domingo, janeiro 08, 2012

A ladainha da pobreza americana


Excelente artigo que desmistifca a ladainha do jogo de soma zero sobre a pobreza Americana:
If we really want to know what happened to the poor of 1979, we need to be able to track specific households through time. Fortunately, we can. According to researchers at the University of Michigan, households in the bottom fifth in 1975 earned an average of almost $28,000 more per year by 1991, adjusted for inflation. According to U.S. Treasury data, a whopping 86 percent of households in the bottom fifth in 1979 had climbed out of poverty by 1988.
The problem with the data in "The State of Working America" is that it does not account for the fact that individual households move up and out of poverty and are then "replaced" by different households. Most of the households in the bottom fifth are made up of people who have recently entered the labor market and are on the first rung of the income ladder, such as recent high school graduates and new immigrants. The vast majority of American households do move up, and over the last 30 years most Americans have gotten significantly richer in absolute terms.
Granted, even if everyone is better off, it's still possible that the rich-poor income gap has widened. But simply measuring income and wealth tells us very little about the lifestyle of typical Americans. For example, poor Americans today are more likely to own basic household goods - such as washing machines, dishwashers, televisions, refrigerators, and toasters - than average Americans were in 1973. 
Mais em

Sobre:

Where Best To Be Poor - by Walter Williams

Alguns dados:

- 43% dos pobres nos EUA possuem casa própria. São imóveis de 3 quartos com mais de um banheiro, uma garagem e uma varanda ou pátio;

- 80% dessas famílias pobres têm ar condicionado. Em contrapartida, em 1970, apenas 36% da população americana os tinha;

- 6% das famílias pobres estão com seus imóveis superlotados, e 2/3 têm mais de 2 quartos por pessoa;

- O típico pobre americano tem mais espaço do que a média (não pobre) de Paris, Londres, Viena, Atenas e outras cidades européias;

- Quase 3/4 das famílias possui um carro, 31% possui dois ou mais veículos;

- 97% das famílias pobres têm uma TV colorida, mais da metade possui dois ou mais aparelhos de TV a cores;

- 78% tem um videocassete ou aparelho de DVD, 62% têm TV a cabo ou recepção via satélite;

- 89% têm forno microondas, mais da metade têm aparelho de som e mais de 1/3 tem máquina de lavar louça.


As medidas oficiais de pobreza levam em consideração apenas a renda familiar, não diversas formas de subsídio (como crédito de imposto, bonificações, moradia, vale-refeição etc.). 1/5 das famílias mais pobres apresentam, na verdade, mais do que o dobro dos rendimentos relatados, segundo o Bureau of Labor Statistics Anual Consumer Expenditure Survey. Há uma grande lacuna entre ganhos e consumo nos estratos mais baixos da escala social. 

Outras características (sociais e não, propriamente econômicas) que acompanham este agrupamento social dos mais pobres compõem a dependência de drogas, álcool, crime, violência, encarceramento, ilegalidades várias, famílias monoparentais, "erosão ética do trabalho" etc. Em suma, "pobreza de espírito", o que tem muito a ver com um incentivo a esta perda moral criados por alguns dos próprios esforços para combater a pobreza material. Mas, para isto os cálculos econômicos costumam fazer vistas grossas...



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*O primeiro link encontra-se quebrado.

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