quinta-feira, janeiro 17, 2019

Olhe para o mapa e ignore o astrólogo


A anamorfose acima retrata os países do globo de acordo com sua população, i.e., quanto maior for, maior a área ocupada no mapa. Notem o evidente gigantismo asiático…
Agora, cá entre nós, só um COMPLETO IDIOTA irá querer isolar diplomática, econômica e politicamente países como CHINA e Índia. Na verdade, uma vez tentado, quem se isola é o próprio idiota.
Não precisa se concordar com um regime ditatorial, mas querer que um país com população gigantesca, economia pujante e gasto militar crescente padeça é assinar o atestado de morte de 1/5 da população mundial e, por extensão, da própria economia brasileira.
Se há alguma chance desta ditadura deixar de existir no longo prazo será através da comunicação e comércio internacional, não através de ligações carnais com uma potência exclusiva, a saber, os EUA.
Acho que se o Brasil quiser mesmo pensar grande tem que aprender a jogar o Great Game e isto inclui saber se relacionar com os grandes players. O preconceito contra a China, esta “sinofobia” só revela o comodismo e mofo cerebral de um macaco nu que já foi astrólogo e agora usa as vestes do fanatismo ideológico para esconder suas vergonhas de paranoide.
Adotar um sistema de vigilância em aeroportos não nos exime de identificar o mesmo e fazer, inclusive, tecnologia reversa. Na verdade, isto é só a porta de entrada para investimentos de dezenas de bilhões de dólares em VÁRIAS áreas.
E se quisermos evitar que o gigante asiático invista em decrépitos regimes comunistas, como o da Venezuela, nós temos que assumir a hegemonia no subcontinente aprendendo a nos relacionar e interagir sem ser infantil ao ponto de ouvir um maluco no YouTube e ignorar conselheiros e estrategistas que conhecem a China de perto.
Olhe novamente para o mapa abaixo e diga se você quer ficar fora desse mundo e ser excluído ao ponto de se tornar um pária internacional insignificante abaixo do cu do cachorro indo pairar na cauda que mais parece a Península Antártica.
Acho que não.
Então, larguem essas “dorgas” e leiam sobre quem já comercializa com a China, como países africanos que ostentaram taxas de crescimento do PIB bastante positivas desde o ano passado.
Eu temia, sinceramente, que o Brasil se tornasse um antro de fanáticos pulando de pólo em pólo como uma bolinha jogada em uma máquina de Pinball. Mas parece que me equivoquei — ainda bem — e algum capitão tomou a carta nas próprias mãos.
Aproveitemos esta cisma entre Donald J. Trump e Xi Jinping e não nos deixemos enganar que por trás desse purismo todo, o que existe é uma guerra comercial que vai além do interesse de empresas, mas engloba estados-nações em uma corrida tecnológica.
Isto não me leva a baixar a guarda para a possibilidade de infiltração ou espionagem, mas o que vale para cuidados com Pequim, também vale para Washington.
E terceiros podem tirar vantagens de conflitos entre dois contendores.
Anselmo Heidrich
18 jan. 19

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