falar, pensei que seria elogiado ou indagado sobre o que faríamos agora e o que ouvi foi algo mais irracional que um asno chapado em exame psicotécnico “palhaçada, que palhaçada!” Quando achei que já tinha ouvido o bastante, um idoso coxo e indignado reclamava, me mostrando o pixuleco (boneco inflável do Lula com traje de presidiário), “agora que comprei isso aqui, o que eu vou fazer?” Sim, o que esses idiotas queriam é que eu incitasse nosso grupo com crianças, idosos, jovens, mulheres direto para o caldeirão com sindicalistas ociosos com a cabeça cheia de cachaça. Eles queriam sangue, mas estes são os mesmos que berram e se escondem na multidão. Depois, em frente a Assembleia Legislativa perdemos muito tempo contendo bêbados que se atiravam em frente à polícia tentando causar tumulto. Não, eu seria injusto se dissesse que é a maioria, nunca é, mas é a minoria suficiente para induzir uma multidão despersonalizada rumo à sangria. Esses são aqueles que berram e dizem asneiras para depois não entender o porquê de levarem tiros, pedradas ou facadas. Não se enganem, é fácil se despersonalizar junto à massa, como quem berra em um jogo de futebol pelo seu time, pois é disso mesmo que se trata para muitos, um jogo de expiação em que tenta se atingir o Judas alheio. Fato Social como dizia Émile Durkheim, em pleno curso. Minha vó em vida relatara diversas vezes como viu o povo gaúcho chorando compulsivamente a morte do suicida Getúlio Vargas, décadas depois foi a vez de Brizola morrer e causar comoção popular nos pampas e bem recentemente, após a queda do avião que levava o time da Chapecoense e seu culpado ter morrido junto (o piloto e dono da companhia aérea), eu vi muita gente discutindo e brigando por questão de interpretação. Esses casos de histeria coletiva não terão sido os últimos e vão se repetir, pois fazem parte de nossa característica gregária e imitativa, um espírito de lemingue que nos joga no precipício. Lembro aqui da comoção gerada pela morte do aiatolá Khomeini no Irã, líder da revolução islâmica, que pôs a sociedade ilustrada do país refém de uma elite político-religiosa. E não se enganem se acha que não podemos chegar a isso, com uma bancada organizada e crescente fazendo interpretações bíblicas de nossos confrontos políticos. O problema é quando se combina em momentos de efervescência e irracionalidade com aproveitamento político. Quando um idiota diz que “gosto do Amoedo, mas agora é guerra e vou voltar em Bolsonaro”, provavelmente nunca entendeu ou teve convicção de concordar com as propostas do Partido Novo. Além da grande maioria de quem está repassando isto ser mesma de partidários do partido venal chamado PSL e espera capitalizar politicamente com a vinda do Messias, no caso Jair Messias Bolsonaro, pois o povo adora o arquétipo de Jesus Cristo que ressuscita.
Jair Messias Bolsonaro, sinceramente eu estimo suas melhoras e gostemos ou não, não será tão facilmente esquecido… Como esquecer aquele deputado em que um passado não muito longínquo disse que FHC deveria ser fuzilado por privatizar a Vale do Rio Doce, lembram? Que disse que para começar a mudar as coisas, 30.000 tinham que morrer, porque “através do voto não vai mudar nada” etc. Ou que “sou favorável à tortura”, que há pouco mais de uma semana usou uma “linguagem figurada” em que tínhamos que “fuzilar petralhas”. Esse sujeito é, como dizem, o perfeito exemplo de uma vítima das circunstâncias, mas como já disse Ortega y Gasset “eu sou eu e as circunstâncias”, então, se tirarmos as circunstâncias de Bolsonaro, sobra o quê? Afinal, as circunstâncias que o acompanham parecem sempre as mesmas, adversas. Em resumo, como se diz popularmente, quem procura acha.
Não digo isso apenas porque ele é um sujeito beligerante, um típico político que fala muito bem ao sabor dos caudilhos latino-americanos e que casualmente trocou o sinal de admirador de Hugo Chávez por Donald Trump, mas porque provocando como faz, isso poderia acontecer. Claro que a culpa sempre será de quem ergueu e cravou a faca, a culpa é do sujeito e seus colaboradores, mas por isso mesmo que culpar uma linha de pensamento, por mais estúpida que seja é digno da escória que deseja capitalizar politicamente com o fato, como se fossem uma polícia de pensamento. E creiam-me, eles estão a solta agora mesmo, neste instante.
Anselmo Heidrich
08–09–2018

