Depois da geração
contestadora, dos anos 60 tivemos a época da debacle dos 70 em que os sonhos de
uma sociedade baseada no amor livre afundaram em overdoses e sonhos lisérgicos;
nos 80, o punk e o niilismo tomaram conta das sociedades capitalistas avançadas
e nos anos 90, a época da globalização, a tecnologia permitiu que várias
sociedades conseguissem avançar, mas algumas deram o passo maior do que a perna
ao não reforçarem suas instituições (mercado, associações livres do estado).
Por fim, nos anos 2000, os millennials que nasceu nos 80 e agora está em sua
maturidade apresenta um atraso na passagem de etapas da vida, como se recusasse
a crescer e, não por acaso é chamada jocosamente de "geração Peter
Pan", personagem das fábulas que se recusava a ser adulto. O capitalismo é
mesmo um vórtex de criação e destruição, ao mesmo tempo que propicia um desenvolvimento
sem precedentes na história da humanidade, sua abundância é capaz de satisfazer
desejos materiais de uma gama enorme da sociedade que ainda se sente,
existencialmente, vazia porque, SIMPLESMENTE, nunca lutou por aquilo. É tão
simples para velhos como eu que dá vontade de berrar no rosto de um pirralho
sardento desses e dizer: LUTE, PRODUZA, GANHE A VIDA, FAÇA ALGO PELA TUA
RIDÍCULA EXISTÊNCIA. Mostre ao mundo que se tu é capaz, todos são, mas pelo
amor de deus, do diabo o do cosmos se for ateu como eu, PARE DE FAZER MIMIMI.
Eu não suporto mais
essa geração mimimi.
Anselmo Heidrich
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