quarta-feira, abril 03, 2013

A arrogância do professorado deriva de sua ignorância e ilogicidade

Quanto à conversa de que os professores não seguem as ideias da geocrítica e usam os livros didáticos só como material de apoio, digo apenas que já rebati tais alegações no post Sim, a escola varre as milhões de vítimas do socialismo para debaixo do tapete! E minhas refutações estavam baseadas numa pesquisa que realizei com os alunos de ensino médio de Curitiba para aferir a influência da geocrítica nos conteúdos ensinados. Ao contrário do autor do comentário, eu não faço afirmações gratuitas baseadas numa experiência profissional supostamente incomunicável e incompreensível para quem está de fora..
Tomatadas: Arrogância dos professores: Se um professor do ensino fundamental e médio ler a minha tese e argumentar contra as conclusões que estão ali, eu jamais vou responder: &q...

      Veja só... Faz alguns meses encontrei um velho amigo de adolescência que, por acaso também cursou a faculdade de geografia comigo lá na UFRGS. Na época, eu me definia como 'anarquista', tinha simpatia pela social-democracia como algo "menos ruim" e já rejeitava o marxismo, embora achasse que "sabia entender a realidade dialeticamente" e essas bobagens. Esse meu camarada era um típico "alienado" para estas questões. Ou, melhor, ainda não corrompido pelo esquerdismo. Cerca de duas décadas se passaram e, bem... Ele virou um petista e professor de ensino público com todos aqueles vícios e clichês que conhecemos. Discutindo, quer dizer, conversando com o sujeito, ele me dizia que "o socialismo de verdade ainda não foi aplicado e blá-blá-blá", aquela ladainha que bem conhecemos. Daí retruquei "... se tu acredita mesmo nisto, então o 'capitalismo de verdade' também não foi aplicado, basta ler os estudos liberais clássicos e, qualquer crítica que se faça ao capitalismo também não vale da mesma forma que tu diz que qualquer crítica que se faça ao socialismo não vale porque o 'verdadeiro ainda não foi aplicado'". E, claro, ele redargüiu com veemência "Não! Não é a mesma coisa, não!" Ou seja, o sujeito não foi capaz de exercer um mínimo raciocínio minimamente lógico. Por que diabos eles acham que a lógica do argumento que serve para criticar uma das posições ideológicas não deve servir para a outra?!?!?! Este passionalismo infantil, burro e sem o mínimo de logicidade é que embasa muitos de nossos professores. Se ao menos se dessem o trabalho de ler o que defendem, como é o caso de Marx saberiam que este filósofo tinha uma visão evolucionista pró desenvolvimento capitalista como pré-condição para a revolução e não, o protecionismo econômico, intervencionismo estatal e corporativismo profissional que, na prática, é o que defendem.

Querem melhores professores? Aprofundem os testes de raciocínio lógico e reduzam as aulas de pedagogia freireana que já teremos um bom começo.

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