quarta-feira, julho 18, 2018

Fernando Holiday VS. Ciro Gomes


Que a ameaça de Ciro, caso eleito é um absurdo, um acinte ao estado de direito não resta dúvida, mas o caso em si é uma falácia. Por acaso a direita também se rendeu ao politicamente correto? O que há de racismo em chamar alguém de “capitão do mato”? Há sim um argumento tosco aí, típico de quem não tem argumento. Isso deveria ser explorado para atacar Ciro Gomes e não ficar tolhendo sua liberdade de expressão que convenhamos, o candidato tem todo o direito de bancar o idiota. Caso não tenham percebido, este processo contra Ciro Gomes é análogo ao feito contra Bolsonaro por este ter se referido aos negros em arrobas. Ora, todos nós pesamos e podemos ser mensurados em quilos, arrobas etc. Não há racismo aí também. O que temos hoje em dia é uma verdadeira síndrome de mimimi, até parece que vivemos em um novo período geológico, o Mimioceno… Se criticamos um negro, tudo vira racismo; se criticamos uma mulher, tudo vira machismo; se criticamos um gay, tudo vira homofobia e assim por diante. Disto tudo só posso concluir que o autor da ação, “Fernando Holiday” é ignorante ou um oportunista porque sabe muito bem o que está fazendo e tenta capitalizar politicamente em cima da estupidez de Ciro? Fica a dúvida, a insegurança e a certeza de que candidatos que falam demais e que temem demais não merecem meu voto.
Cf. Ciro Gomes ataca promotora que abriu inquérito por injúria racial contra ele https://www.boletimdaliberdade.com.br/2018/07/18/ciro-gomes-ataca-promotora-que-abriu-inquerito-por-injuria-racial-contra-ele/
Anselmo Heidrich
18–07–2018

sexta-feira, junho 08, 2018

Fanáticos e Fracos


Look in my eyes, what do you see?
The cult of personality
I know your anger, I know your dreams
I've been everything you want to be
I'm the cult of personality
Like Mussolini and Kennedy
I'm the cult of personality...
Like Joseph Stalin and Gandhi

