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quinta-feira, agosto 16, 2018

A Inveja como Fator Histórico

Por conta do meu penúltimo texto, sobre a Suécia, eu recebi um comentário:
As elites as quais a esquerda se refere são os verdadeiramente ricos, os que dão as cartas, não á classe média que compra carro e casa á prestação e pensa que é elite. As cotas são um meio ineficiente de diminuir o gap social entre etnias historicamente desprivilegiadas, escravizadas no caso do Brasil. Isso é diferente de imigração, portanto, o problema sueco é completamente diferente. Lá existia um equilíbrio que foi quebrado com a imigração, no Brasil nunca houve equilíbrio a ser quebrado. A sociedade sueca sempre foi igualitária até a chegada dos refugiados, enquanto a sociedade brasileira foi construída em torno da desigualdade, com base na mão de obra escrava, de uma escravidão que foi abolida sem levar em consideração as massas de desempregados que veio com ela. O problema sueco está na incapacidade de fazer prevalecer a sua cultura, enquanto o Brasil precisa consertar erros do passado pra que sua cultura seja construída de forma igualitária. Não gosto de cotas, penso que essas perpetuam a desigualdade, mas reconheço que algo precisa ser feito pra mudar essa condição, pra que no futuro possamos nos orgulhar de ter construído uma sociedade justa…
Antes de mais nada, independente do teor da crítica ou comentário, eu aprecio o tipo que ataca o conteúdo e não apela para a forma ou desvirtua denegrindo seu oponente. Eu discordo do comentário acima, em quase tudo, mas o ponto é que vale a pena discutir com gente assim. Simplesmente, vale a pena, pois se aprende mutuamente ou, se no limite, não se aprende com o ponto de vista adverso, se aprende ao tentar rebuscar nosso argumento. Então vamos lá…

Quem são os ricos que a Esquerda destesta?

A Esquerda se refere a ricos, ricos sim quando pensa em termos marxistas, como uma classe detentora dos meios de produção extraindo a mais-valia de outra, ou seja, explorando-a. Mas isso que está fundamentalmente errado, pois não há uma classe com posse de meios de produção necessariamente com maior renda que aqueles que não os têm. Por duas razões: a composição e o modo como as classes se estruturam mudou bastante desde a época de Karl, hoje em dia nós temos muito mais gerentes e grandes acionistas que dividem seus investimentos em vários fundos sem, necessariamente, deter os meios de produção de grupos industriais, agrícolas ou extrativistas específicos. Em se tratando de Brasil, a burocracia governamental ou para-governamental tem muito mais poder e dinheiro do que empreendedores privados, o que denota que este terceiro elemento, o estado não é levado na devida conta pelos marxistas (basicamente porque Marx não tinha uma Teoria do Estado). Veja aqui quem pertence a posição dominante na estratificação social brasileira:
Elite estatal ocupa 6 das 10 profissões mais bem pagas @estadao: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,elite-estatal-ocupa6-das-10-profissoes-mais-bem-pagas,10000081214
Por outro lado, os esquerdistas de hoje estão mergulhados de tal forma em um mar de ignorância e imbecilidade que seus argumentos (se é que se podem chamá-los disso) beiram o puro preconceito e antipatia irracional. O caso mais conhecido é de Marilena Chauí, professora de filosofia da USP e típico exemplo de elite estatal, muito bem remunerada, diga-se de passagem. Vejamos o que ela diz:
https://youtu.be/svsMNFkQCHY
Entre outras asneiras, a professora opõe a classe média aos “trabalhadores”, como se ela própria não fosse constituída, majoritariamente, por membros da População Economicamente Ativa (P.E.A.), isto é, trabalhadores de fato. Marilena Chauí perdeu uma maravilhosa chance de calar a boca e demonstrou toda sua ignorância em (a) termos marxistas, pois as classes médias não faziam parte do “motor da história”, não executavam a exploração, nem eram exploradas; (b) em termos conjunturais, pois contradiz a própria alegação auto-meritória de seu partido, o PT, que diz “ter aumentado a classe média brasileira” ao colocar milhões de brasileiros no mercado consumidor com seu Bolsa-Família:
35 milhões de pessoas ascenderam à classe média https://exame.abril.com.br/brasil/35-milhoes-de-pessoas-ascenderam-a-classe-media/ via @exame
Muito embora, a incorporação dessas dezenas de milhões a um estrato social intermediário tenha sido mais a um estratagema estatístico do que à distribuição de renda compulsória:
Depois de inventar a classe média dos R$ 300, PT está prestes a declarar oficialmente o fim da miséria que, a rigor, já não existia. Veja como e por quê https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/depois-de-inventar-a-classe-media-dos-r-300-pt-esta-prestes-a-declarar-oficialmente-o-fim-da-miseria-que-a-rigor-ja-nao-existia-veja-como-e-por-que/ via @VEJA

