quinta-feira, agosto 18, 2011

Golbery do Couto e Silva


“Homens de todas as latitudes e de todas as raças – a guerra é global –, homens de todas as idades – a guerra é permanente –, homens de todas as profissões e dos credos mais diversos – a guerra é total –, devemos, pois, olhar bem de frente essa Esfinge dos novos tempos para decifrar-lhe o mistério tremendo que em si mesma encerra e fortalecermo-nos na defesa da Liberdade que é exigência essencial e impenhorável da condição humana, para que nem na guerra acabemos por soçobrar, vencidos, nem por ela mesma soçobre, afinal, conosco, a Humanidade inteira.”

SILVA, Golbery do Couto. Geopolítica do Brasil. Rio de Janeiro : Livraria José Olympio Editora, 1967, p. 10.

Golbery na rampa do Palácio do Planalto (foto: Carlos Namba)
Aqui, o general ainda coloca a necessidade de segurança nacional como aliada da liberdade humana, mas mais adiante no texto ele percebe, corretamente, que ambas apresentam tensão quando o crescimento de uma dessas necessidades ameaça a outra. Mas, também percebe que sem um nível de bem-estar, decorrente da exploração de recursos naturais ou humanos, que está ligado à liberdade de produzir, de trocar informações, de inovar, não se estabelece condições para o exercício da segurança nacional. E esta, por sua vez, necessita crescer para garantir a liberdade que assegura o bem-estar, porém até certo ponto que não as sufoque. Este dilema é resolvido com equilíbrio. Como este é alcançado é que é a questão.

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