I'm the cult of personality

The cult of personality, Living Colour
O problema em se cultuar alguém ou algo é a crença em sua infalibilidade. Pior, mesmo que acidentes de percurso ocorram se fará de tudo para desviar atenção ou foco dos problemas para não admitir nenhum erro de seu objeto de culto. O fã político ou fanático é, por excelência, pior, muito pior do que seu ídolo que, muitas vezes, é alguém politicamente pragmático utilizando todas suas armas para se eleger ou reeleger. Tivemos exemplo recente nesta Greve dos Caminhoneiros… Candidatos ao cargo máximo do país, a presidência da república que deveriam dar exemplo de ponderação e calma nas palavras proferidas preferiram pôr gasolina na fogueira, já que esta faltou nos postos de combustível.
Sim, eu estou me referindo à Jair Bolsonaro, a quem já demonstrei apoio, mas que nesse caso se revelou despreparado e sujeito à influência e calor do momento querendo e propondo pressionar este governo federal para ceder aos anseios dos grevistas sem nem sequer se perguntar se:
  1. O movimento grevista tinha propostas coerentes e sustentáveis?
  2. Havia um compromisso das partes em acatar soluções mediadoras, ainda que incompletas?
  3. Não havia manipulação com fins eleitoreiros ou políticos por detrás dessa greve?
O que eu também não entendi foi o papel de dois economistas ligados ao candidato, Paulo Guedes e Adolfo Saschida que nada fizeram ou se fizeram, foram inócuos para influenciar o candidato a uma postura mais razoável. Sinceramente, se são liberais deveriam explicar, minimamente, o que ocorria no setor de transportes, na produção e distribuição de derivados de petróleo e nas distorções de mercado provocadas pelo PT para saber se havia como proceder diferente. O problema que ele, assim como muitos acreditam, ingenuamente, que a conta da corrupção, por maior que seja, seria suficiente para compensar o déficit no setor com mais subsídios, caso estes valores fossem ressarcidos ou a torneira dos desvios fosse fechado. Não, não era suficiente, não é e nunca foi, por mais danosa que seja essa anomia social. Assim como os gastos públicos indevidos, imorais, mas infelizmente legais que oneram nosso erário com a conta da previdência social que se torna cada vez mais insolvente. Tudo isto teria que ser explicado, didaticamente, ao candidato em uma hora ou mais antes dele sair dizendo besteira em um vídeo de What’sApp. Mas não, rápido para julgar, devagar para entender como um aldeão participando de uma caça às bruxas, o mito arrebanha seguidores tão desprovidos de raciocínio e lógica quanto ele próprio.
Agora pense no seguinte: em outubro essa peça é eleita e no ano seguinte, a máquina pública brasileira cada vez mais insustentável não consegue honrar seus compromissos e o mito se liquefaz tendo que enfrentar mais greves e movimentos pleiteando Intervenção Militar! O que faz esse figura? Vídeos pedindo calma e compreensão para depois outros prometendo combater os agitadores para depois outros acusando os movimentos de terem infiltrados para depois acusando os próprios movimentos para depois propor uma repressão geral por absoluta inépcia desde o princípio. Agora vem o pior, o que farão seus fãs-fanáticos? Negarão, negarão e enrolarão dizendo que tudo é culpa da mídia, da Globo, de George Soros, da conspiração, dos poderosos globalistas aliados com a Esquerda Mundial, a ONU e toda sorte de bobagens que já vem sendo destilada por essa direita burra e acéfala que se esforça por superar sua contraparte de esquerda que já ganhou vários prêmios na capacidade propor o atraso. 
Só te digo uma coisa bolsominion, não diga que eu não te avisei. Essa postura arrogante, imediatista, burra e fanática de vocês poderá trazer o caos sim. E aí, com apoio do General Mourão e a possível oposição do sensato Comandante Geral das Forças Armadas, o General Villas-Boas podemos ter o nosso maior pesadelo: o Exército dividido. Nestas horas, eu que sou um velho ateu só posso rezar para eles permaneçam unidos e ponham este afobado nos trilhos, como fez Mourão ao comentar a desordem que tomava conta do país. Menos mal… Se Bolsonaro não ouve seus economistas — ou esta dupla não serviu pra nada –, pelo menos se arrepiou com as palavras do General e fez um outro vídeo apaziguador, pedindo calma aos caminhoneiros, que não destruíssem o país, apesar deles terem razão(!).
Esse fanatismo, essa adoração, essa falta de senso auto-crítico esconde o quê? Uma fraqueza, um horror à política que, por pior que seja ainda é o caminho, único possível para resolvermos nossos problemas comuns. Esta ânsia de que um xerife todo poderoso venha resolver rapidamente os problemas, com requintes de truculência para regozijo da patuleia tem tudo a ver com quem não tem a paciência do leitor, mas de quem espera uma pílula para dormir e acordar bem no dia seguinte com todos os seus problemas resolvidos. Só que neste caso vai acordar em um pesadelo quando discursos, lágrimas e louvores ao hino nacional não bastarem para encher pratos.
Difícil, né? Está achando isso agora? Veremos como ficará depois… Eu só lamento muito que o voto impresso não tenha sido aprovado. Pois se Bolsonaro perder as eleições seremos obrigados a ouvir ad eternum que houve fraude e até nisto a Nova Direita Brasileira fará páreo à nossa Esquerda Paleolítica que travou o disco no discurso do “golpe”. Haja…