As cotas raciais criam uma elite entre negros, pardos e indígenas

Até do ponto de vista esquerdista, que se apoia basicamente na ideia de transferência de renda, as cotas raciais para serviços públicos ou universidades é um anacronismo. Em primeiro lugar porque no Brasil, pardos não são minoritários. Então, as cotas seriam para a maioria e não para um “grupo desprivilegiado”. Para ser coerente com seu propósito, negros, pardos e indígenas teriam que somar cerca de 12%, como é nos EUA, de onde foi importada a ideia. Em segundo, quando se facilita a entrada desses grupos em universidades concorridas, se privilegia negros, pardos e indígenas que já concluíram o ensino médio, ou seja, justamente aqueles que já se encontram melhor situados do que a imensa maioria que sequer termina o ensino fundamental. Estes, especificamente, não têm nada, não ganham nada e ainda têm que sofrer com um lixo de ensino, haja vista as péssimas colocações que a educação brasileira alcança em rankings e avaliações internacionais. Portanto, se quisessem, realmente, melhorar a condição de vida desses “desprivilegiados”, o ensino básico (fundamental e médio) é que deveriam ser melhorados, muito. Nada disso é feito porque, entre outros problemas, teria que se brigar com uma categoria organizada e extremamente avessa às mudanças formada pelos professores.
Ainda dentro da perspectiva de Esquerda, calcada na redistribuição compulsória de renda, se fosse para atingir resultados mais tangíveis e não estimular o preconceito e retórica racista de “eu sou negro”, “seu mérito e sucesso são herdados da exploração que seus antepassados cometeram contra os meus” ou argumentos similares, as cotas sociais seriam mais eficazes. Mas aí, nem sempre pardos, negros e indígenas seriam os maiores beneficiários. Basta pensar que em estados como Santa Catarina, com maioria absoluta de brancos, os pobres deste grupo é que seriam os mais atingidos por tais programas.

O passado de riqueza da Suécia pode não ser suficiente para garantir sua prosperidade

Muitos acham indevidas as comparações entre a violência étnica na Suécia após a inundação de sua população por refugiados e imigrantes. Deixe-me explicar um coisa, comparar é justamente o que se faz com realidades diferentes para se avaliar causas, processos e resultados similares e/ou distintos. Se procurássemos só realidades próximos estaríamos equiparando, o que não é o caso entre Brasil e Suécia. É claro que as causas da violência neste e naquele país são pra lá de diferentes, ninguém negou isto! O que se tem que avaliar é que há processos similares, quer seja pelo “garantismo jurídico” que trata bandidos como “vítimas sociais” aqui no Brasil, quer seja pelo ressentimento que povos de Primeiro Mundo têm com relação aos imigrantes por vê-los como “vítimas históricas” na Suécia e na Europa Ocidental, o resultado é um: o recrudescimento da violência.
Pode ser diferente? Sim, pode. Mas para tanto, imigrantes e pobres não têm que ter privilégios e benefícios têm que estar computados em um processo de crescimento intelectual e pessoal, isto é, como estudos garantidos para incorporação no mercado de trabalho. O resto da vida cada um resolve e desenvolve como quer, desde que não se agrida quem pensa diferente. Portanto, se a tua religião — ou a maneira como interpreta sua religião — atenta claramente contra o modo de vida do país que o recebeu ou se tua posição na escala social dificulta seu crescimento profissional e qualidade de vida, tu só pode ter um caminho: o trabalho independente com respeito às demais culturas todas sob a mesma lei. Se não for assim, meu caro, volte para o buraco de onde veio.
E, ironicamente, o que está na raiz disto tudo é uma forma inconfessa de elogio, a inveja. Quando eu invejo alguém, eu queria ser esse alguém, mas como não posso, quero destruí-lo. É isso que está na raiz de toda essa violência.
Abraço,
Anselmo Heidrich
16–08–2018

segunda-feira, março 24, 2014

Cotas Raciais VS. Cotas Sociais

Por que sou contra as cotas raciais para o ensino público superior e serviço público?

