quinta-feira, janeiro 23, 2014

A 1ª tese sobre o ‘rolezinho’


Uma das teses sobre a falta de perspectiva dos jovens como condicionante do "rolezinho" está aqui bem retratada: O “rolezinho” e os jovens sem futuro | Luiz Flávio Gomes http://atualidadesdodireito.com.br/lfg/2014/01/22/o-rolezinho-e-os-jovens-sem-futuro/ via @atualdodireito
Vejamos este trecho:
Vendo diariamente os desmandos concentradores praticados pelo capitalismo atrasado vigente no Brasil assim como o descalabro do Estado estacionário brasileiro, com suas instituições políticas, econômicas, jurídicas e sociais degeneradas, as classes dominadas (C e D) estão cada vez mais conscientes das suas condições precárias no mercado de trabalho, nos estudos e nos relacionamentos sociais, o que compromete o seu presente consumista assim como o seu futuro.
Embora o texto não se limite a esta visão meramente reativa na economia, neste trecho se estabelece uma teoria na qual a população de classes menos abastadas (o que está bem claro) toma consciência de suas carências sociais e econômicas que a levaria a reagir, como se vê neste outro parágrafo:
Tudo isso seria compensado com serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e transportes. Mas esse definitivamente não é o caso do Brasil injusto e estacionário. Resultado: frustração, desesperança, ódio, sensação de impotência e indignação, que são os ingredientes necessários para desmoronar qualquer país decadente e socialmente retrocessivo, sobretudo depois da democratização do acesso às redes sociais.
Se procurarmos por esta equação nas ciências sociais encontraremos teorias que endossam esta visão, dentre as quais, a da passagem de uma classe em si para classe para si (marxismo). Um contrato intergeracional presumido estaria sendo violado e, portanto, uma reação ao longo do tempo seria, inevitavelmente, gestada. Esta visão, referida segundo o autor em Edmund Burke e, mais recentemente, em John Rawls, clássicos liberais-conservadores de ontem e hoje mostra que têm em comum com a visão marxista: sua teleologia objetiva da história, um funcionalismo que pressupõe um rumo ou seqüencia de acontecimentos dotados de certa lógica e nexo entre si. É temerário procurar previsões na história que não atentem para as possibilidades de mudança e alterações de rumo, quanto mais no estabelecimento de lógica causal que utilizada em algum evento passado ainda sirva para prever o que venha a acontecer.
(...)

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