quarta-feira, abril 18, 2012

O mito da terra liberta / The myth of the land releases

O foco das ações do MST hoje se centra mais no simples repasse de verbas do que em desapropriações para a reforma agrária de fato / The focus of the actions of the MST today focuses more on the simple transfer of funds from that in expropriation for land reform actually
Fonte da figura: http://oposicaoviva.wordpress.com/category/agricultura/
A violência no campo foi devido:
(...)
[A] maior liberdade de invadir terras garantida pelos governos do PT. Agora é o momento de mostrar que outra causa disso foi o atendimento de reivindicações do MST quanto ao aparelhamento do Incra e ao repasse de recursos públicos para essa organização. Uma reportagem da Revista Veja baseada em investigações oficiais demonstra que o MST, que não possui identidade jurídica e nem registro na receita federal, montou uma rede de ONGs para financiar-se por meio de doações de recursos de entidades estrangeiras e repasses de verbas de ministérios. (...)
De todo modo, está claro que nada disso estaria acontecendo hoje se os governos do PT não tivessem posto a política nacional de reforma agrária em retrocesso com sua leniência em relação a invasores de terras e entidades suspeitas de servirem de fachada para o repasse de verbas públicas ao MST. O governo colhe o que plantou. 
Mais em: Tomatadas: PT colhe as invasões que plantou com impunidade e ...: O post anterior veio bem a calhar, já que publicado quase às vésperas da recente onda de invasões de prédios públicos por militantes do MST...
No fígado.

Sabe... Em 1984, quando eu era simpatizante dessas causas, eu visitei o núcleo do que viria a ocorrer no Brasil, a Fazenda Anoni, no norte do RS. A questão é a seguinte, aqueles que não migraram após perder suas terras por endividamento, engrossaram o movimento, o MST, mas os que migraram, parte foi para as cidades e outra para o Centro-Oeste e Norte. O resto da história vocês sabem, quem expandiu nossa fronteira agrícola com sucesso foi este último grupo. E se no início havia realmente agricultores descapitalizados que necessitavam de terra, hoje sabemos que nem é o lúmpen das periferias que aumenta o número de posseiros, mas as classes C e D que pretendem incorporar lotes ao seu patrimônio para depois revendê-los. Como? Ora, quem vocês acham que vai entrar num acampamento do MST coletando dados para saber a procedência real de quem se diz agricultor? Alguém é louco? É quadrilha hoje em dia e, como tal, sem proteção policial permanente não vai ser um pobre técnico do INCRA que, aliás, está cada vez mais "aparelhado" que vai dar uma de mártir, sejamos francos. Outra coisa que me surpreendeu é que se antes, no governo FHC, ainda tínhamos alguns dados disponíveis no site do INCRA sobre assentamentos, a partir do governo Lula, eles simplesmente sumiram. Mesmo aqueles que defendem essa tal reforma agrária deveriam, no mínimo, exigir dados sobre produtividade das áreas de assentamento e, verdade seja dita, suspeito que, uma vez disponibilizadas, tais informações seriam um escândalo.

Francamente, o que qualquer ser humano precisa é de dignidade e esta se obtém, entre outras coisas, com o trabalho. Agora, quem foi que disse que 'trabalho' para o habitante rural significa necessariamente terra como meio de produção? Empregos, inclusive empregos em pequenas e médias cidades, na linha de produção de indústrias que utilizam a matéria-prima local, regional ou gêneros agropecuários têm muito maior capacidade para absorver esta massa que relegá-los a condição próxima a de um servo da gleba. Esta visão anti-econômica é realmente um acinte à lógica da produção. Que se transfira renda para empreendimentos que possibilite ao indivíduo produzir ou obter qualificação, mas perseguir um ideal de reforma agrária como se a terra o libertasse de algo não passa de mito. O mito da terra liberta.

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Rural violence was due to:
(...)
[A] greater freedom to invade land guaranteed by the governments of PT. Now is the time to show that another cause was the attendance of the MST claims as to the machinery of the Incra and the transfer of public resources for this organization. A report in Veja magazine based on official surveys show that the MST, which has no legal identity and no record in the Internal Revenue Service has built a network of NGOs to finance itself through donations of funds by foreign entities and transfers of funds of ministries (...)
Anyway, it is clear that none of this would be happening today if governments had not put the PT national policy of land reform in reverse with its leniency against land invaders and entities suspected of serving as cover for the transfer of public funds the MST. The government reap what you sow.
More in: Tomatadas: PT reaps the invaders who planted with impunity and ...: The previous post came in handy, as published almost on the eve of the recent wave of invasions of public buildings by MST ...

In the liver.


Do you know ... 
In 1984, when I was sympathetic to these causes, I visited the nucleus of what would occur in Brazil, Fazenda anonymity in northern RS. The question is, those who migrated after losing their land by debt, swelled the movement, the MST, but those who migrated, some went to other cities and to the Midwest and North. The rest of the story you know, who expanded our agricultural frontier was successfully latter group. And in the beginning was really undercapitalized farmers who needed land, we now know that neither is the lumpen of the suburbs which increases the number of squatters, but the classes C and D who want to incorporate lots of its assets and then resell them. How? Now who do you think will come in MST camp collecting data to know the real origin who is said farmer? Someone is mad? It's gang today and, as such, no permanent police protection will not be a poor coach INCRA which, incidentally, is increasingly "rigged" that will give a martyr, let us be frank. Another thing that surprised me is that before, the Cardoso government, we still had some data available on the website of the INCRA settlements from the Lula government, they simply disappeared. Even those who argue that such a land reform should at least require data on productivity of nesting areas and, truth be told, I suspect that, once available, such information would be a scandal.


Frankly, that any human being needs is one of dignity and this is achieved, among other things, with the work. Now, who said that 'work' for local rural necessarily mean land as a means of production? Jobs, including jobs in small and medium-sized cities in the production line industries that use local raw materials, agricultural regional or gender have a greater capacity to absorb this mass that relegate them to a condition similar to that of a serf. This view is actually anti-economic logic of a defiantly production. That transfer income to businesses that enable the individual to produce or obtain the qualification, but to pursue an ideal of agrarian reform as it would free the land of something is nothing but myth. The myth of free land.

Um comentário:

  1. O título dessa postagem, "O mito da Terra Liberta", traduz perfeitamente uma das conclusões de um estudo de caso recente em assentamento de reforma agrária: o de que a compra e venda de lotes é tão comum que essas propriedades continuam inseridas no mercado de terras, mesmo ilegalmente. Se considerarmos que, segundo o Incra, a evasão atinge 22% do total de lotes do programa nacional de reforma agrária, vemos que essa conclusão pode ser generalizada sem problemas. Se alguém tiver curiosidade de ler um artigo que resume os resultados dessa pesquisa, aqui está o link: http://anpege.org.br/revista/ojs-2.2.2/index.php/anpege08/article/view/204/RA8004

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