Anselmo Heidrich
08/06/2018

segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Bolsonaro no Japão


Jair M. Bolsonaro deveria ir para a China também. Já que a estratégia declarada de sua recente visita ao Japão é uma tour para aprender sobre a importância da tecnologia a ser ensinada no Brasil através de convênios com a potência oriental, assim como com Taiwan e Coreia do Sul, por que diabos também não com a China? Por que lá há um partido comunista no poder? Sinceramente, a economia que importa no mundo tem e terá relações com a China. Mesmo um discurso de palanque eleitoral como o de Trump viu que a realidade não é como soam palavras irresponsáveis. A China é a 2ª maior economia do mundo e só um ignorante para desprezá-la. Agora, não acredito que seja ignorância no caso de Bolsonaro. Ele é um político e estrategista, assessorado por estrategistas, aconselhado por estrategistas que podem estar errados, como eu acredito que estão, mas definitivamente não é questão de ignorar os fatos e sim acreditar numa falha estratégia eleitoral com uma base teórica equivocada. Isto é o que os têm orientado. Vamos aos fatos:
  1. Não é combatendo comerciantes, importadores e exportadores na relação Brasil-China que vai se derrubar o Partido Comunista Chinês (PCCh) e sim, caso tal isolamento fosse compartilhado por vários países no mundo, o controle político centralizado é que se voltará para uma economia centralizada, i.e., socialista. Lembre-se que estas ideologias coletivistas se nutrem da pobreza;
  1. A compra de terras brasileiras pelos chineses que Bolsonaro alega ser “uma perda de nossa segurança alimentar” reside num equívoco: (a) chineses não ficarão gastando para não produzir, esperando valorização de terras em regiões ermas; (b) produzindo, o aumento dos itens disponíveis tenderá a reduzir seus preços; (c) caso a maior parte seja exportada, empregos gerados na cadeia produtiva aumentarão a renda local e novos itens serão importados; (d) gerando demanda e produção voltada para o mercado interno; (e) cujo aumento da produtividade necessitará do aumento de insumos que criará novos empregos e assim e assim e assim e assim por diante.
É simplesmente um contrassenso querer se opor ao socialismo e o comunismo e defender uma política protecionista chamada eufemisticamente de “nacionalista”. Não há nada de nacionalista em prejudicar o comércio e liberdade do cidadão brasileiro. Isso é o que faz uma CUT ao defender o monopólio (real) da Petrobras, o que faz um PT da vida e outros partidos dirigidos por insanos que são contra a diversidade e competição entre empresas. Lembre-se, “o capital não tem pátria”, então que venha o Capital! Desde que, é claro, ele se submeta a nossa legislação, muito embora este é o ponto: nossa legislação comercial e tributária tenha que ser, urgentemente, revista. Se não, ninguém vai querer investir aqui, nem Japão, nem Coreia, nem China. Aliás, empresários destes grupos são constantemente sondados por vários governos e candidatos e refugam devido a nossa insegurança jurídica, histórico, tributação e infraestrutura vergonhosas. Chega de discurso! Business is business! Alguém da equipe do Bolsonaro, pelamordedeus! Eu quero votar no cara, mas ajudem-no, pois desse jeito, votos pragmáticos como o meu serão perdidos e no fim dessa toada restarão os fanáticos de Esquerda acusando os “bolsominions” e estes vice-versa. É preciso uma pitada de racionalidade nisto tudo. Já fiz uma análise contemporizando os erros e acertos de Bolsonaro (leia aqui) avaliando bem sua visão de bom senso sobre segurança e educação e confesso que ele melhorou na visão econômica, com a possível indicação de Paulo Guedes para Ministro da Fazenda, mas este cacoete paranoico em relação à China não tem sentido.
E não pensem que adular os japoneses falando mal da China, país com quem tiveram vários conflitos ao longo da História vai render muitos votos da comunidade japonesa no Brasil, a maior do mundo fora do Japão. Um ambiente de estabilidade e segurança para todos os povos é o mais importante. Incentivos à migração de mão de obra qualificada e trabalhadora sem chance de conflitos culturais sérios e seus capitais só contribuirão ao nosso desenvolvimento. E acordem! Digam-me qual é a diferença de demonizar a China do que faz o déspota venezuelano, Nicolás Maduro em relação aos EUA? Percebem que se trata do mesmo equívoco?
Anselmo Heidrich

sexta-feira, janeiro 05, 2018

Bolsonaro VS. Livres


Movimento Livres deveria enfocar naquilo que pode influenciar dentro do PSL sem se indispor com Jair M. Bolsonaro: a economia, a desburocratização, a segurança etc.