O assunto obviamente é polêmico, mas se formos objetivos e quisermos, realmente, minorar as distorções existentes no país, quiçá em um futuro distante extingui-las mesmo, o critério para incentivos de toda ordem (educacionais, emprego, distribuição de renda etc.), não deveria ser racial e sim, social, i.e., de acordo com a renda familiar. Porque, a bem da verdade, dependendo da região e estado, quem está no patamar inferior da sociedade em termos de renda, nem sempre é de uma raça e/ou etnia específica e também porque em várias outras áreas do país a tendência predominante, de longe, não é o negro ou o branco, mas sim o mestiço, no caso, entre brancos e negros, o mulato que, estranhamente parece ter sumido de nosso vocabulário social cotidiano onde todos que se veem como 'excluídos' preferem a designação negro, mesmo sem nem sempre ser um. Nada contra, mas esta divisão rígida é sim uma importação cultural de outra realidade onde a cisão foi muito mais abrupta. E antes que me acusem de insensiblidade, não se trata de negar o racismo, mas de compreender a forma fluída e diferenciada com que ocorreu no Brasil. Precisamos ser mais específicos quando se trata de criar institutos para desenvolvimento social no país, sob o risco de, se não o fizermos, criarmos outra segmentação que anule os propósitos para os quais foi criada. Se em determinada região, a maioria mais empobrecida da sociedade é constituída por negros, então, as cotas sociais, melhores e mais abrangentes do que as cotas raciais atingirão o objetivo de ajudá-los e, se em outra região for outro grupo étnico, branco, não-branco, pardo, amarelo etc., as cotas sociais novamente serão mais justas que as raciais. Estas ainda têm como efeito deletério o fato de criar um estigma de incapacidade associada à raça, enquanto que se trata na verdade, apenas de falta de oportunidades devido à desigualdade de renda, uma vez que, geneticamente falando, todos temos as mesmas condições. O que nos separa é o abismo socioeconômico que pode ser sanado por institutos com melhor foco e menos ideologia.

terça-feira, abril 30, 2013

Affirmative action in Brazil: Slavery's legacy | The Economist - II


TJJackson in reply to Anselmo Heidrich Apr 29th, 21:56
So growing up poor or at a social disadvantage automatically makes you less intelligent and capable? Brazil's efforts are about giving the MAJORITY of Brazilians access to opportunities they've been denied just because of the color of their skin.
[http://www.economist.com/comment/1993252#comment-1993252]

Of course it does not make you less able, who said this? What I said, clearly, is the poorest who, incidentally, is not only black but also white in Brazil and especially mixed desperately needs a quality basic education. Contrary to what has been done, cover the Sun with a sieve ... Give admissions to students, regardless of their color or race, who come from education systems without good educational background will not make them better, but elude them. Do you want to help them? Then propose a better education, with better facilities, salaries for teachers and safety (against drug dealers) on socially vulnerable areas. What makes our hypocritical government? I tell you this is difficult, you have to spend a lot and change our Paleolithic Criminal Code. But we have no other way to do better. The problem in Brazil, and if you are Brazilian like me will understand ... In this country, the impunity that benefits criminals or "white collar" is absurd. Now tell me, if you have to do heart surgery, you would opt for a white doctor, who was poor and had low grades in elementary and high school or by another physician, casually black, who studied without benefit quotas, with excellent graduation? You'd be racist if you opted for black doctor? Of course not! So why choose a doctor with better curriculum which, incidentally, is white would be racism?

segunda-feira, abril 29, 2013

Affirmative action in Brazil: Slavery's legacy | The Economist

Fonte: alemdovinho.wordpress.com
Let me ask you something ... Once in Brazil, in 20 years, the editors of The Economist, needing a cardiovascular surgery emergency will prefer a doctor trained in traditional teaching or other, with the support of the quota system? Remember ... Politically correct leftist policies are trendy, but are actually very convenient for governments to ignore their basic task, to invest in a quality basic education. It is much cheaper to distribute crumbs to build a solid building. Welcome to Brazil, the country of the future, in which their governors, legislators, lawyers, prosecutors, law enforcement officers and teachers are committed to providing more fun than bread ...
Cf.: Affirmative action in Brazil: Slavery's legacy | The Economist

terça-feira, abril 09, 2013

Afrodependência

Fonte: Etniabrasileira.com.br

Eu sou terminantemente contra as cotas raciais pelas seguintes razões:

