sábado, abril 07, 2012

Notas sobre um país imaginário / Notes on an imaginary country

Aqui segue uma brincadeira de muito tempo atrás, cuja linha não vingou... Ainda.
Notas sobre um país imaginário[i]

por Anselmo Heidrich
Em um certo país do hemisfério oriental, na zona polar austral, mais conhecido como Lizarb, embora oficialmente fosse Monarquia Relativa de Lizarb, as alíquotas de importação beiravam 200% para medicamentos, mais 30% de tributos nas farmácias. Embora ocorresse o descalabro, o discurso oficial e da própria mídia era de continuar assim “em nome do interesse nacional”.
Assinado um acordo de não proliferação de armas atômicas, a tecnologia que capacitaria o país para, por exemplo, desenvolver materiais cirúrgicos era totalmente inviável. Ocorria que empresas capazes daquela própria nação tinham que abrir filiais no exterior, onde fosse permitido produzi-las. E equipamentos que tinham por característica aliviar a dor de milhares de cidadãos todos os anos eram, muitas vezes, inviabilizados de consumo devido ao seu custo.
Em nome do mesmo “interesse nacional” acordos de privacidade na pesquisa de empresas multinacionais não eram respeitados. Daí, as mesmas empresas produziam em filiais de outros países ou em suas próprias matrizes, tendo o acesso a tais tecnologias bloqueados pelo próprio governo com “interesse nacional”.
O idioma mais falado no mundo deixou de ser quesito obrigatório pela diplomacia de Lizarb por se tratar de uma questão de “honra nacional” contra o “imperialismo e domínio cultural”.
Desenhos animados que criticavam as idiossincrasias nacionais eram boicotados pela mídia eletrônica subserviente por favores políticos.
O maior contrabandista do país, que importava containeres com tecidos e roupas a preço irrisório fora preso na maior cidade de Lizarb por que deixou de pagar o aumento da propina local.
Um prefeito do partido governista fora assassinado por que afrontou o interesse da maior companhia de transporte coletivo de três cidades industriais. Acusaram sua amante...
O mesmo dono das linhas de ônibus detinha uma importante aerolínea, a Touch Down. Esta, juntamente, com a Tchan estavam cotadas para comprar a maior companhia aérea do país, Vorag, pois esta tinha problemas de caixa. Problemas estes decorrentes de prejuízos acumulados por sucessivos e fracassados planos econômicos que congelaram compulsoriamente suas tarifas em governos corruptos com planos heterodoxos. Eufemismos para bagunça de improviso no Ministério da Fazenda.
A Touch Down apoiava o partido governista, o PZ (Partido Zoado) e a Tchan tinha um dos medalhões do PZ como acionista. A esposa do “medalhão” também era funcionária da Tchan.
Voavam enquanto o país submergia devido a uma tsunami de hipocrisia.
[i] Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

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Here is a game of long ago, whose line did not work ... Still.
Notes on an imaginary country [i]
by Anselmo Heidrich 
In a certain country in the Eastern Hemisphere, the southern polar zone, known as Lizarb, although the monarchy was officially Relative Lizarb, the import tariffs for pharmaceutical neared 200%, plus 30% tax on pharmacies. Although the collapse occurred, the official discourse and the media itself was proceeding well "in the national interest."
Signed an agreement on non-proliferation of nuclear weapons, the technology that would enable the country to, for example, develop surgical material was totally impractical. It happened that companies capable of that nation itself had to open branches abroad, where it was allowed to produce them. And equipment that had the characteristic ease the pain of thousands of citizens each year were often unfeasible consumption due to its cost.
On behalf of the same "national interest" privacy statements of multinational companies in the survey were not respected. Hence, the same companies producing subsidiaries in other countries or in their own arrays, having access to such technologies blocked by the government to "national interest".The most widely spoken language in the world is no longer required by item Lizarb diplomacy because it is a matter of "national honor" against "imperialism and the cultural field.
"Cartoon criticizing the national idiosyncrasies were boycotted by the electronic media subservient to political favors.The biggest smuggler in the country, which imported containers with fabrics and clothes for bargain price had been arrested in the largest city in Lizarb that failed to pay the increased fee site.
A mayor was murdered by ruling party who fought the interest of the largest public transportation company of three industrial cities. Accused his mistress ...
The same owner of the bus lines had a major airline, Touch Down. This, together with the Tchan were quoted to buy the largest airline in the country, Vorag because it had cash flow problems. Problems arising from these losses and failures accumulated by successive economic plans that have frozen their rates in compulsory corrupt governments with heterodox plans. Euphemisms for mess of improvisation in the Ministry of Finance.
The Touch Down supported the ruling party, the PZ Party (messed) and Tchan had one of the medallions of PZ as a shareholder. The wife of "medallion" was also an employee of Tchan.Flew as the country sank due to a tsunami of hypocrisy.
[I] Any resemblance to reality is purely coincidental.

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