O dilema do PSL: Bolsonaro entra enquanto o Livres sai https://exame.abril.com.br/brasil/o-dilema-do-psl-bolsonaro-entra-livres-sai/ via Exame

Se os membros do Livres realmente saírem do PSL sem ao menos tentarem influenciar a equipe de Bolsonaro, como o próprio possível Ministro da Fazenda, Paulo Guedes terá sido uma enorme perda de oportunidade.

Eu me desliguei do movimento ‘Livres’ assim que vi posições simpáticas às mostras artísticas com erotização infantil e bestialidade e mantive minha posição de que tais só seriam admissíveis com censura à menores de idade.

Agora, se há a possibilidade de sair uma resultante do que querem os adeptos de Jair Bolsonaro e os membros do Livres, esta seria obviamente, na área econômica, com as devidas ressalvas que já fiz em relação aos preconceitos econômicos do deputado[1].

Eu parto do princípio de que um bom acordo é aquele onde as partes NÃO saem completamente satisfeitas, pois me parece impossível que cada um dos partícipes ganhe 100%. Na melhor das hipóteses há 50% de ganhos para cada lado e, como pressuposto, um bom acordo é aquele onde ambas as partes TÊM que ceder. A questão, óbvia, é que agora, UMA das partes está com a faca e o queijo nas mãos. Então, se ainda acham que vale a pena é necessário cautela para negociar e, como aventei, influenciar.

Lembre-se que como já foi demonstrado pelo próprio Bolsonaro, ele é volátil em suas posições que mudam com a conjuntura política. Ele cresceu e se manteve com a retórica mais antagonista de identificar e atacar um inimigo claro – o crime, a esquerda etc. – e, portanto, o trabalho protagonista de propor e construir pode vir muito mais de sua equipe do que do próprio ex-capitão. Mas, para tanto, se faz necessário entrar e influenciar a dita equipe, mesmo que em escalões subalternos.

Chegou a hora de fazer política ou, do contrário, ficar reclamando em redes sociais.

Anselmo Heidrich


[1] Vamos Falar de Bolsonaro
https://anselmoheidrich.wordpress.com/2017/11/24/vamos-falar-de-bolsonaro/ via Anselmo Heidrich