(a) As cotas raciais criam racismo onde este não havia;

Explico-me: o Brasil é um país constituído, em sua grande maioria, por uma população mestiça, com mais mulatos, cafuzos e mamelucos do que "brancos", "negros" e "índios". Como no país, o critério de avaliação do que é raça é extremamente subjetivo (depende de autodeclaração em pesquisas feitas pelo IBGE), muitos se autodenominarão "negros" apenas para aproveitar um benefício daqueles que sustentam o país com seus impostos. Onde deveria, no máximo, haver uma transferência de renda por motivos estritamente econômicos, se adota um critério paleolítico e racista que é a "raça", algo extremamente ambíguo se o que se quer é diminuir ou eliminar as diferenças sociais.

(b) Alguém poderia dizer que estas diferenças existem é que se faz necessário acabar com elas... Pois bem, a cota racial sacramenta a desigualdade ao finalizar o processo em que o negro é beneficiado por uma ajuda estatal que transferiu renda dos supostos "brancos". O estado nesta nefasta política pública acaba selando sua identidade como incapaz de se auto-gerir e desenvolver como indivíduo por quem, supostamente, o tratou historicamente como "inferior" (e como se os brancos atuais tivessem culpa ou responsabilidade por algozes do passado...);

(c) O pior disto tudo é que enfraquece o direito civil e individual onde todos indivíduos são iguais para tratar desigualmente os indivíduos sob o pretexto de torná-los iguais(!);

(d) Se há então diferenças sociais que são difíceis de se contornar por que não se adota o critério simples socioeconômico? Que se beneficie então aqueles mais carentes com bolsas de estudo. Nas regiões onde há mais negros pobres (porque há mais negros no geral), os negros seriam beneficiados; nas regiões onde há mais brancos pobres (porque há mais brancos no geral), os brancos seriam beneficiados etc. Ou seja, o mais pobre e não o "mais negro" é que seria beneficiado. É que receberia ajuda, como deveria ser feito;

(e) Mas, a bem da verdade, o maior benefício é com um bom ensino básico em uma boa escola pública e isto começa atraindo professor de qualidade, o que não se obtém (em nenhum lugar do mundo) sem bons salários. Outras medidas para suprir a falta de escolas públicas adequadas é a distribuição de vouchers para população mais pobre para alocação de estudantes em escolas privadas. Isto é, ao invés do estado gastar com a infra-estrutura, basta pagar pela mesma vaga em uma escola particular. Por que não?

terça-feira, novembro 27, 2012

Tiro pela culatra: argumento cotista - I


Se o ministro tivesse dito isto... O que o ministro ignoraria é que com as cotas, provavelmente, não teríamos ninguém capaz de enfrentar quem ele próprio, Joaquim Barbosa, teria enfrentado. Ou seja, ele, sem sequer imaginar, estaria com este falho argumento, minando a própria meritocracia que o levou onde está.

sexta-feira, outubro 01, 2004

The Racism of "Diversity"

Tuesday January 14, 2003
By: Peter Schwartz


The notion of "diversity" entails exactly the same premises as racism -- that one's ideas are determined by one's race and that the source of an individual's identity is his ethnic heritage.

President Bush faces an ideal opportunity to take a principled position on the issue of racial "diversity." As his administration ponders whether to support the legal challenge, now before the Supreme Court, to the University of Michigan's affirmative action policies, he should go further and raise a moral challenge to the entire notion of "diversity." Instead of timidly wavering on this question, in fear of being smeared by Democrats as racist, President Bush should rise to the occasion by categorically repudiating racism -- and condemning "diversity" as its crudest manifestation.

It is now widely accepted that "diversity" is an appropriate goal for society. But what does this dictum actually mean? Racial integration is a valid objective, but that is something very different from what the advocates of "diversity" seek. According to its proponents, we need "diversity" in order to be exposed to new perspectives on life. We supposedly gain "enrichment from the differences in viewpoint of minorities," as the MIT Faculty Newsletter puts it. "It is the only way to prepare students to live and work effectively in our diverse democracy and in the global economy," says the president of the University of Michigan. Minorities should be given preferential treatment, the university's vice president says, because "learning in a diverse environment benefits all students, minority and majority alike."

