quinta-feira, maio 09, 2019

Você ainda tem esperança de que o Brasil se torne um país de excelência em saúde, educação e segurança nos próximos 30 anos?

Minha resposta a Você ainda tem esperança de que o Brasil se torne um país de excelência em saúde, educação e segurança nos próximos 30 anos? O que o leva a pensar assim?https://pt.quora.com/Voc%25C3%25AA-ainda-tem-esperan%25C3%25A7a-de-que-o-Brasil-se-torne-um-pa%25C3%25ADs-de-excel%25C3%25AAncia-em-sa%25C3%25BAde-educa%25C3%25A7%25C3%25A3o-e-seguran%25C3%25A7a-nos-pr%25C3%25B3ximos-30-anos-O-que-o-leva-a-pensar-assim/answer/Anselmo-Heidrich?srid=n4EX2
Tudo depende de ações de longo prazo e reformas estruturais, o problema é que isso passa pela ação política. P.ex., vivemos um momento histórico de transição, para uma economia mais livre, mas para tanto o Congresso, venal que temos, tem que agir cortando na carne, nem tanto dos parlamentares, mas de seus assessores e escalões inferiores do funcionalismo público de onde vem boa parte de seu apoio político através de ações clientelistas — troca de favores. 
Neste ritmo de reformas lentas, graduais, de um passo para trás para conseguir dar dois para frente, espíritos revolucionários (tanto de Direita quanto de Esquerda) acham que nada mudará, mas se observarmos como uma simples reforma da previdência pode adiantar uma enorme quantia de recursos que pode ser investida na criação de infraestrutura (portos, estradas, aeroportos, redes de transmissão etc.) e consequente atração de investimentos (diretos e indiretos, em produção e meros investimentos especulativos), o cenário se modifica para quem observa. 
A saúde é mais objetiva, pois seus indicadores são mais claros, é talvez o mais fácil de atingir, mas para isso, certos limites à expansão de serviços caros têm que ser estabelecidos (não dá para distribuir drogas caras em detrimento de leitos hospitalares, p.ex.); a segurança públicadepende de expedientes legais e tenho que dizer que precisamos reduzir a tendência jurídica chamada de “garantista” que dá muitos benefícios, na verdade, privilégios aos condenados que os permitem estabelecer redes de contato que estruturam o crime organizado. Paralelamente, a defesa individual precisa ser garantida. Não é possível que em um país com cerca de 60.000 homicídios ao ano ainda se questione o direito à defesa (armada) do cidadão; a área educacionalé a mais nebulosa porque o brasileiro mediano não a valoriza. Seja aluno de curso superior, que tem privilégios graças ao financiamento público para uma elite cursar a universidade ao pai de família da periferia urbana que acha que seu filho vai ganhar dinheiro e “fazer a vida” sem aquela “teoria chata” que “não serve para nada”. Isto se explica em parte porque o ensino técnico-profissionalizante do ensino médio foi abandonado e é neste nível de ensino que reside nosso buraco negro, em abandono e falta de direção pedagógica. Aliás, pedagogos são os responsáveis por criar teorias descoladas da realidade que pouco ou nada servem aos alunos. Se isto for questionado claramente, não vejo porque não nos tornarmos uma sociedade muito melhor em uma geração, cerca de 30 anos.
Anselmo Heidrich​
9 mai. 19

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