sexta-feira, novembro 24, 2017

Vamos Falar de Bolsonaro

Vamos falar de Jair M. BOLSONARO…
Não, não será uma análise exaustiva, apenas tratarei de 4 questões relacionadas a suas opiniões, pelo menos a algumas que ele tem manifestado com frequência.
Para ser didático vou dividir em pontos positivos e negativos.
E não focarei na crítica a sua forma de se expressar, que é o que mais se vê “xucro”, “irascível”, “grosso” etc. Não que eu despreze a forma, mas ao ressaltarmos ela perdemos o que há de mais importante.
O que há de BOM na candidatura de Bolsonaro?
1) Ele é o candidato mais enfático no trato da SEGURANÇA PÚBLICA. Ele dá ênfase necessária à REPRESSÃO. E assim, recuperação, ressocialização por si só não são, nem nunca foram suficientes para garantir a segurança pública. Isto é tão óbvio que se torna difícil compreender quem não compreende isto. Muitos que rejeitam o nome de Bolsonaro à presidência pensam ou imaginam que ele vai acabar simplesmente com os Direitos Humanos. Tolice. Mas, com certeza, ele tentará por limites ou freios aos exageros do “garantismo jurídico” que torna os tais direitos mero eufemismo para privilégios. E, sem dúvida, ele tem razão ao dizer que nosso Código Penal está defasado.
2) EDUCAÇÃO. Sim, este é outro ponto que ele acerta em cheio. Não só por que ele apoia iniciativas de escolas militares, mas por que ele compreende a necessidade da disciplina escolar. E não pensem que é porque eu tenho um histórico de luta contra a doutrinação, porque ele vai endossar outra doutrinação, talvez mais acintosa até, só que com conteúdo diferente, o que não deixa de ser doutrinação também. Então, o quê?! O pior problema da Educação Brasileira não é a doutrinação, embora esta esteja relacionada, mas a INDISCIPLINA. Suas raízes são culturais, por que enquanto sabemos o que é “ser militar”, o “ser civil” é uma névoa, uma grande incógnita e a disciplina dá prumo a tal.
Agora o que há de RUIM em Bolsonaro:
3) ESTATISMO. Não adiante virem dizendo que ele melhorou, Eu não confio. Pode estar sendo bem assessorado, não tenho dúvida disso, mas ele sempre, quando sola na banda dá umas escorregadas que não são ‘escorregadas’ de fato, mas sim seu retorno à essência ligeiramente escamoteada. É como um camaleão que não domina a arte da camuflagem. Sua ideia de favorecer certas substância da indústria mineral formando clusters não é errada em si, mas A FORMA COMO PENSA, SIM. Não é abrindo linhas de crédito especiais – dá-lhe BNDES! – e sim, desonerando o setor para que capitais específicos (smart money) invistam na área que se dará uma alavancagem para a indústria de mineração E transformação. Algo como fez a China em suas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) para atração de capitais. Eu não vejo ele tendo esta noção e sim, apenas o “sentar em cima da mina”, como fizeram nossos governos militares impedindo a concorrência no setor e privilegiando parceiros que formaram oligopólios na mineração. Sem a cadeia produtiva necessária para transformar o produto, a região (Amazônica, no caso) não desenvolve, mas no máximo forma algumas ilhas de prosperidade envoltas por um mar periférico de pobreza que não usufrui daquela circulação de capitais. Ele cita o Vale do Silício como exemplo a ser seguido, mas este não foi um projeto protegido pelo governo americano. O silício não era o elemento produtivo desse cluster, mas sim a tecnologia. Portanto, quando ele diz “se os americanos têm o vale do silício, por que nós não podemos ter o vale do nióbio?” Esta não é a questão, pois os americanos não estão lá minerando silício neste vale e sim utilizando o mineral como um dos elementos a sua produção tecnológica que vem, importado ou não, mas facilitado pela baixa tributação de bens importados. Bolsonaro tem esta noção? Creio que não. Infelizmente, não. Eu gostaria aqui de estar escrevendo justo o oposto, mas não é o que vejo. Daí vamos a outro ponto negativo que considero fundamental…
4) A CHINA. Bolsonaro tem feito o que acho mais deplorável e um PÉSSIMO AGOURO em se tratando de um futuro possível presidente com tintas estatistas: ELENCANDO UM INIMIGO EXTERNO. Volta e meia ele diz que a China “está tomando conta”, “está comprando terras no Brasil”, ou “vai nos transformar em uma colônia” etc. e etc. ESPERE AÍ! ISSO NÃO É A MESMA COISA QUE A ESQUERDA SEMPRE DISSE DOS AMERICANOS COMO JUSTIFICATIVA PARA FECHAR O PAÍS AOS INVESTIMENTOS EXTERNOS PRIVILEGIANDO O MERCADO NACIONAL PARA GRUPOS EMPRESARIAIS LIGADOS AO GOVERNO?!?!?! Pensou em Lula & Cia. pensou certo. Não creio que haja um projeto claro na cabeça do deputado, mas sim uma baita falta de visão clara de como traçar linhas gerais para condução da economia. E não digo isto para entrar no coro tolo de “ele não entende de economia”, afinal o que entendiam de economia, o Lula, a Dilma, o Itamar, o Sarney, o Collor? A questão é a visão geral. Que a China tem um governo comunista que tenta controlar seu país com mão de ferro é uma coisa, mas tentar se isolar dela para evitar um suposto controle externo é o mesmo que não sairmos mais às ruas porque os camelôs estão tomando elas. Daí mesmo que eles tomarão pela nossa ausência e falta de controle. Tem é que se estender um tapete para os capitais chineses que querem investir aqui, assim como para qualquer um que o deseje e se submeta às nossas regras (e que estas sejam simplificadas, substancialmente, claro). Esta fala anti-chinesa não é uma chamada de atenção anti-comunista, mas dita assim, como tantas vezes fez Bolsonaro, não passa de um eco de montadoras sediadas no Brasil contra a concorrência de novas fábricas de veículos chinesas. “Defesa de interesses nacionais” aí é uma piada, não passa de alarmismo e protecionismo estatistas que são o mais do mesmo, só que com outra roupagem ideológica.
*************************
Estes são os pontos relevantes para mim. Dou nota 5,0 ao deputado como candidato à Presidência da República. Tá tá tá, vou melhorar isto, segurança e educação são muito importantes, então ele fica com 6,0, mas não passa disso.
Não votarei nele? Acho que voto, apesar de tudo, mas como Plano B, se o Plano A falhar, o que acho que vai acontecer. Em termos práticos, se não tivermos melhor opção, não terei outra a não ser votar em um estatista no segundo turno.
Triste.
Um bom dia,
Anselmo Heidrich

