terça-feira, dezembro 27, 2011

A política externa de Ron Paul é "pura doideira"

Eu já desconfiava, mas agora está evidente:
Ex-Aide: Ron Paul's Foreign Policy is 'Sheer Lunacy' - The Atlantic



SATURDAY, MARCH 08, 2008


Against the Revolution


Bem, como dizia Popper "reformas são preferíveis à revoluções". Sempre que alguém fala nas segundas penso na grande possibilidade de erro que contém seus resultados. As reformas, por sua vez, se baseiam numa tentativa e erro constantes que tendem a aperfeiçoar o método de mudança social.

Leio diariamente sobre política e diversas análises sociais. Aliás, não é de hoje que conheço Limbaugh (Rush e David), o que não significa que os admiro, mas que, mesmo dentre os que discordo sou capaz de colher informações. 
Aqui, David faz ponderações negativas, porém interessantes sobre McCain...

Daí, quando
 lei isto - um texto primário - em que se diz, infantilmente, para se "acabar com o poder ultramarino", eu digo "ok", mas a seguir, eu pergunto, "como?" E não é um "como qualquer", mas um...


C-O-M-O...


1. Lidar com a crescente beligerância no Oriente Médio? Ou vamos deixar Ahmadinejad "varrer Israel do mapa", como já disse do alto de sua insanidade?


2. Lidar com os movimentos maoístas latino-americanos, como as Farc, dentre outros?

3. Lidar com o expansionismo e intervencionismo russo que visa reeditar o auge do período soviético em termos bélicos? Que ameaça a Europa Central, que insufla separatismos no Cáucaso através da guerrilha chechena, que se "enamora" com Teerã e tudo o mais?

4. Como lidar com o movimento waabita na Arábia Saudita, que pretende levar aquele país a uma "Nova Idade Média" em termos sociais, como se o seu atual status já não bastasse?

5. Como lidar com o Kim Jong-Il da Coréia do Norte, com mísseis capazes de destroçar o aliado japonês e queimar as costas do Alaska?


Tenho inúmeros outros questionamentos de "geopolítica fina" que este senhor Ron Paul parece jamais ter parado para pensar. Que saudades de um Ronald Reagan...

"Acabar com a cultura do débito".. Parece bom, mas não é tão simples. O que alguns chamam de "débito" podemos chamar de "crédito". Vários países financiam a riqueza americana porque eles são os maiores interessados em investir naquele mercado acionário. Dá lucro e acabar com isto significaria uma grave crise mundial. Bem... Até aí parece interessante, mas quero ver como fazer isto sem provocar um isolacionismo numa economia que se globaliza cada vez mais. A proposta primária de Ron Paul parece, a primeira vista, atraente, mas isto não se faz com "canetaço" ao estilo latino-americano...

Sou liberal (no sentido europeu do termo), mas não um anarco-capitalista ou "libertarian". "Acabar com o imposto de renda" não me parece sensato e sim ingênuo. O que se deve fazer é limitar os impostos indiretos e a burocracia agilizando as atividades comerciais, bem como, daí sim, reduzir alíquotas do IR.

Sim, "acabemos com a polícia" e teremos o quê? Milícias de volta! "Minuteman" é isto? Onde se faz justiça com as próprias mãos? Claro que não.

Se não fosse por este "imperialismo yankee", o mundo ainda estaria imerso na sombra do coturno comunista e, talvez até, do nazi-fascismo.

Não, não dá pra engolir este Senhor Ron Paul que mais parece um ex-hippie com constantes flashbacks flower-power de tanto LSD que deve ter tomado no passado.


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