O Papai Noel é um velhinho anti-protecionista, pró-livre mercado, um velhinho globalizante!
Cf.: IMB - O Papai Noel seria bem-vindo?
Afinal, o que seria dos presentes dados às crianças se não fosse o comércio global? Como seria o Natal das crianças com o travamento alfandegário? "Ah! Mas, os recursos estratégicos são diferentes! Não podemos nos acostumar e nos acomodar apenas vendendo commodities." Concordo, mas para isto temos que nos globalizar, i.e., importarmos mais mercadorias e tecnologia para exportarmos mais ainda. Aliás, ferro é como banana, só um recurso a mais. Se os EUA "não seguiram por esse caminho" foi menos por episodicamente se fecharem do que pela agressividade competitiva que caracterizou sua história. Este é o ponto, não existem "estados puros", "ideais permanentes", mas regiões, países que atingiram graus de excelência ou simples aprimoramento dos quais deveríamos tomar como exemplos. A Embraer e a Vale são exemplos e o Brasil pode mais neste sentido, de modo que nossa abertura comercial fez mais pelo país (como está ocorrendo) do que o processo de substituição de importações, episódico e, este sim, totalmente dependente do fracasso alheio (a crise de 29 nos ajudou neste sentido), nos viciando em determinada conjuntura que quando deixou de existir fez perdermos o bonde da história. Aumentar as importações nos induz a continuar aumentando as exportações para determos reservas e continuar importando e assim e assim e assim... Ou seja, é um moto contínuo. Isso é o que tem que ser buscado e não um momento que queremos que perdure na eternidade, enquanto que nada o é, nem na natureza, nem nas sociedades.
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