quinta-feira, dezembro 08, 2016

A educação de Jair Messias Bolsonaro

  
Bolsonaro defende pautas anti-liberais como proibir o voto dos analfabetos e desempregados http://www.ilisp.org/noticias/bolsonaro-defende-pautas-anti-liberais-como-proibir-o-voto-dos-analfabetos-e-desempregados/ via @ilisp_org

Mesmo que depois ele se "desdiga", como normalmente o faz, esta atitude mostra alguém despreparado, impulsivo e que não traz confiança. Eu confio muito mais em um Cristovam Buarque, p.ex., apesar de toda ideologia social-democrata que permeia seu discurso, mas que pelo menos se sabe com quem está lidando, seus pressupostos e limites. No caso de Jair Bolsonaro, não temos nada disto. Tudo que temos é um lamaçal ideológico com estrumes ditatoriais boiando aqui e ali com algum pouco de desinfetante anti-esquerdista que não deu conta de fazer a assepsia do autoritarismo e personalismo mal disfarçado. Ser civilizado não é o mesmo que ser politicamente correto, antes uma condição essencial para interagir enquanto indivíduo e, ao menos, saber ouvir outros indivíduos, mesmo que venhamos a discordar deles. Bolsonaro não aprendeu o básico sobre isto... Nossa sorte é que nasceu no Ocidente, se as coordenadas geográficas de sua maternidade estivessem no Oriente Médio, provavelmente ele estaria marchando entre as hostes do ISIS ou com algum estudo poderia ser um mulá...


Anselmo Heidrich

quarta-feira, junho 08, 2016

Estupro: como tirar o foco da questão


Não é possível, o Bolsonaro deve ter um vírus no cérebro, um chip danificado. Mesmo quando ele tem TUDO para acertar, consegue dizer besteira, chega no gol e chuta pra fora:

"Vamos esperar o parecer final, a decisão final, que seria bom que fosse um delegado, agora passaram para uma delegada..." (1:15 - 1:20).
Cf. https://www.youtube.com/watch?v=QqS6LBhyuuc&app=desktop

Qual o problema, não entendo? O cara fala contra a impunidade (certíssimo) que favorece o estuprador. Daí chega e diz que seria melhor que fosse um delegado e não uma delegada? Ele trouxe a baila aqui, novamente, argumentos para desfocar a questão dando chance para quem ele critica fazer, justamente, o que sempre faz, deslocar a questão do crime, da agressão, da impunidade para uma mera questão de gênero. O cara consegue desconsiderar a competência da delegada (que deve ter) para seu sexo. Não dá, eu bem que tento achar algo bom na briga desse deputado, mas ele pisa muito no tomate... 
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Fas est et ab hoste doceri – Ovídio
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quarta-feira, abril 27, 2016

Razões para eleger Bolsonaro (?!)





Também leia:


DEMOCRACIA E LIBERDADE: ESQUERDAS E DIREITAS http://democraciaeliberdade.blogspot.com/2016/04/esquerdas-e-direitas.html?spref=tw

E


Tomatadas: Bolsonaro é um fascistoide falastrão. PT é um part... http://tomatadas.blogspot.com/2016/04/bolsonaro-e-um-fascistoide-falastrao-pt.html?spref=tw


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* Obviamente, o vídeo foi feito para Donald Trump, mas valeu pela piada. Que serve também para exorcizarmos o demônio dos incautos torcendo para que não nos atinja.

sábado, maio 30, 2015

Uma defesa de Jair Messias Bolsonaro


Sobre o Deputado Jair M. Bolsonaro...

Das críticas comuns a ele, que ele defende a ditadura: sinceramente, não sei disto, mas sei que ele se opõe à vitimização que as esquerdas (reprimidas no período da ditadura) fazem. Sou contrário à tortura, mas não à punição dura com prisão perpétua se tivéssemos tal possibilidade. Muitas das vítimas eram terroristas que assaltavam bancos, faziam reféns e matavam agentes policiais e militares para fazer a sua revolução.