These circumlocutions translate simply into this: one's race determines the content of one's mind. They imply that people have worthwhile views to express because of their ethnicity, and that "diversity" enables us to encounter "black ideas," "Hispanic ideas," etc. What could be more repulsively racist than that? This is exactly the premise held by the South's slave-owners and by the Nazis' Storm Troopers. They too believed that an individual's thoughts and actions are determined by his racial heritage.

Whether a given race receives special rewards or special punishments is immaterial. The essence of racism is the idea that the individual is meaningless and that membership in the collective -- the race -- is the source of his identity and value. To the racist, the individual's moral and intellectual character is the product, not of his own choices, but of the genes he shares with all others of his race. To the racist, the particular members of a given race are interchangeable.

The advocates of "diversity" similarly believe that colleges must admit not individuals, but "representatives" of various races. They believe that those representatives have certain ideas innately imprinted on their minds, and that giving preferences to minority races creates a "diversity" of viewpoints on campus. They have the quota-mentality, which holds that in judging someone, the salient fact is the racial collective to which he belongs.This philosophy is why racial division is growing at our colleges. The segregated dormitories, the segregated cafeterias, the segregated fraternities -- these all exist, not in spite of the commitment to "diversity," but because of it. The overriding message of "diversity," transmitted by the policies of a school's administration and by the teachings of a school's professors, is that the individual is defined by his race. What, then, is a more loyal adherence to that message than the desire to associate with members of one's own race and to regard others as belonging to an alien tribe?

If racism is to be rejected, it is the premise of individualism, including individual free will, that must be upheld. There is no way to bring about racial integration except by completely disregarding color. There is no benefit in being exposed to the thoughts of a black person as opposed to a white person; there is a benefit only in interacting with individuals, of any race, who have rational viewpoints to offer."Diversity," in any realm, has no value in and of itself. Investors can be urged to diversify their holdings -- but for the sake of minimizing their financial risk, not for the sake of "diversity" as such. To maintain that "diversity" per se is desirable -- that "too much" of one thing is objectionable -- is ludicrous. Does unimpaired health need to be "diversified" with bouts of illness? Or knowledge with ignorance? Or sanity with lunacy?

The value of a racially integrated student body or work force lies entirely in the individualism this implies. A racially integrated group implies that skin color is irrelevant in judging human beings. It implies that those who chose the students or the workers based their evaluations only on that which reflects upon the individual: merit. But that is not what the advocates of "diversity" want. They sneer at the principle of "color-blindness." Whether the issue is being admitted to college or getting a job at a corporation or being cast as an actor on TV shows, the "diversity" supporters want such decisions to be made exactly the way that the vilest of racists make them: by bloodline. They insist that whatever is a result of your own choices -- your ideas, your character, your accomplishments -- is to be dismissed, while that which is outside your control -- the accident of skin color -- is to define your life. Their fundamental goal is to "diversify" -- and thus to undercut -- the standard of individual achievement with the non-standard of race.

As a result of their efforts, the creed of "diversity" is metastasizing. There are now demands for "linguistic diversity," under which English teachers grant equal validity to ungrammatical writing -- for "diversity" in beauty pageants, under which the unattractive are not discriminated against -- for "diversity" in oratory contests, under which mutes are not excluded. These egalitarian crusaders for "diversity" seek to wipe out a standard of value as such. They want to negate genuine, life-serving values by claiming that non-values must be given equal status.

Is this the philosophy that will "prepare students to live and work effectively"?

Racial "diversity" is a doctrine that splits people into ethnic tribes, which then battle one another for special favors. If President Bush is eager to demonstrate his disagreement with the racist views of a Strom Thurmond, let him stand up and denounce all forms of racism -- particularly, the one that underlies "diversity."
Mr. Schwartz, editor and contributing author of Return of the Primitive: The Anti-Industrial Revolution by Ayn Rand, is chairman of the board of directors of the Ayn Rand Institute in Irvine, Calif. The Institute promotes the philosophy of Ayn Rand, author of Atlas Shrugged and The Fountainhead.


http://www.aynrand.org/site/News2?page=NewsArticle&id=7431&news_iv_ctrl=1076
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É nesta perspectiva que tem que ser vistas as chamadas "ações afirmativas" como a lei de cotas para negros em serviços públicos no Brasil: como afirmação do racismo como política pública.