sexta-feira, maio 29, 2015

Criacionismo, Estado e Liberdade


Sobre:
Deus criou a Terra? Na Escócia agora é proibido ensinar isso - Yahoo Notícias https://br.noticias.yahoo.com/deus-criou-a-terra--na-esc%C3%B3cia-agora-%C3%A9-proibido-ensinar-isso-175742341.html via @YahooBR

Se existe estado (e existe), uma educação pública tem que ser discutida. E não pode haver imposição de uma visão teísta, se este mesmo estado é laico. Pode-se, no entanto...
(a) rejeitar a existência do estado propondo a sua derrocada e, consequentemente, uma "anarquia pedagógica";
(b) propor a manutenção do estado, mas com independência educacional;
(c) sustentar o atual modelo, intermediário, "híbrido", com uma educação pública e outra privada, mas ambas se submetendo à diretrizes impostas pelo estado;
(d) propor um modelo totalitário na educação, com toda a atividade controlada pelo estado, na administração e "produção do conhecimento".

Eu fico com a 'b', que tem como diferença básica em relação a 'a' que o estado seja obrigado a garantir acesso àqueles que não teriam condições mínimas de arcar com o custo da escola, seja construindo-as e administrando, seja distribuindo vouchers etc. 

E quanto ao conteúdo do ensino? Qual tipo de doutrinação é melhor, uma vez que todas doutrinam? Eu prefiro a científica, mas com liberdade para o ensino religioso, caso os pais se sintam a vontade de impor isto aos filhos porque, deixemos a hipocrisia de lado, colocar filhos na escola, geralmente é imposição mesmo.

Haveria exceções? Sim, aquelas que atentem contra a vida do indivíduo que (ISTO É IMPORTANTE...) não teve a chance de escolher por si. Como, por exemplo:

- TESTEMUNHAS DE JEOVÁ QUE ENSINAM E NÃO PERMITEM TRANSFUSÕES DE SANGUE PONDO EM RISCO A VIDA DE SEUS DEPENDENTES;

O mesmo se aplicaria aos ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA que creem que a Terra existe só há 3.000 anos?

NÃO, pois isto é uma crença que não implica na imposição de se aceitar um risco de vida a outrem.

E os mórmons, de seitas poligâmicas, em tese extintas? Em tese... Se for consensual esta forma de matrimônio, ok. Mas, como sabemos, em boa parte dos casos não há consenso nenhum, mas até um tráfico de esposas. Agora, se surgissem seitas poliândricas, nas quais uma mulher poderia ter vários homens? Será que nossos fundamentalistas também acatariam-na em nome da "liberdade religiosa" ou se calariam como verdadeiros hipócritas que são?

Respondam sem mimimi.

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