quinta-feira, outubro 12, 2017

Por que o Sudão se tornou um aliado dos EUA?


The Economist explains: Why America has lifted sanctions on Sudan https://www.economist.com/blogs/economist-explains/2017/10/economist-explains-7?cid1=cust/ddnew/email/n/n/20171010n/owned/n/n/ddnew/n/n/n/nla/Daily_Dispatch/email via @TheEconomist
Esse é o tipo de notícia que nossos partisans ideológicos deveria ler e ver se captam alguma coisa. Ouvi e li muito que “com Trump seria tudo bem diferente”. Pessoal, até certo ponto, ATÉ CERTO PONTO podem haver mudanças, realmente, mas há temas sensíveis que isto simplesmente NÃO ocorre não porque o presidente – @POTUS – não quer, mas porque ele não pode, porque ele não consegue. Tentou-se diminuir o fluxo de imigrantes muçulmanos, principalmente aqueles relacionados de alguma forma à atividade terrorista e neste caso estava o Sudão. Este país sofria embargo econômico desde o governo Clinton por ter dado guarida à terroristas, entre os quais Osama bin Laden e depois foi reforçado pela guerra civil e genocídio praticado contra os sudaneses do sul (“infiéis”, isto é, não muçulmanos). Mais tarde, com a mudança política, colaboração contra o terror e amenização nas relações com os vizinhos, parceria na exploração de petróleo com a China, colaboração no controle migratório para a Europa etc., o país saiu da lista de não gratos para sofrer sanções novamente com o Governo Trump. Mas, UMA VEZ QUE Cartum, a capital do Sudão decidiu colaborar contra o regime norte-coreano se tornando um aliado contra Kim Jong-un com o qual se aventa ter mantido relações estratégicas no passado (compra de armas), o olhar de Washington sob o governo Trump mudou novamente.
Lembre-se, por mais potência que você seja, o domínio é uma constelação de interesses e articulações. Sempre existe um cálculo econômico no domínio geopolítico e ninguém faz procurando o caminho mais difícil ou caro. Trump está aprendendo e mudando COMO TODOS os outros, descendo do palanque e sentando à mesa de negociações.
Anselmo Heidrich

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