Fernando,
Quando comecei a ler teu texto, eu estava pronto para esboçar uma crítica dizendo que "o verdadeiro problema não é este", o da liberação ou não delas, mas sim dos efeitos indesejáveis do uso da mesma. Mas ao ler os teus dois últimos parágrafos, tu acabou tirando as palavras de mim, pois é exatamente disto que se trata, o lugar e a ocupação de uma área pública como se fosse um gueto, uma particularização indevida do espaço.
"(...) Acho que o governo Alckmin está certo em desmobilizar os usuários de crack e impedi-los de ocupar uma rua da cidade para atender aos seus fins de consumo. Por mais que o consumo em si não seja um problema, a concentração da degradação urbana em alguns lugares trás inúmeras externalidades indesejáveis para toda sociedade, além de estimular a criminalidade nestes locais. O Estado tem o dever de garantir o direito de ir e vir nas vias públicas a todos os cidadãos, e não apenas aos "nóias" que se apropriam de um espaço público como se fosse privativo deles.Deste modo, mesmo acreditando que as drogas não são o verdadeiro problema (uma vez que mesmo proibidas continuam a ser consumidas), sou absolutamente contra a ocupação das vias públicas pelos drogados, uma vez que o que é público deve ser todos e não terra de ninguém."
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