segunda-feira, outubro 02, 2017

Promessas e Coerência



Quando um representante partidário diz que “no Brasil não há muitos partidos, há muitas LEGENDAS” significa que há poucos partidos ideologicamente bem orientados ou COERENTES com seu ideário. Bem… Quando esse mesmo partido apresenta graves cisões internas (um membro diz uma coisa, outro diz outra) sobre temas importantes, seja a política econômica, liberdades civis, censura, financiamento às artes etc. mostra que não passa de mais uma LEGENDA. Sabe… Não dá para culpá-los de todo, pois no Brasil existe uma verdadeira oligarquia partidária onde propostas e candidaturas individuais não existem e são cooptadas por essas agremiações que funcionam como verdadeiras máfias, inclusive votando quanto e como DEVEM ganhar do estado, ou seja, de nós. Portanto, muita atenção às novas eleições, já que não podemos avaliar todos os candidatos sobre seu trabalho pregresso, uma vez que muitos deles estão como candidatos pela primeira vez veja, porém, se o discurso desses candidatos fecha com coerência e mais, se eles poderão agir como afirmam, comparando com as ações e decisões da cúpula de seu partido, por uma razão muito simples: é daí que virá o financiamento de suas campanhas. E se não há algo expresso nesse sentido: posições sobre política econômica, liberdades civis, censura, financiamento à educação, artes e outros itens como tratamento ao meio ambiente, política externa etc. analisem (isto é importante) o que seu candidato fala e o que um “medalhão” do partido também diz sobre o mesmo assunto. Hoje com a internet, todo mundo está nu. É fácil ver o que um homem público de hoje disse poucas semanas atrás em um post esquecido que se lembrasse, não tardaria em apagá-lo.

Nessas horas, o mais importante não é o que o político diz, mas aquilo que ele não diz, que ele não quer se expressar, aquilo que o incomoda tanto ao ponto de obrigá-lo a tomar uma posição e se indispor com seus pares. Detectem, provoquem, indaguem, exerçam uma democracia onde a expressão não seja apenas o voto, mas o DEBATE.

Anselmo Heidrich

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