Frases horríveis foram proferidas por ele... Que seriam aproximadamente assim:


- "quem gosta de ossada é cachorro" referindo-se à busca de restos mortais das vítimas da repressão;


- "FHC tinha que ter sido fuzilado" referindo às privatizações;


- "Você não merece ser estuprada" referindo-se à Maria do Rosário.


Em primeiro lugar tem que se respeitar aqueles que prezam a memória de seus parentes e amigos mortos, gostemos ou não deles; no segundo caso, não desejo o fuzilamento para líderes políticos dos quais eu discordo (mesmo o Lula) e também porque sou muito favorável às privatizações (o próprio Bolsonaro já reviu esta opinião tosca e agora posa como liberal, i.e., privatista); e no terceiro caso, embora a frase seja infeliz, porque ele tem pavio curto ocorreu após nítida provocação da ex-Secretária de Direitos Humanos do PT, Maria do Rosário. Ela o ameaçou de lhe dar um tapa na cara (isto se encontra para ver fartamente no youtube).


Apesar disto, tudo defendo ele por ser um dos poucos que tem coragem de se opor a toda esta máfia institucionalizada e a tendência de fazer com que minorias (gays) terem privilégios, assim como menores infratores. Aliás, é dele a proposta original de rebaixar a maioridade penal, da qual eu sou totalmente a favor.


Uma observação, nada tenho contra gays. A homossexualidade é absolutamente natural, mas a heterossexualidade também o é. Então, ao invés de políticas públicas específicas para diferentes sexualidades e até privilégios para algumas, o caminho mais simples é que deveria ser seguido, a de leis simples e comuns a todos. E nada mais.

quarta-feira, dezembro 10, 2014

O que Maria do Rosário verdadeiramente é


A duplicidade ética da esquerda brasileira dá embrulhos no estômago. Nossa ex-Ministra da Secretaria dos Direitos Humanos não foca em um aliado de seu partido que, explicitamente, se expressou condescendentemente sobre o estupro.

E aí Maria do Rosário, por que não processa esse aí? Ah, esqueci... É da base de apoio do governo, do teu partido, né? Aí fica complicado. Sabe, o Bolsonaro errou em te chamar de "vagabunda", o que tu é, é uma hipócrita mesmo. Além disto uma totalitária que tenta reprimir qualquer opinião diversa da tua. Processe o deputado, pois na verdade não conseguirá fazer com milhões que sentem asco desta auto-vitimização e jogo de cena para eliminá-lo da cena política. Vocês não são vagabundos, mas ainda não são tão eficientes quanto pensam que são para acabar com a democracia.

Estamos atentos.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Os Bolsonaros da esquerda são piores. | Implicante


Outro bom artigo:


Também chamam Bolsonaro de “reacionário”. Eu tomaria como elogio. Na mitologia grega, o fogo (símbolo da razão) foi dado aos homens por Prometeu (“aquele que enxerga antes”), enquanto os males foram liberados ao mundo por um descuido de seu irmão Epimeteu (“aquele que só enxerga depois”). Ser reacionário, saber como as coisas reagem antes que elas aconteçam, ter cautela ao invés de acreditar cegamente na benevolência de alguma força escolhida no presente, é característica de pessoas experientes. O revolucionário é aquele que acredita no poder das armas dadas ao povo – o reacionário é aquele que já descobriu que todo tiro disparado faz a arma ter um repuxo forte sobre o próprio atirador. Ele aprende com o tempo a esperar essa reação.
Já os revolucionários, que querem mudar toda a sociedade – ou seja, sempre querem te obrigar a se comportar desta ou daquela maneira, através dos graus de violência que lhe estejam disponíveis – acreditam apenas na força propulsora da sua própria benevolência em governar o próximo. Seu projeto é a concentração de poder em suas próprias mãos, ditando o que os outros devem fazer, e os que se opõem a isso são “reacionários”. Os comunistas usaram o termo “reacionário” nos versos da “Internacional” e os nazistas na “Canção de Horst Wessel” para qualificar seus inimigos.